Agora Vai

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Ross

-- Será o seguinte agora Ross, a cada três meses será injetado nas fibras musculares a toxina botulínica A, ela vai prevenir essas crises de enxaqueca. Claro que passarei alguns outros remédios, mas esse é o principal e estou confiante que agora essa sua dor passe. - Luan me explica mais sobre essa toxina, Bea observa atentamente cada palavra que ele fala. Agora vejo a burrice que seria se não tivesse a deixado ir pra casa comigo ontem, poder dormir com ela, sentindo seu cheiro, foi uma das melhores sensações que já tive.

-- Entendido ?

-- Sim. - Bea responde.

-- Sua namorada é mais responsável que você. - Luan comenta rindo.

-- Não se deixe levar por essa carinha de inocência. - digo.

-- Ross ! - ela me olha de cara feia.

-- Estou brincando amor. - ela me ajuda a levantar.

Acordamos cedo para vir ao hospital, Luan fez uma bateria de exames comigo. Bea só saia de perto de mim quando era obrigada mesmo. Mamãe não gostou muito, mas pouco me importa, não me esqueço de seu grito quando o que eu mais queria era silêncio.
Rose preferiu ficar em casa com a vovó e o papai. Vovô veio junto me trouxe com a Beatrice, mamãe apareceu do nada.

-- Casa ? - pergunto quando encontro meu avô na recepção.

-- Sim. - retornamos pro carro. Eu me sento atrás com a Bea, a puxo pro meu colo, só quero senti-lá mais de perto e sentir seu perfume. Coloco minha cabeça em seu pescoço, ela ri.

-- Que ? - pergunto, me mantendo ali.

-- Você passou a noite com a cabeça aí. - me faz cafune.

-- É bom. - sussurro.

-- Com fome ? - vovô pergunta saindo do estacionamento.

-- Sim, podemos parar num Starbucks ? - pergunto.

-- Não, você precisa descansar. - mamãe responde.

-- Podemos vô ? - soo mais frio que queria, mas não consigo controlar, não sei o que deu nela pra agir assim.

-- Sim, claro. - ele responde.

-- Pai.

-- Dá um tempo Chyarah. - me afasto da Bea e vejo minha mãe fazer bico de braços cruzados.
Ele nos leva pra cafeteria mais próxima.

-- Então, como estão vocês dois.. digo, o namoro ? - vovô pergunta se sentando a mesa com a gente.

-- Bem. - digo.

-- Ela o torturou bastante em. - comenta rindo. Eu e Bea o acompanha rindo,minha mãe olha pros lado seria.

-- Mãe ? - ela me olha assustada. - Podemos conversar ali fora ?

Ela apenas acena, dou um beijo na Bea e peço meu avô para não tirar os olhos dela, o fazendo rir mais ainda.

-- Desculpa por ter gritado com você ontem. - ela se encosta no muro ao lado da porta da entrada. -- Não sei o que me deu.

-- Você esta estranha. - ela a baixa a cabeça. -- Fala comigo mãe.

-- Li sobre isso e vi um relato de uma mãe que perdeu o filho por isso. - vejo uma lagrima cair. A abraço. -- Não quero te perder. - soluça.

-- E não vai. - a aperto. -- Mãe, estou bem.

Conversamos por uns minutos, tentando a acalmar. Quando retornamos pra mesa, Bea ri com algo que meu avô esta contando.

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora