Continuação

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Beatrice

Olho pros lados e todo mundo sumiu, tá nem todo mundo, Rose continua com o Zorro e a batgirl  intragável também está por aqui. Mas cade todo mundo? Saio procurando por eles quando vejo meu pai entrar em casa seguido pelo tio Pietro. Algo de muito errado está acontecendo aqui. Entro atrás deles e vejo que estão indo para o quarto de hóspedes,  antes deles fecharem a porta eu entro.

-- O que está acontecendo aqui? - digo assim que vejo Ross na cama.

-- Nada demais, uma simples dor de cabeça. - ele responde.

-- Mentira. Vamos quero a verdade.

-- E eu quero silêncio . - choraminga se sentando na cama com a cabeça baixa. -- Pai, chama o Luan. Tio, me ajuda a ir pro carro.

-- Eu vou junto!

-- Você fica, amanhã você vai. Curta sua festa, menina bonita.

-- Eu vou e quero ver quem vai me impedir.

-- Beatrice, entenda... no momento só quero deitar na minha cama e esperar essa dor maldita passar. Vai amanhã, não poderei te dar atenção.

-- E o quer que eu faça vá dançar? Eu quero cuidar de você.

-- Desisto, teimosa pra cacete. Vamos.

-- Eu ia de qualquer jeito.

Enquanto meu pai e meu tio vão levando Ross para o carro eu passo no meu quarto jogo algumas roupas na mochila e sigo atrás deles, sento no banco de trás com Ross e ele deita a cabeça no meu colo e fecha os olhos. Passo a mão nos seus cabelos e sussurro, -- Vai ficar tudo bem.

Ross

Quero muito acreditar que tudo vai ficar bem mesmo. Não só não tomei o remédio, como também passei noites e mais noites acordado conversando com o Jorge sobre quem tentou sequestrar a vovó. Isso tem me deixado estressado esses dias todos.

-- Luan, Ross e Catarina estão a caminho daqui. – papai entra no quarto com uma bandeja de comida e meus remédios.

-- Não quero. – escondo meu rosto no pescoço da Bea, ela esta deitada junto comigo, de frente pra mim.

-- Não estamos te perguntando se quer, você vai comer. – mamãe entra. – Senta-se agora Ross Neto Lorenzo Martins.

Continuo deitado, cada palavra que eles falam, é como se fosse martelo para meus ouvidos.

- ROSS. – ela grita.

Aperto a Bea mais, ao ponto dela choramingar de dor.

-- Desculpa, desculpa... – a beijo no pescoço.

-- Mãe. – ouço a voz da Rose de longe. – Pai... fora.

-- Rose... – mamãe tenta falar, mas Rose a interrompe.

-- Fora, agora. – sua voz não me deixa pior, esta longe e baixa.

-- Tudo bem ? – Bea sussurra.

-- Não.

-- Ross, toma o remédio e durma. – Rose para atrás de mim segurando o remédio em uma mão e na outra um copo de água, fala com a voz baixa. Me sento e tomo o remédio com a água.

-- Obrigado. – ela me dá um beijo na bochecha.

-- Durma machão, amanhã o vovô esta aí... Bea, cuida dele.

-- É pra isso que vim. – Bea me ajuda a voltar a  deitar.

Dormimos pela primeira vez de conchinha sem ter beijos e amassos como pensei, mas assumo que foi melhor do que pensei.

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora