Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)

Continuação

Ross

Não sei qual foi o momento que eu fiquei mais feliz, se foi vendo ela dispensar o Adam na academia ou quebrando o chip do celular na minha frente.

Meu dia começou num suspense, mas agora é só surpresas e romance. Toda oportunidade que tenho, a beijo.

-- Come mais, você mesmo falou que não se alimentou direito.

-- Isso não significa que passei fome. - ela da risada.

Ela pode estar certa, mas que se dane. Saber que esses dias ela ficou sem se alimentar direito, pra mim é como se não tivesse comido nada mesmo.

-- Mesmo assim, come mais. Quero ter onde apertar quando terminar o que estava fazendo antes do daquele fulano ligar.

-- Ross... ei tá me chamando de magrela?.

-- Começou essa sua de inverter o que eu quis dizer... estou dizendo que quero que você coma mais Beatrice, coma e ponto.

-- Não estou invertendo nada.. E outra se eu comer mais alguma coisa vou explodir. - desisto de empurrar mais comida.

-- Ok, ok. - seguimos para sala de televisão. -- Escolhe o filme que vou vê se descolo pipoca com a Rita.

-- Ross, nada de comida. Para. - me olha feio. -- Senta o rabo no sofá e vamos ver o filme apenas.

-- Sim senhora. - a obedeço.

Assistimos o filme ?
Claro que não, a beijei quase que a todo momento. Nada que traumatize ou que me coloque em risco de vida caso tio Alex chegue e veja.

Beatrice

Já no final da tarde meus pais chegaram do trabalho e vieram ficar com a gente. Tive que explicar ao meu pai o por que da troca do meu número, claro que ele me fez mil e uma recomendações. Mamãe também falou pra eu ter cuidado e todo aquele papo de mãe. Me entregaram o chip novo, salvei o número deles, dos meu tios, do resto da família, da Rose e do Ross é claro, e só.

No final falamos sobre a festa, Ross fez careta quando mamãe falou que minha fantasia estava pronta (está sofrendo atoa), ficamos mais um tempo ali até Ross resolver ir embora, quando já estávamos no jardim vovô apareceu do nada.

-- Já vai Ross?

-- Sim, se não depois dona Chyarah surta comigo.

-- Vem eu te levo.

-- Ok. - ele me dá um beijo e entra no carro com meu avô.

Ross

Sempre gostei de passar um tempo com o Alex e Isa, quando os chamar de tio me dá uma alegria imensa. Já que não tenho parentes por perto.

Tia Vitoria se mudou pra Paris para cuidar da editora de lá, a amiga da mamãe que também chamo de tia, a Carol vive na estrada. Vovô e vovó longe, os Duran são os únicos perto e me amarro ficar com eles.

Tia Isa tem os melhores conselhos, assim como a mamãe. Tio Alex as dicas de controle pro ciúmes possessivo que sofro e ele passou no inicio do namoro e passa as vezes.
A historia deles e linda, amo ouvir também, assim como a dos meus pais.
Quando eles chegaram do serviço e ficaram comigo e Bea , me senti completo. Tirando a parte que tia Isa informou a Bea que a fantasia dela estava pronta.
Não sei de onde tirarei forças para não surtar quando a ver vestida de mulher gato.

Vi que estava ficando tarde, então me despedi deles e no momento que estava no jardim, Arthur me ofereceu carona. Na hora fiquei meio desconfiado.
Gosto dele, mas não tanto como dos meus tios. Digamos que o respeito, vovô me contou do episódio de quando trabalhou ao lado dele para ir atrás do tio Alex.
Como estava a pé mesmo, aceitei a carona. No começo do trajeto ele permaneceu em silêncio.
Eu também, claro...

-- Vocês e acertaram não foi? - se manifesta.

-- Sim

-- Você confia nela não confia?

-- Sim.

-- Não sei se a Beatrice te contou, mas eu confisquei o celular dela depois da briga de vocês? - o encaro surpreso.

-- Ela não me contou, por que pegou? - pergunto curioso.

-- Ela me contou sobre o tal admirador. Eu peguei celular dela e rastreei o número que ligou pra ela.

-- Rastreou? Descobriu quem é? - me animo.

-- Sim, descobri. - fala tranquilamente. -- Não é só seu avô que tem contatos.

-- Bom saber... hum, posso saber quem é ?

-- Pode. Se me prometer que não vai fazer nada. Eu cuidarei pessoalmente desse assunto.

-- O que? Nem um soco poderei dar? Ele quase arruinou meu namoro, Arthur. Mereço da pelo menos arrancar um dedo da mão dele. - me altero um pouco. Mas respiro fundo e me desculpo com ele.

-- E tirar minha diversão nunca. Escuta aqui Ross, o que quase arruinou seu namoro foi sua boca grande. Não aprendeu nada com seu avô? Fale menos. .. haja mais, na surdina claro

-- Aprendi demais com ele... mas sobre o mundo dos negócios, agora relacionamento ele é pior que eu. Não farei nada, tudo bem. Agora me diga, quem é?

-- O nome Adam lhe é familiar? - fico o encarrando por um tempo sem acreditar, eu nem desconfiava do desgraçado.

-- Filho da puta... Bea o dispensou hoje, ele é professor de muai thay na academia. Desgraçado.

-- Hum... Acho que depois da minha visita a academia precisará de um novo professor de muay thai

-- Nem um soco Arthur? Só unzinho... juro. - imploro.

-- Não, deixa que eu resolvo isso a minha maneira. Ah por favor não conte nada a Bea.

-- Tudo bem, se puder arrancar a língua dele pra mim. - brinco.
Ele encosta o carro na calçada em frente a minha casa e se vira pra mim.

-- Exagerado.... pronto está entregue. E lembre-se do que eu lhe disse... fale menos. .. Boa noite menino.

-- Obrigado... "fale menos", vou procurar me lembrar. Boa noite. - papai me esperava na porta com uma cara feia.

-- Precisamos conversar.

-- Não fiz nada. - digo o seguindo pro seu escritório.

-- Não fez ? quero esfolar sua cara imbecil. - Rose da um tapa na minha nuca quando sento ao seu lado no sofá.

-- O que eu fiz ?

-- O que você andou fazendo na Inglaterra com seu avô e Jorge ?
- mamãe pergunta me olhando seria.

Tá agora a casa caiu de fato, e eu achando que meu dia ia começar ruim. Na verdade, vai é terminar mal.

-- Huuum... eu... eu ia nas cobranças que ele fazia. - confesso.

-- Eu vou matar meu pai.

-- O que houve ? o que isso tem haver ? eu só o acompanhava. Não fiz nada de errado.

-- Sr. Ross não tem o jeitinho gentil de cobrar e acabou irritando alguém que tentou sequestrar sua avó. Como não deu certo, avisaram que iriam atrás de seu substituto... Ross Neto. - papai explica.

Me arrepio até a espinha.

-- Fodeu. - digo por fim.