Me Desculpa

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Ross

Mal dormi a noite, passei a noite fazendo pedido a uma floricultura 24hs. Pedi flores de tudo que é jeito e dei o endereço da Bea.

-- Onde vai ? – papai me para na porta da sala.

-- Arrumar a burrada que fiz.

-- Não vai de carro ?

-- Não... vou pegar um táxi mesmo. Mantenha o celular ligado. – peço. Ele apenas acena.

O taxi o qual chamei, encosta, do o endereço da minha menina. Espero que todas aquelas rosas, a amoleçam um pouco.
Chegando, chamo meu tio Alex...

-- Bom dia Tio. A Bea esta?

-- Bom dia! O que você aprontou?  A Bea ainda esta na cama.              

-- Tivemos uma briga ontem, e eu quero me acertar com ela. Reconheço que errei feio com ela, tio... Posso preparar o café dela e levar na cama ?                    
  
-- Briga?  Explica isso direito Ross                       

-- Ontem um... um... admirador secreto a ligou, quando estava comigo. Falei com ele, mas o desgraçado falou que não ia desistir dela. Eu tive um pequeno surto de raiva, e falei besteira a deixando chateada.           
    
-- Admirador? Que tipo de besteira você falou?            
          
Conto tudo desde do inicio da ligação ao que eu falei a ela.

-- Você pisou na bola rapaz. Não vou condena-lo pois sei bem como é isso... Já passei por isso algumas vezes...
         
-- Já que sabe, tem algum conselho a me dar ?               
       
-- Conselho não, mas vai ter que se esforçar, conheço minha filha ela não vai facilitar pra você.                       
-- Eu sei... posso levar o café pra ela ?

-- Pode tentar. Eu e a Isa já tentamos e foi em vão.                  

-- Obrigado. – vou até a cozinha e com a ajuda da Rita, preparo uma bandeja com tudo que ela gosto de manhã.

-- Bea. – bato em sua porta. – abre pra mim, por favor.             

-- O que você está fazendo aqui?                       
-- Quero me desculpar por ontem.                       

-- Vai embora                      

-- Sem chances... quero conversar, por favor. Abre a porta                       

-- Então fica aí.  Não quero falar com você.                       

-- Não quero que fale, só quero que me escute.                       

-- Vai embora Ross me deixa. Já não foi o suficiente pra você tudo o que falou ontem?                   
   
-- Eu falei de cabeça quente... Bea... bateu insegurança na hora.                       
-- Você falou o que acha. Pra mim já foi o suficiente. Agora vai embora                       

-- Ok. – Desço e deixo a bandeja na mesa da sala e vou pra fora da casa. Procuro a escada, e coloco em baixo da janela dela.

-- Assim como seu admirador, eu não vou desistir menina bonita. – subo.

-- O que... – ela se assusta quando entro pela janela.

-- Tu vai me ouvir, querendo ou não... e depois vai comer a comida toda da porra da bandeja. – digo ofegante.
Uma coisa que não suporto é altura, desde de quando cai na casa do vovô da laje, passei a ter pavor mas o que não fazermos por amor ?
Amor...

Beatrice

Não faço idéia de que horas dormi, passei metade da noite recebendo as flores que Ross mandou, pedi pra Rita fazer o que quizer com elas não me importo. Agora acordo com o idiota batendo na porta do meu quarto.. Não quero ouvi - lo, tão pouco ve-lo. Depois de tanto dizer pra ele ir embora acho que enfim ele entendeu o recado.. Quando penso em levantar da cama a janela do meu quarto se abre e Ross entra por ela.

-- O que... – digo assustada.

-- Tu vai me ouvir, querendo ou não... e depois vai comer a comida toda da porra da bandeja. –  ele ainda se acha no direito de me dar ordens.

-- O que pensa que está fazendo?

-- Tentando corrigir a situação que me enfiei ontem... vou precisar repetir isso quantas vezes ?

-- Vai embora - digo abrindo a porta do quarto.

-- Para Beatrice, quero conversar.

-- Ok. Você tem 10 minutos. Depois disso quero você fora do meu quarto. - me sento na cama e cruzo os braços.

-- Preciso de 5 apenas. – se joga em cima de mim, me fazendo deitar com ele  em cima de mim, prendendo minhas mãos no alto da minha cabeça.

-- Sai Ross. – grito me debatendo em baixo dele.

–- Você falou que eu tenho 10 minutos... desculpa por ter falado aquelas coisas ontem. – beija a ponta do meu nariz. – Sou um idiota como falou, um idiota apaixonado pela garota mais linda. Não sei lidar com ciúmes Bea, me estouro logo, sei que é errado e vou lutar pra aprender me controlar. – beija na bochecha. -- Desculpa se não sou o namorado perfeito que pensou que eu seria, sou possessivo e estressado. mas luto o máximo pra não ser demais, mas ontem foi o cúmulo pra mim, desculpa. – ele me solta e se levanta. -- Espero que goste das flores. – diz antes de sair.

Continuo na cama encarando o teto. O fato dele ter feito  a loucura de pular minha janela, e enchido minha casa de flores não muda o que ele me falou ontem. É fácil magoar, ofender e depois pedir desculpas. Desço e dou de cara com meu pai.

-- Ross saiu daqui com uma cara péssima.

-- Azar o dele. Quem sabe assim não aprende a falar com as pessoas.

-- Você não acha que está sendo muito dura minha filha?

-- Não. Ele me ofendeu. A forma como falou deixou claro que não confia em mim.

-- Mas filha...

-- Sem mais. Não quero falar mais disso. - me levanto.

-- Onde vai?

-- Dar uma volta na praia... - subo para me trocar e logo saio. Preciso pensar.

Ross

-- Como foi ? – tio Alex me para na sala.

-- Mal. Mas obrigado por me deixa tentar tio. – saio.

Como mamãe fala, temos que dar tempo ao tempo. Quando ela estiver mais calma, tento de novo.

-- Pai ? – atendo o telefone.
-- Bem?

-- Nada bem, velho.

-- Estou indo ver o Jorge, ele e Alice vão passar um tempo aqui, por que não vem comigo ?

-- Vou dá uma passada na academia, depois de lá encontro com vocês. Pode ser ?

-- Claro. Me liga qualquer coisa te busco.

-- Ok. – encerro a ligação e vou pra academia.

-- Que cara meu amigo. – Carlos me cumprimenta assim que entro.

-- Bater, sem agredir ninguém. – digo entre dentes.

-- Vá trocar de roupa, tenho uma muda extra no armário. e me encontra na sala dos fundos. – faço como me pede.

Ao trocar, vou para a sala... ele me espera na porta.

-- Acho que isso vai te ajudar, é minha sala particular. Ninguém além de mim entra, faça bom aproveito.

-- Obrigado. – ele acena e sai me deixando sozinho.

A sala tem de tudo e mais um pouco, saco de areia, uma parede forrada com espuma, aparelhos de peso.

-- Ah Beatrice. – começo pela parede forrada como se visse o imbecil que fui ontem com ela.

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora