A Viagem

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Ross

-- Você não dormiu nada?. – Jorge entra no carro.

-- Não.

-- Brigaram ? – seguimos para a casa da Bea, são 6:45h, espero que esteja pronta.

-- Não... sim.. não. Ah velho, Rose falou que é o nervosismo de antes do pedido. – virei o dia e a noite conversando com ela em meu quarto, ela me dando conselhos de como fazer o pedido e eu dando dicas de como mostrar interesse no Carlos, sem ser escrota.

-- Só falta a Rose. – ri. – Vai demorar.

-- Não acho.

-- O  carinha da academia ? – me olha rápido.

-- Sim.

-- Imaginei, os olhos dela brilham quando o vê.

Chegamos rápido na casa dos Duran, ele enconsta e me olha.

-- Não vou sair e ela que entre atrás. – digo.

-- Sua namorada, futura noiva e esposa.

-- Obrigado por me acalmar mais. – saio do carro, ela abre a porta da casa, saindo com uma mala de mão e Arthur saindo com duas enormes. – Que porra é essa ? – cochicho.

-- Vai se mudar ? – Jorge sai, indo ajudar Arthur com as malas.

-- Sua roupa. – a olho de cima em baixo, só pode ser um pesadelo, ela não colocou essa calça. – foda-se, não vai adiantar falar mesmo... vamos.
Ela me olha feio, sem pronunciar nada. Jorge nos leva ate o aeroporto do Galeão e lá encontro com o Ray que é piloto particular do meu avô.

-- Posso servir algo ? – uma aeromoça aparece. – Senhor ?

-- Não, obrigado. – Bea a olha de cara feia, tenho certeza que viu o sorriso dela para mim. – Queria apenas uma garrafa de água e depois que nos deixe a sós.

-- Sim, já volto. – sai rebolando.

Olho para Bea que esta admirando a paisagem, odeio viajar, mas com ela, apesar de esta puto com sua roupa, me faz bem. Como pode ? ter dois sentimentos opostos no mesmo momento ? Vai entender... que cheguemos logo, esse meu mal humor por conta do nervosismo pode estragar tudo. Ate então ela não mencionou, ainda não... mas se continuar, sei que vai.

Beatrice

Levanto super cedo pra me arrumar, faço uma maquiagem leve, e coloco a roupa que mamãe separou,  tomo café com meus pais, e antes de eu terminar escuto o barulho do carro estacionando no jardim. Nossa ele chegou cedo.

Ross já começou bem me olhando de cara feia por causa da minha roupa, eu hein se esta curto reclama se tá cobrindo tudo faz cara feia, aposto que antes dessa viagem acabar vamos brigar por causa as minhas roupas. Desde que saímos da minha casa ele está em silêncio, e com uma cara estranha, parece nervoso, preocupado sei lá, chegamos no aeroporto e nos acomodamos, a cara dele permanece a mesma.  Na hora penso na dor de cabeça dele, tá certo que faz tempo que ele não tem crise mas vai saber.

-- Você esta bem? - digo olhando pra ele. Antes dele e responder a aeromoça traz a água dele, juro que se ela continuar o olhando assim jogo ela desse avião sem paraquedas.

-- Sim tudo.

-- Esta com uma cara estranha! Esta com dor? Tomou remédio?

-- Ei fique tranquila, acho que ê sono.

-- Se você diz. Vamos dormir então. - puxo um cobertor que está no banco ao lado e jogo por cima de nos dois. -- Te amo agora durma.

-- Também te amo. - nos aconchegados um no outro e eu fecho os olhos.

Fico em silêncio, sei que ele esperava um interrogatório da minha parte, mas mamãe me alertou que meu excesso de curiosidade chateia as pessoas. Então resolvi ficar quietinha, se meus pais sabem e confiaram nele por que eu vou desconfiei? Logo percebo que ele pegou no sono, devia mesmo estar cansado. Dou um beijo leve em seu pescoço e me ajeito, já que não ah muito o que fazer vou dormir também.

Ross

O motorista particular do meu avô nos buscou no aeroporto, Beatrice deu gritinhos quando o piloto pousou e ela sacou de onde estávamos.
Fiquei aliviado por ela não perguntar nada no avião, só se eu estava bem. Quando falou que me amava, foi como se derrubasse meu muro de mal humor todo. Dormi com ela ali pertinho, me fez sentir um desgraçado, estava puto com algo bobo.
E... agora é tentar relaxar o máximo para fazer o pedido amanhã no almoço. Pois no momento só quero dormir, foram 11 horas de viagem.
Minha cabeça esta começando doer, odeio essa mudança de clima. Sempre me atinge.

-- Dor de cabeça ? – Bea me olha preocupada.

-- Um pouco. – assumo. Terminamos de nos arrumar, me deito primeiro e a observo pentear os cabelos. – Bea, quero te pedir uma coisa.

-- O que ?

-- Menos pergunta e mais ação. – ela me olha sem entender. – Mantenha isso em mente, independente da situação esses dias aqui.

-- Ok. – se deita. A puxo para perto de mim, não a quero longe de mim nunca mais.

-- Te amo. – beijo seu pescoço. – Você é meu tudo, minha menina.
Ataco seus lábios com os meus, a fazendo gemer... seu beijo é como uma droga pra mim, não me satisfaz, sempre quero mais. Do atenção a cada parte de seu corpo, com carinhos, beijos e chupões.

Beatrice

Quando vi onde estávamos quase enlouqueci de alegria, ele sabe que eu sempre amei esse lugar, o motorista foi nos buscar no aeroporto e fomos direto pra casa.

Depois de tomarmos um banho resolvemos descansar, Ross começou a se queixar da dor de cabeça, eu creio que por causa do fuso horário. Antes de deitar ele me disse uma coisa que me deixou confusa - menos pergunta e mais ação...  Eu até pensei em questionar mas ai ele começou a me beijar, e aquelas mãos percorrendo meu corpo e toda minha linha de raciocínio foi por água abaixo.

A idéia era descansar, mas com Ross e o apetite sexual dele a flor da pele foi impossível isso, depois de uma sessão de sexo enlouquecedor consegui convencer ele a tomar o remédio pra dor de cabeça e dormir um pouco. Ele óbvio que enfiou a cabeça no meu pescoço e ficou ali até pegar no sono...  esperei o sono dele estar bem pesado e fui dar uma volta na casa, andando por ali me lembrei de quantas vezes fiquei imaginando nos dois como um casal, como sofria quando ele sumia nas férias e voltava acompanhado de alguma garota. ..

Eu caminho até a sala, faz um frio dos diabos aqui... me sento de frente a lareira e fico pensando no que ele me falou,  e nas últimas conversas com minha mãe., eu sempre fui muito racional, sempre procurei uma razão lógica para tudo, e no fim toda minha racionalidade foi embora quando Ross voltou pro Brasil,  e hoje estou de volta a essa casa como namorada dele, depois de muitos problemas estamos aqui juntos... sorrio ao me lembrar dos nossos momentos,  de como tudo é mais simples mais colorido ao lado dele.

Volto para o quarto e me deparo com ele ainda dormindo,  tão lindo, tão inocente  (só dormindo mesmo),  me deito ao seu lado aninhando-me no seu peito... E com o cheiro do amor que fizemos que exala do corpo dele adormeço....

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora