Capítulo II

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Enquanto Ana Lucia arrumava a mobília da casa como queria, há alguns quilômetros Marcelo dava aula de história para seus alunos, naquela semana havia ido conversar com a direção porque estava chamando muito a atenção das alunas, inclusive foi assediado por uma delas. Ignorando o pedido da diretora de fazer um b.o, preferiu não manchar o nome da menina.

Marcelo Andrade era um cara simples, com 26 anos terminando o mestrado, gostava de ir ao parque com sua filha Mariana Monte Andrade, de seis anos. Teve uma infância complicada pelo pai alcoólatra, então prometeu a si mesmo quando descobriu que ia ser pai que seria tudo que seu pai não foi. Divorciado há dois anos, sua ex-esposa fazia questão de lembrar que a volta do casal era possível, bastava ele querer. Acontece que Marcelo não era o típico cara romântico, na verdade, ele só queria dar aulas e curtir com sua filha e foi isso que acabou com seu casamento. Inúmeras discussões sobre o comportamento do marido, Marisa decidiu romper o relacionamento e Marcelo concordou.

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Ana estava irritada com sua pouca força ao mover a mobília e Jax, a fitando com aquele olhar de: eu sei que você pode usar sua magia, acabou usando-a para colocar tudo no seu devido lugar. Curtindo ao máximo as cores claras dentro de sua casa, a fome logo bateu e ela foi ao mercado. "Preciso comprar um carro", pensou ofegante quando andou pelo quinto quarteirão com muita fome buscando um mercado. Encontrou um por sinal enorme! Comprou bolo e todo tipo de comida e que pudesse ficar pronta com 10 minutos no microondas ou forno. Chegando a sua nova casa, se deparou com seu primeiro vizinho estacionando seu carro na garagem, Ana, carismática do jeito que era, logo foi cumprimentar o tal "hombre". Ela, cheia de compras pesadas, fez um esforço para ficar esperando em pé o dito cujo sair do carro, que nem notará sua presença até ela falar.

– Olá! Você deve ser meu nome vizinho. Me chamo Ana, prazer! – Ela levantou uma das mãos para cumprimentar o rapaz, incrivelmente lindo aos olhos dela. – Ah, desculpe, é muita sacola certo? Um momento – Deixou as sacolas no chão – Ana! Esse é meu nome.

A FeiticeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora