Capítulo L

5 1 0
                                    

Marcelo a abraçou tão forte que a derrubou na cama. Estava por cima de Ana com seu melhor sorriso, cheio de sinceridade a amor. Ana por outro lado, o olhava com paixão e admiração, sabia no fundo de seu coração que eles eram feitos um para o outro.

Estavam ofegantes e com risos soltos, ele estava cada vez mais próximo de Ana e ela não hesitou ao encostar seus lábios nos dele. Seus lábios se encontraram e numa mescla de saudade e amor, ambos se entregaram ali. Marcelo deixou seu corpo inteiro por cima da mesma e enquanto uma mão tocava na cintura dela, a outra tocava no seu pescoço e a pressionava contra si. Cada toque que ela recebia sentia que a qualquer momento ia se desmanchar em seus beijos. Marcelo foi distribuindo inúmeros beijos em seus lábios e em seguida por seu pescoço, fazendo Ana se arrepiar dos pés a cabeça. O corpo deles pedia desesperadamente por mais e ninguém parava o ato. A feiticeira suspirava ao sentir as mãos dele percorrem seu corpo e numa angustia eminente pelo corpo um do outro, Marcelo tirou a roupa de Ana, deixando a nua na cama. Observava cada centímetro de Ana e ela ajudou o mesmo a tirar a camisa. Num piscar de olhos ambos já estavam desnudos naquele quarto.

– Como eu senti falta do teu corpo no meu.

Foi tudo que Marcelo falou antes de penetrar Ana por completo. Não aguentava mais de saudade e ela sentia o mesmo. Ninguém se importou no momento se entraria alguém no quarto, de fato, isso nem foi pensado.

Na medida em que o prazer foi aumentando, Ana arranhava as costas de Marcelo. Um saciava a sede por prazer do outro e isso os levou a um orgasmo juntos. Marcelo deitou do lado de Ana, ofegante e a puxou para um abraço. A mesma deitou em seu peito e sorriu também ofegante.

– Marcelo, quer ir tomar um café? – Entrou nesse exato momento Carlos, ainda olhando para uma prancheta nas mãos. Quando se deparou com a cena, não conseguiu parar de olhar. – Vejo que a senhorita Franco já está melhor, pelo visto.

Ana estava desnuda e mais aparente que Marcelo, que estava coberto pelo lençol da cama. Fora uma cena extremamente desconfortável para ela, que estava exposta ao olhar de Carlos que ainda a fitava. Marcelo a cobriu irritado e vestiu a calça, enquanto seu amigo continuava a fitar os dois e achar graça. Saiu rapidamente do quarto e arrastou Carlos junto.

– Calma cara, eu sou médico, sou acostumado a ver nudez. Faz parte da minha profissão. – Ele assentiu com um sorriso enorme. – Que corpo lindo que ela tem!

– O que você quer? – Ele bufou impaciente. –

– Ia te chamar pra tomar um café, mas pelo visto você já tem outros planos.

– Pra falar a verdade, estou com bastante fome.

– Também, depois de - – Foi interrompido por Marcelo. –

– Não cara, não.

– Não tem graça tirar sarro de você, tu és um chato.

– Vou pegar minhas coisas e já volto.

– Eu vou contigo. – Ele entrou no quarto antes de Marcelo, ainda achando graça do ciúme aparente do amigo perante a ele. – Ana, se importa de eu roubar seu amado por uma meia horinha? – Carlos fitou a garota, ainda emaranha no lençol e totalmente corada. – É claro, se você não tiver que fazer nada agora e-

Novamente foi interrompido, dessa vez por Marcelo o expulsando do quarto irritado. Ele saiu ainda rindo da situação. Marcelo que olhava a expressão tímida da menina quase adentrando o lençol, sorriu sem jeito.

– Me desculpa, ele é um babaca quando quer.

Ana assentiu, ainda estava sem coragem para sair debaixo do lençol.

– Está com vergonha de mim? – Ele perguntou fitando ela com curiosidade. –

– Não é isso, só... Não sei, faz tempo que não ficamos juntos assim.

– Oh guria. – Marcelo chegou perto dela e a beijou. – Eu amo você.

– Amo você também.

– Não tenha vergonha do teu corpo, ele é lindo.

– Está me deixando sem graça, Celo.

– Tudo bem... – Ele sorriu para ela. – Se importa se eu for tomar um café com Carlos?

– Claro que não, pode ir.

– Trago algo pra você comer?

– Uhum, pão de queijo.

– Tudo bem. Já volto.

Ele a beijou rapidamente e saiu, deixando Ana sorrindo tola pelo momento que eles tiveram há minutos atrás.

Numa quadra de distancia do hospital, Carlos e Marcelo tomavam um café numa padaria e conversavam sobre tudo um pouco.

– Então, voltaram?

– Sim. Nem devíamos ter separado.

– Hum gosto assim! – Carlos sorriu para o amigo. – Mas me responde uma coisa que não está me saindo da cabeça desde que fui ao quarto...

– Se for sobre a Ana vou te dar um soco na boca.

– Não é sobre ela, quer dizer, também.

– O que é? – Marcelo disse irritado. –

– Vocês usaram camisinha?

Marcelo empalideceu com a pergunta e ficou pensativo por alguns segundos, Carlos já tinha sua resposta pelo olhar.

– Eu me esqueci. – Marcelo disse por fim. –

– Acontece. Ela toma anticoncepcional?

– Não.

– E agora? – Ele deu um gole no café. – Compra a pílula.

– Vou comprar sim. – Disse sem jeito. – Eu nem me lembrei da camisinha na hora.

– Tá ficando descuidado hein.

– Nem me fala. Ela não quer ter filhos e eu também não.

– Quem nunca cometeu uma gafe dessas né?

– É. Acho que sim.

A FeiticeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora