THIRTEEN

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    Acabo adormecendo no meio da história de Namjoon. Eu queria tanto te-la ouvido, provavelmente falava sobre Jin.
    Lembro-me de ser carregada por alguém, mas não consigo lembrar quem.
    Acordo em meu quarto, quando o relógio marca 3:12 da manhã. É meu aniversário! Levanto-me e ainda estou com a mesma roupa de ontem, mas não a troco, apenas corro pelos corredores escuros para encontrar os meus amigos.
    Entro no quarto de Jin.

– OMMA... É MEU ANIV... -paro de falar quando percebo que o quarto está vazio, e que a cama está arrumada.

    Saio rapidamente do quarto dele, entrando no quarto de todos os outros. Todos os cômodos arrumados e vazios.
    É claro, o salão. Eles ainda devem estar contando histórias lá! Corro até o local, mas vejo apenas as mantas finas e almofadas jogadas no canto em que estávamos.
    Decido voltar ao meu quarto, provavelmente eles estão me preparando uma surpresa.

———¥———

    Quando voltei ao meu quarto, acabei dormindo novamente. Acordei agora, é meio dia e onze, não os vi ainda.
    Tomo uma ducha rápida e troco de roupas, então saio do quarto - trancando a porta em seguida - e volto à procurá-los.

    Estou faz 40 minutos procurando-os e nada. Por que sumiram logo no dia dos meus dezoito anos? Estou voltando ao meu quarto, quando encontro a pessoa que eu menos queria encontrar.

– Ora ora. -a voz aguda de Husa me para. - Veja só quem foi esquecida.

– Onde eles estão? -pergunto, séria.

– Eles quem? Jin e os outros? -ironiza ela. - Eles foram embora ontem pela madrugada.

– É mentira! -não quero acreditar, ela com certeza está tentando me provocar. - Onde eles estão?

– Provavelmente em Seoul. -ela ri.

– Eles não me deixariam aqui. -murmuro entredentes.

– Já deixaram. -ela não perde o tom vitorioso. - Jin mandou dizer que não trouxe nenhum acompanhante com ele. Cada um pagou sua hospedagem e eles foram embora.

– Eles falaram sobre mim? -pergunto.

– Mandaram você pagar sua hospedagem e ir embora. -ela sorri de canto.

    Eles não fizeram isso. É claro que não. Quando eu chegar em meu quarto eles vão estar lá!
    Deixo Husa falando sozinha e sigo correndo até meu quarto. Quando chego, está vazio. Meus olhos se enchem de lágrimas. Eles não me abandonaram logo hoje.

– Parece que não havia nenhuma surpresa lhe esperando. -a voz aguda de Husa diz por trás de mim. Viro-me para a mesma.

– Sai daqui! -digo firme. - SAI DO MEU QUARTO! -grito.

– Pague a sua hospedagem e então este quarto volta a ser "seu" por mais cinco dias. -diz calmamente.

– Quanto? -pergunto.

– 25 mil.

    25 mil? É sério? 5 mil por dia? Só pode estar de brincadeira. Um desespero interno me preenche. Não posso chorar. Não na frente dela.

– Eu não tenho como pagar. -digo.

– Então teremos que contatar a polícia. -ela ri. - Afinal, abusou de nossos confortos sem pagar? Jin não vai gostar de saber que trouxeram uma golpista para cá.

    Sem controle - por conta do ódio e desespero que me dominam -, acerto um soco no rosto de Husa, e vários outros após.
    Estou em cima do corpo longo e magro da megera, seu rosto é o alvo, meus punhos são as flechas e eu tenho uma ótima pontaria. Sangue escorre do rosto da mais alta, me proporcionando um prazer indescritível, que me faz continuar com as agressões.
    Ela tenta sair, tenta me acertar mas não consegue. Não sei o que está havendo comigo, mas não quero que pare.

    Paro de agredi-la assim que um homem gordo e bem vestido chega para separar. Ele me chuta, fazendo-me sair de cima dela e cair para o lado, distante deles.

– Filha... -diz ele, enquanto ajudava a vadia à ficar em pé.

    Então esse é o Dr. Lee, proprietário deste hotel. Quero explodir a cara dele também. O chute que ele deu acertou minhas costelas, e está doendo muito. Mas, levanto-me e paro frente a frente com ele. Neste momento, o medo não está em nenhuma parte do meu corpo ou mente.

– O que você fez com a minha filha, sua vadiazinha pobretona? -pergunta ele, entredentes.

– Olhe para ela que saberá o que eu fiz. -respondo.

    O homem me atira dentro de meu quarto - que está com a porta aberta - e tranca a porta em seguida. Caio no chão com seu empurrão, mas me coloco em pé no mesmo segundo.

– Você não tem dinheiro para pagar a estadia... -diz ele, com os olhos cheios de ódio. - E bateu em minha filha... Vai aprender a lição.

    Por um segundo, pensei que ele iria me estuprar, mas não. Este velho me enche de golpes. Socos fortes, chutes... ele bate meu rosto contra a cabeceira da cama diversas vezes, me lança contra a parede e, sem me dar tempo para levantar, ele me bate novamente.
    20 minutos se passaram, eu estou me sentindo tonta e todo o meu corpo dói. Ele não para, ele não vai parar. A última coisa que lembro, é quando ele pega um pedaço de madeira, batendo contra minha cabeça violentamente.

THE WRONG ANGEL » myg {1º temporada}Onde histórias criam vida. Descubra agora