Jade.
Eu tinha acabado de levar a Laura para escola. Ela estudava no turno da manhã. Caminhei até a praia de São Conrado, molhei os meus pés e fechei os olhos sentindo o vento gostoso batendo contra o meu rosto. Sorri espontaneamente com tamanha a beleza do local.
Algumas horas depois fui embora para casa. Quando cheguei, já fui me despindo e entrando dentro do boxe, liguei o chuveiro e senti aquela água gostosa e quente indo de encontro ao meu corpo. Era exatamente nessas horas que eu mais lembrava do Gabriel, do seu corpo quente junto ao meu, das suas frases desnecessárias, em horas desnecessárias.
Saí do boxe enrolada na toalha. Meu celular começou a tocar, tratei de atender.
Ligação.📞
- Oi. - Suspiro.
- Amiga, vem para cá agora.
- Ué, mas o que está acontecendo?
- Cala a boca e só vem, beijos, te amo.
- Chataaaa, tá bom.
Fim de Ligação.
Dei de ombros... Deve ser apenas mais um de seus desejos loucos por conta da gravidez. Vesti um short jeans preto e uma blusa um pouco decotada no busto, nos pés calcei uma sandália havaiana. Pentiei meu cabelo e fiz uma maquiagem básica, apenas pó, base e rímel. Peguei minha carteira e meu celular.
Chamei um uber e esperei poucos minutinhos até ele chegar.
- Bom dia. - Digo e ele assente sorrindo amigavelmente.
Chegamos rápido, era super perto. O motorista me deixou na metade do morro a pedido meu, eu queria fazer uma surpresinha para a Malu, compraria alguns sonhos de caramelo na padaria favorita dela.
***
- Agora tu pode me dizer o porquê do desespero no telefone. - Eu disse sem paciência e ela me olha, seu rosto estava todo sujo de caramelo.
- Eu não sei como te dizer... - Mordeu mais um pedaço.
- Já era chata sem estar grávida, imagina agora. - Ela me dá língua.
Ouvimos algumas risadas do lado de fora da casa. Malu me olhou e ficou branca que nem cera. Aquela voz eu reconhecia de longe, a porta se abriu e eu não pude acreditar no que vi, como aquilo era possível? Como?!
- Gabriel?! - Meus olhos lacrimejam. - Como, como que você está aqui? - Pergunto. Ele não se mexia, parecia que tinha entrado em estado de choque.
Ele estava ainda mais homem do que já era, seus cabelos tinham crescido e seus músculos pareciam que iam saltar de seu corpo, estava lindo. Pus as mãos na boca completamente assustada, meu coração acelerou, minhas pernas ficaram bambas e as palavras escaparam. Ele me fitou ainda sério.
- Vai lá... - Maria Luíza sorriu de lado e me empurrou.
Levantei e caminhei até ele, segurei em seu rosto e o abracei com a maior força do mundo. Como eu consegui viver sem esse homem? Sem suas mãos quentes me protegendo de tudo e de todos? Ele abraçou a minha cintura e eu o seu pescoço o puxando mais para mim. As minhas lágrimas molhavam sua blusa e só se ouvia os meus soluços altos e descontrolados.
- Porra. - Sussurrou. - Que saudade de tu, caralho, que saudade. - Me apertou contra ele
- Tu está aqui mesmo? - Sussurrei e ele assentiu secando minhas lágrimas.
- Tô, minha morena... - Corei sorrindo e ele selou nossos lábios.
O beijei com toda a vontade, sem vergonha alguma da Malu que nos observava sorrindo. Nossos lábios se remexiam em harmonia, sua língua foi de encontro a minha dando uma sensação gostosa de que só o seu beijo tinha. Senti o gosto de bala de cereja e sorri entre o beijo.
- Ainda não acredito que tu está aqui. - Encostei minha cabeça em seu peito e ele suspirou pesado.
- Nem eu, você não sabe o quanto foi difícil chegar até aqui. - Eu assenti e o abracei.
- Eu te amo tanto... - Beijei sua bochecha e ele sorriu de lado.
- Meu casal. - Malu fez uma dancinha esquisita com o Caio e Gabriel olhou confuso para ela.
- Nossa,tu tá gorda hein... - Murmurou e ela deu o dedo do meio.
- Que eu saiba grávida engorda e não emagrece... - Ele arregalou os olhos e a olhou desconfiado.
- Tu está prenha? Papo 10? - Ele disse.
- Sim... - Ela disse acariciando a barriga.
- Tomara que não puxe ao pai. - Gabriel disse e eu gargalhei, Malu fez cara feia.
- Tu tem é inveja de mim... - Caio murmurou e abraçou a cintura de Malu.
Era tudo um sonho. Toda vez que eu o olhava não parecia que era real, ousei até beslicar a mim mesma para saber se não passava de mais de um dos meus delírios e devaneios. Ele parecia feliz, diferente do que ele era, ele sorria bastante e fazia inúmeras piadas, acho que eu tinha achado o Gabriel Tavares, o meu Gabriel.
- Cadê a minha filha? - Perguntou assim que desgrudou nossos lábios.
- Ela está na escola... - Eu disse e ele coçou a nuca.
- Perdi muita coisa porra, estou louco para ver como ela tá, para ver o rosto, se continua parecendo comigo ou não... - Falou espontâneo e eu sorri.
- Isso ninguém pode negar. Ela é a tua xerox, uma cópia perfeita. - Ele ri bobo.
- Vamo para casa? - Pergunta. - To afim de um banho daqueles e depois um...- Sorriu malicioso e beijou o meu pescoço.
- Eu não moro mais lá, aluguei um apartamento em São Conrado. I- Ele fez uma carinha engraçada.
- Para quê tu foi morar lá? Sei que aqui é favela pô, mas a minha casa é boa para caramba. - Eu assenti.
- Lá me lembrava muito de tu s eu não queria isso, querendo ou não, eu sofri bastante com a sua ausência... - Ele beijou minha testa.
- Eu sei morena, eu sei, mas eu quero tu morando aqui comigo, pode pá? Quero reconquistar tudo o que eu perdi na vida da Laura.
- Te prometo nada mas podemos passar uns dias com você. - Ele fez cara feia mas acabou concordando.
***
Ele me beijava ferozmente, estávamos na saudade, sedentos um do outro. Segurei na sua nuca aprofundando o beijo, ele chupou os meus lábios com precisão, me deitou em sua cama cuidadosamente, puxei seus cabelos os deixando desgrenhados do jeitinho que eu gosto. Ele sorriu entre o beijo e apertou a minha cintura, tirou a minha blusa e me analisou me deixando completamente envergonhada.
- Que saudades... - Sussurrei baixo.
Ele beijou minha barriga, meu busto, meu pescoço e enfim me deu um selinho rápido. Ele tratou de tirar a sua camisa e bermuda, me fazendo ter a vista de seu abdômen perfeito. Sorri maliciosa e o puxei, ele balançou a cabeça e tirou o meu short jeans.
Acariciou o meu sexo e eu já gemia baixinho, estava molhada apenas com seu toque. Ele enfim a rasgou, enfiou um dedo e depois aumentou as estocadas indo até os três, assim que eu cheguei ao ápice, me virei.
Tirei sua cueca boxe com os dentes e ele virou a cabeça para trás já ereto. Fiz movimentos de vai e vem com seu membro, passei a minha língua por sua extensão, ele entrelaçou sua mão no meu cabelo, aprofundando e aumentando a intensidade.
Ele chegou ao seu limite e eu engoli todo o seu líquido quente. Ele me puxou para si, beijou o meu pescoço e foi trilhando chupoes até a minha virilha. Gabriel me puxou para seu colo fazendo eu sentar em seu membro, fui me acostumando com a dor e indo cada vez mais fundo.
- Ah... - Gemi alto e ele me beijou.
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Traficante.
أدب المراهقينEle vinha, ela ia. Eram opostos que se esbarraram na estrada da vida, e sonharam. Ele buscava sempre de forma fria ser calculista, e ela lindamente sonhava. Não eram bons uns com os outros, e não sabiam andar de mãos dadas, mesmo que os caminhos sem...