Capítulo 47

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Jade.

Mandei minha última mensagem para Eric. Ele me buscaria na portaria da Rocinha. Havíamos marcado de sair para um restaurante na Barra da Tijuca, ele disse que precisava me ver e para não ser mal educada, não recusei o convite. Querendo ou não, estava precisando de uma distração.

WhatsApp:

Eric: Só tô te esperando, já pode vir.

Jade: Ok.

Dei um beijo na testa da minha filha que dormia tranquilamente. Desliguei o abajur, liguei o ar condicionado e saí do seu quarto. Fui até o banheiro e passei outra camada de gloss de morango nos lábios.

Respirei fundo e desci as escadas, Gabriel estava deitado no sofá. Abri a porta com todo cuidado e desci a Rocinha. De longe avistei um logan preto, Eric acenou. Abri a porta do mesmo. Ele me deu um beijo demorado na bochecha e sorriu de orelha a orelha deixando transparecer as suas covinhas.

- Está linda.- Murmurou e eu sorri em forma de agradecimento.

***                

O restaurante era lindo, confortável e chegava até ser elegante. A comida era deliciosa, estávamos satisfeitos. Havíamos conversado muito, o assunto não acabava, muito pelo contrário, rendia.

- O que você acha da gente passear um pouco na praia? - Perguntou e eu concordei.

- Claro, porque não? - Sorri.

A sensação de ter a areia tocando em meus pés era deliciosa. Não lembrava de o quanto ir a praia era bom e relaxante. O cheirinho do sal e até mesmo a escuridão que formava uma imagem só do céu e do mar.

- Sempre amei vir a praia, faz tempo que não venho. - Eric disse.

- Digo o mesmo, é um ponto de paz.

Nos encaramos por um instante. Eric chegou mais perto e tocou na minha nuca com sua mão esquerda. Fechei os meus olhos sentindo o seu toque. Senti sua respiração batendo contra o meu rosto e os seus lábios se juntando aos meus. Dei passagem para sua língua e deixe-me levar por aquele beijo. Ele me deitou na areia, levou sua mão até o meu busto e o apertou, beijou o meu pescoço, o mesmo se levantou e tirou seu cinto.

- Ei... Vamos com calma.- Eu disse.

- Calma para quê? Nunca se sabe quando isso acontecerá novamente.

Ele se deitou em cima do meu corpo e voltou a me beijar. Abaixou a alça do meu vestido bruscamente, trilhou beijos da minha boca, ao pescoço, desferindo um chupão dolorido no mesmo. Mordi os lábios, meus olhos se encheram de lágrimas.

- Eric, eu não vou conseguir, sai por favor. - Eu disse mas foi a mesma coisa que nada. Ele continuava se aproveitando do meu corpo, apertando sem um pingo de dó.

O empurrei e tentei correr dalí, mas em tentativa falho, acabei caindo no chão, tropecei no meu próprio pé. Ele me agarrou e puxou o meu braço.

- Tu pensa que vai aonde? Tu me provoca e faz isso? Deixa de ser piranha. - Ele gritou, estava vermelho e respirava ofegante.

- Larga ela, seu viado, pau no cu do caralho. - Ouvi uma voz atrás de mim e me virei espantada.

Gabriel partiu para cima de Eric, os dois se estapearam no chão. Gabriel estava por cima do mesmo, cego de raiva, dava inúmeros socos sem um pingo de dó. Eric agonizou de dor e acabou desmaiando.

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