Sophie Davis
Decatur, Geórgia.
Ele beijou meus lábios, meu queixo e acariciou minha bochecha. Passei a mão pelo seu rosto sentindo sua barba sob meus dedos, junto a seus lábios. Eu não podia acreditar que ele estava de verdade aqui. Puxei seus lábios de volta para os meus e o beijei ferozmente.
— Senti tanto a sua falta, Justin. — eu não sabia o que estava dizendo.
— O que vocês estão fazendo? — perguntou a voz que eu desejava não estar entre nós.
— Você acabou de presenciar, não seria doloroso explicar? — ironizou Justin.
— Christian! — eu sentia que estava sem cor.
— Que bonito, Sophie. Você me deixa dormindo para sair de madrugada e vir beijar outro cara comigo bem ao lado.
— Eu posso explicar.
— Ele já viu, baby, não precisa explicar.
— Para, Justin.
— Sophie, entra.
— Eu não...
— Não faça eu perder o que resta da minha paciência.
— Ficou maluco, Christian? Não fale assim com ela.
— O único maluco aqui é você, que apareceu do nada de madrugada para beijar a minha garota.
— Christin, vamos entrar.
— Precisamos resolver essa situação, Sophie. — respondeu com ódio nos olhos.
— Você está nervoso, vamos entrar.
— Tenho motivos pra isso. — voltando seu olhar para Justin, ele continuou — É hora de ir.
Agora eu estava ao lado de Cristian, que estava segurando meu braço enquanto encarava Justin. Não sendo capaz de ver o seu rosto, eu virei minha cabeça para a entrada da minha casa. Senti o peso de seu olhar sobre mim e eu desejei chorar. Ignorando a presença de Christian, ele pegou meu rosto com suas mãos.
— Isso não é um adeus. Não há despedidas... Não entre nós. — ele disse depositando um beijo em minha testa.
As lágrimas já estavam ardendo em meus olhos quando ele continuou.
— Quando acabar essa turnê, eu estarei voltando para casa, para você. Eu ainda vou estar com você mesmo longe.
— Você está bem?
— Não, não, eu não estou bem.
— Eu vou sentir sua falta... A cada segundo.
Senti como se eu estivesse indo quebrar ao vê-lo partir. Meu coração estava em pedaços e neste momento a presença do Christian não fazia diferença. Fechando os olhos, tentei imaginar o inverso deste momento.
— Você não estará aqui. — Christian sussurrou.
— O que?
— Isso que você ouviu. Quando essa maldita turnê acabar, você não vai estar aqui.
— Está maluco, Christian? Vá embora daqui.
— Eu não irei deixá-la como ele fez.
Ele deveria estar feliz por ter tocado no ponto. Ele conseguiu o que queria e eu estava mais pra baixo que antes. Olhei no fundo de seus olhos e voltei para dentro de casa.
— Sophie.
— Vá embora.
— Precisamos conversar.
— Você já disse o bastante.
E ali deveria ser o meu recomeço, mas eu nem imaginava o que ainda estava por vir.
(...)
Na semana seguinte resolvi fazer o que achava certo. Eu tinha dado uma oportunidade para Christian assim que me atualizei com as notícias sobre a banda. Justin nunca seria o cara ideal pra mim, ele continuava sendo o mesmo galinha e a mídia confirmava isso. Cada noite era uma nova garota com ele. Sempre estava rodeados por elas em festas após o show e novamente senti meu coração em frangalhos. Não o culpo por isso, ele não tinha um compromisso comigo e eu fui idiota ao deixá-lo partir naquele dia. Eu me culpo por ter criado falsas esperanças mais um vez.
(...)
Justin Bieber
Fukuoka — Japão.
— Isso são drogas, Justin?
— Inferno! Porque diabos não perguntou se podia entrar, Ryan?
— Desde quando eu devo fazer isso? Porra, Justin. Não acredito que você está fazendo isso.
— O que seus olhos veem não é suficiente para acreditar?
— Porque isso, cara?
— Porque eu quero isso.
— Não, o Justin que conheço nunca iria querer isso.
— Talvez você conhece outro Justin.
— Cara, se você está passando por problemas, basta conversar como sempre fez.
— Prefiro guardar os meus problemas pra mim mesmo.
— Eu não vou permitir que você continue destruindo a sua vida com essas merdas.
— Saia daqui.
— Onde conseguiu isso?
— Tenho meus contatos.
— Jogue essas merdas fora. Se livre disso esta noite...
— Senão?
— A banda acaba aqui.
Ele não permitiu que eu falasse mais nada, pois se retirou furiosamente no meu quarto. Merda! Aonde eu estava me metendo?
Beatrice
Fukuoka — Japão.
Eu não conseguia processar o que Ryan acabara de me dizer. Justin não seria tão idiota ao ponto de se deixar levar pelas drogas. Sophie o mataria se descobrisse isso e eu estava disposta a contá-la para ajudá-lo a sair desse buraco. Fredo e eu estávamos discutindo sobre alguma coisa quando Ryan chegou furioso jogando a merda pra cima da gente e falando em desistir da banda. Pensei que teria uma luta quando ele disse "Eu vou desistir e voltar para minha casa".
— Você só pode estar de brincadeira. — criticou Alfredo.
— Ah, claro que estou brincando ao falar que meu melhor amigo é a porra de um usuário.
— O que faremos?
— Jura? Poxa, Trice. — suspirou Ryan com as mãos no rosto — Você é a única pessoa com uma mente diferente e que poderia pensar no que vamos fazer.
— Isso é algo fodidamente complicado. Nunca passei por isso antes e muito menos imaginei que aconteceria. Esse não é o Justin, o velho JB nunca faria uma merda dessas.
— Foi o que eu disse para ele.
— Apenas uma pessoa seria capaz de mudar as coisas.
— Vocês não se atrevam a falar sobre isso com a Sophie. — anunciava Justin nos surpreendendo enquanto entrava no quarto — Eu levo a porra da banda e se isso vazar e ela ficar sabendo, eu coloco um fim em tudo e a Canadian Warriors morrerá para sempre. Espero que eu tenha sido claro. Este é o novo Justin, vocês irão aceitá-lo ou arrumar as malas e voltar para aquela merda de cidade do interior.
Eu desejei a morte.
Justin não tinha este direito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
All of Me
FanfictionQuando Justin Bieber sobe no palco com aquela voz meio rouca, dedilhando os acordes de sua guitarra, todas as garotas vão à loucura. O corpo tatuado, o cabelo rebelde e o olhar sedutor fazem desse roqueiro levar a mulher que quiser para a cama. O ar...