24. This is not goodbye

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Sophie Davis

Decatur, Geórgia.

Ele beijou meus lábios, meu queixo e acariciou minha bochecha. Passei a mão pelo seu rosto sentindo sua barba sob meus dedos, junto a seus lábios. Eu não podia acreditar que ele estava de verdade aqui. Puxei seus lábios de volta para os meus e o beijei ferozmente.

— Senti tanto a sua falta, Justin. — eu não sabia o que estava dizendo.

— O que vocês estão fazendo? — perguntou a voz que eu desejava não estar entre nós.

— Você acabou de presenciar, não seria doloroso explicar? — ironizou Justin.

— Christian! — eu sentia que estava sem cor.

— Que bonito, Sophie. Você me deixa dormindo para sair de madrugada e vir beijar outro cara comigo bem ao lado.

— Eu posso explicar.

— Ele já viu, baby, não precisa explicar.

— Para, Justin.

— Sophie, entra.

— Eu não...

— Não faça eu perder o que resta da minha paciência.

— Ficou maluco, Christian? Não fale assim com ela.

— O único maluco aqui é você, que apareceu do nada de madrugada para beijar a minha garota.

— Christin, vamos entrar.

— Precisamos resolver essa situação, Sophie. — respondeu com ódio nos olhos.

— Você está nervoso, vamos entrar.

— Tenho motivos pra isso. — voltando seu olhar para Justin, ele continuou — É hora de ir.

Agora eu estava ao lado de Cristian, que estava segurando meu braço enquanto encarava Justin. Não sendo capaz de ver o seu rosto, eu virei minha cabeça para a entrada da minha casa. Senti o peso de seu olhar sobre mim e eu desejei chorar. Ignorando a presença de Christian, ele pegou meu rosto com suas mãos.

Isso não é um adeus. Não há despedidas... Não entre nós. — ele disse depositando um beijo em minha testa.

As lágrimas já estavam ardendo em meus olhos quando ele continuou.

— Quando acabar essa turnê, eu estarei voltando para casa, para você. Eu ainda vou estar com você mesmo longe.

— Você está bem?

— Não, não, eu não estou bem.

— Eu vou sentir sua falta... A cada segundo.

Senti como se eu estivesse indo quebrar ao vê-lo partir. Meu coração estava em pedaços e neste momento a presença do Christian não fazia diferença. Fechando os olhos, tentei imaginar o inverso deste momento.

— Você não estará aqui. — Christian sussurrou.

— O que?

— Isso que você ouviu. Quando essa maldita turnê acabar, você não vai estar aqui.

— Está maluco, Christian? Vá embora daqui.

— Eu não irei deixá-la como ele fez.

Ele deveria estar feliz por ter tocado no ponto. Ele conseguiu o que queria e eu estava mais pra baixo que antes. Olhei no fundo de seus olhos e voltei para dentro de casa.

— Sophie.

— Vá embora.

— Precisamos conversar.

— Você já disse o bastante.

E ali deveria ser o meu recomeço, mas eu nem imaginava o que ainda estava por vir.

(...)

Na semana seguinte resolvi fazer o que achava certo. Eu tinha dado uma oportunidade para Christian assim que me atualizei com as notícias sobre a banda. Justin nunca seria o cara ideal pra mim, ele continuava sendo o mesmo galinha e a mídia confirmava isso. Cada noite era uma nova garota com ele. Sempre estava rodeados por elas em festas após o show e novamente senti meu coração em frangalhos. Não o culpo por isso, ele não tinha um compromisso comigo e eu fui idiota ao deixá-lo partir naquele dia. Eu me culpo por ter criado falsas esperanças mais um vez.

(...)

Justin Bieber

Fukuoka — Japão.

— Isso são drogas, Justin?

— Inferno! Porque diabos não perguntou se podia entrar, Ryan?

— Desde quando eu devo fazer isso? Porra, Justin. Não acredito que você está fazendo isso.

— O que seus olhos veem não é suficiente para acreditar?

— Porque isso, cara?

— Porque eu quero isso.

— Não, o Justin que conheço nunca iria querer isso.

— Talvez você conhece outro Justin.

— Cara, se você está passando por problemas, basta conversar como sempre fez.

— Prefiro guardar os meus problemas pra mim mesmo.

— Eu não vou permitir que você continue destruindo a sua vida com essas merdas.

— Saia daqui.

— Onde conseguiu isso?

— Tenho meus contatos.

— Jogue essas merdas fora. Se livre disso esta noite...

— Senão?

— A banda acaba aqui.

Ele não permitiu que eu falasse mais nada, pois se retirou furiosamente no meu quarto. Merda! Aonde eu estava me metendo?

Beatrice

Fukuoka — Japão.

Eu não conseguia processar o que Ryan acabara de me dizer. Justin não seria tão idiota ao ponto de se deixar levar pelas drogas. Sophie o mataria se descobrisse isso e eu estava disposta a contá-la para ajudá-lo a sair desse buraco. Fredo e eu estávamos discutindo sobre alguma coisa quando Ryan chegou furioso jogando a merda pra cima da gente e falando em desistir da banda. Pensei que teria uma luta quando ele disse "Eu vou desistir e voltar para minha casa".

— Você só pode estar de brincadeira. — criticou Alfredo.

— Ah, claro que estou brincando ao falar que meu melhor amigo é a porra de um usuário.

— O que faremos?

— Jura? Poxa, Trice. — suspirou Ryan com as mãos no rosto — Você é a única pessoa com uma mente diferente e que poderia pensar no que vamos fazer.

— Isso é algo fodidamente complicado. Nunca passei por isso antes e muito menos imaginei que aconteceria. Esse não é o Justin, o velho JB nunca faria uma merda dessas.

— Foi o que eu disse para ele.

— Apenas uma pessoa seria capaz de mudar as coisas.

— Vocês não se atrevam a falar sobre isso com a Sophie. — anunciava Justin nos surpreendendo enquanto entrava no quarto — Eu levo a porra da banda e se isso vazar e ela ficar sabendo, eu coloco um fim em tudo e a Canadian Warriors morrerá para sempre. Espero que eu tenha sido claro. Este é o novo Justin, vocês irão aceitá-lo ou arrumar as malas e voltar para aquela merda de cidade do interior.

Eu desejei a morte.

Justin não tinha este direito.

All of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora