35. Pregnancy

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Sophie Davis

A descoberta

Christian continuava me tratando como uma princesa. Desde o dia que fiz amor com Justin pela última vez, não consegui dormir com ele. Ele nunca reclamou, apenas falava que eu estava nervosa com o nosso casamento e essa palavra me deixava assustada. Eu gostava de estar com ele, mas não amava como amo Justin. Mas Justin tinha sido tão duro comigo que eu coloquei na cabeça que ia aceitar a realidade e me casar com Christian. Imaginava que com o tempo eu me esqueceria do meu cantor sexy e me apaixonaria perdidamente pelo CFO no Beadles Bank. O que eu não esperava era o teste de gravidez que eu estava em mãos marcar positivo. Eu estava grávida e não era do Chris.

Não planejei um bebê. Não que eu não gostasse da ideia de ser mãe, mas sim da reação que Justin teria se eu contasse. Ele não só tinha me expulsado do seu quarto há um mês atrás, mas sim da sua vida. Aquele dia não se apagaria da minha memória nunca mais. "Volte a me procurar. Você queria fazer desta noite especial, então não estrague isso. Finja que nunca nos conhecemos e me tire do seu coração. Acabou aqui. Este é o nosso fim. Não diga mais nada, eu não quero ouvir a sua voz. Vá embora." Eu iria terminar tudo com Christian para ficar com ele, mas fui expulsa antes de revelar meus planos. Agora eu deveria terminar com ele mesmo se para isso precisasse fugir. Não vou tirar o meu bebê, porque mesmo ele sendo um grão de feijão o amo mais que tudo. Ele ou ela é a metade do cara que eu sou apaixonada e quero cuidar e protegê-lo.

— Christian, precisamos conversar.

— Oi meu amor. — beijou-me assim que sai do banheiro ao seu encontro — Tenho uma reunião daqui a pouco e preciso chegar no escritório o quanto antes.

— É muito importante.

— Sinto muito, mas eu não posso cancelar essa reunião. Pode ser mais tarde?

— Claro, vou esperar você.

Então o destino me pregou uma peça novamente. Mais tarde enquanto eu me arrumava, ouvi Christian no telefone com alguém e eu gelei. As suspeitas estavam se confirmando e algum tempo depois descobri que era ainda pior. Christian não só estava me enganando, mas também a outra garota. Patrícia, quem eu pensava ser uma ex era a noiva dele e estava esperando um bebê. Eu iria conversar com ele, não iria falar da gravidez, mas iria terminar e ir embora ao encontro do meu pai. Desde os meus sete anos não tive a oportunidade de me encontrar com ele, mas estava confiante que ele me ajudaria.

Dois meses

No mês seguinte a descoberta da gravidez e da traição de Christian, decidi abandoná-lo no altar sem explicações. Ele não merecia que eu explicasse porque ele tinha sido um idiota traindo uma noiva grávida. Não fiquei triste quando descobri, porque eu havia dormido com Justin duas vezes sendo namorada dele. Fiquei com raiva por ele ter feito isso com a futura mãe de seu filho. Não contei para ninguém, nem mesmo para Beatrice porque ela não me deixaria ir embora sem contar para Justin. Deixei tudo pronto no mês passado e embarquei para a Califórnia, onde meu pai vivia com sua família. Meu pai me recebeu feliz e assustado. Contei por cima o que aconteceu e durante nosso trajeto para sua casa revelei que estava grávida. Ele pirou nos primeiros segundos, logo depois me abraçou feliz e disse que iria fazer tudo que não fizera para meu irmão e eu.

Cinco meses

George estava disposto a mimar a neta e ficou mais feliz que eu quando descobrimos que era uma menina. Clair estava animada porque Angel iria ter uma sobrinha para brincar. Meu irmão feliz por Angel, pois sua partida para fazer faculdade deixou-a triste. Angel não via a hora de o bebê nascer. E tinha a minha mãe, que já havia sido avisada que eu estava bem. No mês seguinte ela chegou e me surpreendeu. Meu pai tratou tudo com cuidado para trazê-la sem que Justin descobrisse isso. Conseguimos.

Seis meses

Era hora de escolher o nome. Minha mãe disse para eu esperar até ver o rostinho dela, mas eu já sabia como ela se chamaria no momento que segurava aquele teste. Melanie, o nome que Justin revelou uma vez que gostaria de dar para sua filha. Nós dois conversávamos sobre tudo quando estávamos a sós e ele sempre gostou do nome. Eu sabia que ele ficaria feliz por eu ter escolhido o nome. Sempre que me lembrava dele o meu coração acelerava e ela começava a chutar. Era algo incrível. Se eu quisesse sentir minha filha bastava pensar no pai dela ou falar sobre ele. Gravei alguns vídeos para quando nos reencontrarmos ele assisti-los.

Sete meses

A banda faria um show que seria transmitido ao vivo. Naquele dia eu fui para meu quarto e deitei olhando para a TV segurando minha barriga. Quando eles foram chamados, Melanie se remexia como se estivesse dançando conforme a música. Ela era como eu. Ela sentia a presença do Justin. Rome, meu irmão, chegou neste dia e ao sentar-se do meu lado ficara perplexo e começou a gravar um vídeo onde focava na barriga e na TV. Eu estava sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Ele disse que quando se encontrasse com Justin iria mostrar o vídeo para ele e todos os outros que ele ainda iria gravar.

Oito e Nove meses

Os dois últimos foram os mais difíceis. Não por houver complicações com Melanie, mas por causa do meu emocional. Eu estava na etapa final e abalada emocionalmente. O começo tinha sido parecido, mas agora estava sendo ainda mais complicado. O nascimento estava logo aí e eu ainda não tive coragem de entrar em contato com Justin. Eu o queria por perto durante toda a gestação. Queria ele emocionado quando nossa filha chutasse e segurando a minha mão quando ela nascesse. Ele agora estava saindo com uma modelo ou pelo menos era isso que a mídia dizia. Se antes eu preferi esconder, agora que eu precisava mesmo. Se ele me quisesse por perto teria me escutado. Ele fez a escolha dele, então eu também tinha o mesmo direito.

Melanie estava enorme. O médico disse que ela era muito saudável e que o parto seria sem complicações. Ele ficou feliz por eu estar me cuidando. Fui sozinha em todas as consultas, nem mesmo meus pais eu quis por perto neste momento. Se alguém tinha o direito de acompanhar, esse alguém era Justin. Se ele preferiu me expulsar da sua vida, ninguém iria me acompanhar. No dia que eu tivesse coragem de conversar com ele iria mostrar-lhe todos os vídeos do ultrassom. Um em especial, que apenas o médico e eu tínhamos conhecimento sobre ele. E eu iria mostrá-lo apenas para Justin.

O nascimento

Estava com nove centímetros de dilatação e aguardando a hora do nascimento da minha filha. Meus pais, Clair e Rome estavam na sala de espera. Angel estava na escola e eu sozinha em um quarto. Não quis que ninguém me acompanhasse, nem mesmo minha mãe. Eu queria que Justin estivesse segurando em minha mão e acariciando minha cabeça com a outra. Ele era o pai, então nos meus pensamentos era a única pessoa que deveria estar presenciando este momento tão especial.

Melanie era perfeita. Beijei todos os seus dedinhos das mãos enquanto os contava. Ela era ainda mais linda que imaginei. Seus olhinhos eram iguais os de Justin. Quando a enfermeira me entregou Melanie eu chorei. Chorei por saber que estava tudo bem. Chorei por ela ser saudável. Chorei por sentir a falta de Justin e chorei ainda mais por ele não estar ali para segurá-la.

Apesar de sentir falta de Justin, Melanie chegou para preencher o vazio que eu sentia. Desde o início da gravidez ela tem me ajudado a ser forte. Agora que posso segurá-la em meus braços e ver o seu rostinho, afirmo que ela é a cara do Justin. Seus olhos também tem cor de mel e os lábios tem o formato de coração. Eu perdi meu grande amor, mas ganhei um novo amor e farei o que for possível para protegê-la.

All of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora