Manuela

Capitulo 08

-Você não deveria estar sempre tão disponível pra esse homem! -Michelly protestou enquanto Rita escolhia um vestido pra usar.

-Eu também acho que você já perdeu tempo demais correndo atrás desse sujeito!- Elaine reforçou e abanou a cabeça num gesto de negativa para um vestido que Rita lhe mostrara.

-Adianta falar?- Juliete deu de ombros- Ainda ontem estávamos conversando,e ela parecia super determinada a esquecer! E agora está aí com essa cara de pata pronta pra servir a ele no que ele quiser. Rita,por favor, um pouco de amor próprio não vai te matar!
-Gente,Para! Ele é meu patrão,nós vamos ter uma reunião de trabalho.

-Sei!- Juliete encarou-a,desvendando a mentira em seu olhar.

-O pior de tudo!-Elaine continuava...-É que ela está saindo daqui cheia de expectativas e vai voltar dilacerada por dentro. Vou até no mercado renovar o estoque de sorvete e chocolate pra fossa que você vai estar.

Rita encarou-a com ar indignado. Apanhou um vestido branco de alcinha e seguiu para o banheiro, vestiu-se,fez uma maquiagem leve e deixou os cabelos soltos.

-Estou bem?- ela perguntou da porta do banheiro.

-Está linda! -Michelly respondeu.

-Pena que pelos motivos errados!- Juliete disse

-E pior! Pro cara errado!- Elaine completou, a buzina tocou do lado de fora da casa.-Acho que a sua carruagem chegou,Cinderela!

Rita continuava imóvel na porta do banheiro.

-Vai ficar aí parada? Vai logo!- Juliete apontou-lhe a porta

Rita sentia que no fundo suas amigas tinham razão,mas não podia simplesmente deixar Olavo sozinho quando ele alegava precisar tanto dela.

-Tchau,meninas! -Rita despediu-se passando por elas.

-Boa sorte!- Michelly gritou quando ela chegou na porta

-Você vai precisar-Elaine emendou

Rita caminhou até o carro,torcendo pra que Olavo não tivesse ouvido as amigas.

-Está com visitas!- Olavo exclamou quando ela entrou no carro- Suas amigas parecem divertidas!

-Elas são! -Rita afirmou

-Desculpa pela grosseria no telefone. Você tem direito de viver a sua vida!

-As meninas apareceram de surpresa!- Rita parecia querer justificar-se - Daí, nós saímos um pouco.

-Você está linda!- ele deu partida no carro e seguiu dirigindo.

Rita surpreendeu-se ao ver que estavam entrando num hotel de luxo,mas manteve-se calada,enquanto Olavo estacionava,fazia o check-in e pedia um quarto. Ela não sabia ao certo o que estava sentindo ou o que esperar daquele encontro,e não conseguia compreender porque estavam ali.
Adentrou o amplo quarto com ele sentindo-se estranha e sentou-se a uma mesa que havia num canto da janela.

-Você quer café da manhã?-ele perguntou apanhando o telefone- Eu estou morrendo de fome,eu não como nada desde ontem. Você quer algo?

-Café preto!

Ele fez o pedido,tirou o terno, a gravata e abriu alguns botões da camisa. Rita não conseguia deixar de observá-lo, seus olhos estavam vidrados em cada movimento dele. Ele caminhou até ela e sentou-se na cadeira à sua frente,suspirou longamente e disse.

-Ela é minha irmã! -ele disse depois de uma longa pausa

-Irmã?- Rita não compreendeu- Quem?

-A Manuela é filha do Alfredo!

Rita sentiu uma espécie de alívio. Era egoísta! Já que ela sabia que aquilo não seria bom para Olavo,mas a ideia de que não teria que competir com aquela mulher pelo amor dele,lhe fez bem. Ela tinha percebido o efeito que Manuela causara em Olavo.

-E agora?

-Eu conversei com o Frederico ontem,e ele me disse que eu deveria esperar a abertura do testamento  e o inventário sair antes de levar essa questão até a minha mãe, mas...-ele tirou os cabelos da frente da testa- Eu sinto que não é justo que ela seja enganada por mais tempo. A Manuela diz que só quer manter o seu estilo de vida,que não vai interferir nas nossas vidas,mas eu acho isso quase impossível...

-Você tem uma irmã,Olavo! Talvez isso seja uma coisa boa!- Rita não acreditava em suas palavras,mas queria fazê-lo sentir-se bem -Eu acho que o Doutor Frederico está certo. A Dona Alma está vivendo o seu luto. Você devia mesmo esperar.

-Vivendo o luto! -Olavo riu- Você não faz ideia do inferno que era aquela casa,antes do meu pai adoecer. Ele e a minha mãe mal se falavam,e quando se falavam era pra brigar. Eu torcia pra que eles se divorciassem,pra que aquele inferno acabasse! Eu não sei porque eu ainda não saí daquela casa. A minha mãe não está de luto,ela vai fazer as vezes de boa viúva,mas eu duvido que ela realmente lamente a morte do meu pai.

Ele levantou-se e tomou-a pela mão,guiando-a até a janela próxima a eles. Dali tinham uma bela vista do mar e de toda a Cidade Baixa,O Mercado Modelo e do Elevador Lacerda,mas o mais bonito era a ampla visão que eles tinham do mar em sua imensidão azul.

-Sabe que eu sempre venho aqui quando eu quero relaxar. Estranho não é? Vir pensar num quarto de hotel.

-Um pouco,mas com essa vista,eu consigo imaginar porque você goste daqui.

-Eu sempre fico nesse quarto.- ele aproximou-se mais dela,colando o peito as suas costas,Rita queria evitar sentir-se excitada,sabia que nada iria fluir dali,mas quando ele tocou seu ombro sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo,ela aproximou-se ainda mais e ela sentiu a ereção dele e a respiração quente em seu pescoço. Ele beijou sua pele e seus lábios eram macios. Ela sentia que deveria pedir pra ele parar,sabia que sairia dali machucada,mas não protestou quando ele a virou de frente,apertou sua cintura e colou seus lábios ao dele.

Rita já sentia-se ofegante,os seios intusmecidos e a sua calcinha molhada,gemeu entre seus lábios quando ele apertou-lhe a coxa,depois ergueu seu vestido e afastou sua calcinha, introduzindo dois dedos nela.

-Que bucetinha quente!-ele gemeu em seu ouvido e sentiu-a comprimindo os seus dedos -Caralho,eu tenho que sentir ela comprimindo assim o meu pau.

Olavo virou-a de costas novamente, recostando-a a janela, baixou sua calça e cueca e penetrou-a num movimento rápido, apertando os seus seios. Movimentou-se contra ela, mordendo o seu pescoço e ombro.
Não queria parar ainda,mas o som da companhia interrompeu o seu momento de êxtase e ele gozou.

-Merda!- ele esbravejou antes de ajeitar-se para ir atender a porta- Café, né?- ele deu de ombros e ela riu. -Eu ainda não acabei com você!