Capitulo 15

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Na semana subsequente, Rita e Olavo trabalharam duramente para que não fizessem falta enquanto estivessem viajando ,ela só não estava mais feliz,porque vez ou outra vinha a sua mente a imagem da amiga morta estirada no seu jardim.
Rita não se importava em ter que fazer hora extra todos os dias, já quando saiam da empresa seguiam direto para o hotel e passavam a noite um nos braços do outro,sem a interferência de Alma. Eles mais pareciam um casal em lua-de-mel, e o sexo vinha se mostrando amplo e satisfatório.
A única noite em que não dormiram juntos foi na véspera da viagem. Juliete havia entrado em contato com ela e pedido que dormisse em sua casa,já que Roberto tinha viajado e ela não queria dormir sozinha.
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Desde o atentado que não dera certo, Manuela vinha mantendo Rita sob vigilância, a espera do melhor momento para tentar matá-la, mas ela sempre estava na companhia de Olavo e quando não estava era acompanhada por seguranças,e naquela noite não foi diferente. Mas,Manuela aproveitando-se da oportunidade de que o irmão estaria sozinho,decidiu procurá-lo.

Olavo não sou demonstrou-se surpreso,mas também descontente ao abrir a porta e dar de cara com Manuela. Ele não achava certo aquela atração que sentia por ela. Eram irmãos e tinha que manter-se afastado,até que conseguisse enxergá-la assim.

-O que você quer, Manuela?

Ela trazia um embrulho grande nas mãos e pelo formato parecia tratar-se de uma grande moldura.

-Eu acabei o quadro!- ela passou por ele indo sentar-se no sofá,sem esperar convite para entrar, Olavo fechou a porta atrás de si e voltou-se para ela que estava sentada com as pernas entreabertas, ela não usava calcinha e ele podia ver sua vulva recém-depilada -Então,não está curioso?

-Como você subiu aqui sem ser anunciada?- ele estava tenso.

-Eu disse que era sua irmã, que trazia um presente e eles me deixaram subir. Claro que tive que dar alguns trocados ao recepcionista,pra conseguir te fazer essa surpresinha.

-Vá embora,Manuela!

-Não quer ver o quadro?

Ela levantou-se e tirou a obra do embrulho e mostrou-lhe. Olavo estava espantado com a perfeição da sua nudez naquela tela,e por um instante sentiu-se surpreso e envergonhado.
Como pôde permitir que chegassem a esse ponto?

-Você gostou?

-É realmente incrível! -ele disse tentando não parecer fascinado,mas era incrível a sua memória fotográfica e o modo como ela conseguiu fazer aquilo,sem que ele precisasse voltar a posar pra ela- Você é uma artista incrível!

-Obrigada! Bem,eu tenho que ir,só vim lhe trazer esse pequeno mimo.

-Não precisava mesmo,Manuela.

Ela aproximou-se sorrateiramente e beijou Olavo sem que ele esperasse,ele tentou afastá-la, mas ela apertou-o e ele entregou-se ,por um instante sua mente esqueceu de avisar-lhe o quanto aquilo era errado,até sentir a mão de Manuela apertar seu mastro. Ele afastou-a bruscamente.

-Você é maluca?

-Nós nos desejamos, Olavo! O que há de errado nisso?

-Você é minha irmã! -ele agarrou o seu braço com força e empurrou-a pra fora do quarto, batendo a porta.

Correu para o banheiro e lavou a boca com enxaguante bucal como se numa tentativa de se limpar daquele beijo.

O que estava acontecendo com ele?

Olavo sentia-se desesperado depois que Manuela deixou o quarto e ligou para Rita,o telefone chamou insistentemente sem que ela atendesse e só depois dele telefonar pela quarta vez,ela o atendeu.

-Oi Olavo! Algum problema?

-Não, eu só estava com saudades! -ele caminhava de um lado a outro pelo quarto.

-Vamos nos ver amanhã, logo cedo. Não precisa sentir saudades.

-Volta pro hotel,Rita!

-Eu não posso,Olavo! Aconteceu alguma coisa?- Juliete olhou para Rita revirando os olhos e fazendo um gesto de que iria vomitar,Rita riu- Você está bem,Meu Amor?

-Eu estou bem! Eu acho que não me acostumo mais a ficar longe de você.

-Bobo! Eu também estou com saudades.

-Então,vem ficar comigo.

-Até amanhã, Olavo!- Rita desligou o telefone sorrindo.

-Nossa,que mala!- Juliete observou com um sorriso- Como você pode aguentar um cara tão grudento?

-Eu o amo,e acho que ele sente o mesmo, Jú.
-Será mesmo,Rita?

-Você pode,por favor,torcer por mim?

-Eu torço por você. Eu só não confio no Olavo.

-Você é uma chata,Jú!
-Eu só me preocupo com a minha amiga.

-Não precisa,Jú! O Olavo está me fazendo feliz.

-E eu espero que continue assim,porque eu não consigo me desfazer dessa impressão de que ele ainda vai fazer você sofrer.

-Não vai,Jú! Não mais.

ManuelaOnde histórias criam vida. Descubra agora