Capitulo 14

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Rita tinha se mudado para a casa de Olavo depois do ocorrido,por muita insistência dele ,que sentia que aquela história de "crime passional" tinha algo de muito errado. Ele estava acompanhando as investigações de perto e o noivo de Michelly estava preso e não tinha o perfil de um culpado. A polícia atestava que todo aquele sofrimento de Douglas,era apenas uma manobra pra tentar ludibriar a justiça. Mas,Olavo realmente acreditava que o rapaz não tinha nada a ver com aquele atentado. Ele realmente parecia estar sofrendo por ter perdido a mulher de sua vida e também por estar sendo acusado de um crime que não cometeu.

Olavo tinha contratado uma equipe de segurança e colocado-os em casa para vigiar sua mãe e namorada. Não conseguia se livrar daquela sensação de que Rita estava em perigo. Além disso,colocou um guarda-costas à disposição de Rita,mesmo sob os protestos dela.

Depois de duas semanas afastada,Rita voltou ao trabalho. Não suportava mais ficar naquela casa, tendo que escutar as insinuações de Alma de que ela estava com Olavo por interesse. Mesmo contra a vontade do namorado,ela foi com ele para a empresa naquela segunda-feira.

-Olavo,eu não aguento mais ficar aqui dependendo de você,sem colocar a cara na rua. Sem ver gente!- iniciaram uma discussão no quarto,enquanto ela se aprontava.

-Rita,eu ja disse mil vezes que só quero te manter segura!

-Olavo,eu não era o alvo daquele atentado e o Douglas ja foi preso.

-Você mesma disse que o Douglas não era o atirador.

-E a polícia já disse que ele pode ter encomendado o crime.

-Ainda que tenha sido isso! A polícia só prendeu o Douglas até então. E enquanto esse homem que matou a sua amiga e atingiu a outra,não estiver preso,eu não consigo acreditar que você esteja segura.

A discussão continuou,mas ainda assim Rita conseguiu convencer Olavo que era melhor ela voltar ao trabalho,e ele mesmo ja estava se sentindo sobrecarregado sem a sua secretária. Assim seguiram para a empresa,acompanhados por dois seguranças armados,que mesmo que Rita achasse desnecessário,Olavo não dispensou.
                ***

Manuela foi para um spa depois de ter ordenado o atentado a Rita. Decidiu dar a Olavo,duas semanas para viver o seu luto e estava pronta para o contra-ataque.

Como resolveu desligar-se do mundo aqueles dias. Não fazia ideia de que Rita estivesse bem viva e que Michelly tivesse morrido em seu lugar. Então,sentia-se plenamente satisfeita e vitoriosa. Dentro de poucos dias receberiam o resultado do exame de dna,já que se fazia necessária a exumação do corpo de seu pai,por isso a demora. Então,Olavo saberia que não era filho de Alfredo e ela se aproveitaria de sua fragilidade para dar o bote,depois era só se livrar de Olavo e tudo o que ele tinha lhe tirado,seria dela!

Manuela deixou o spa,voltou para a sua casa e tomou um banho demorado. Tinham muitos recados de Sara na sua secretária eletrónica, mas ela apagou todos sem ouvir nenhum. Estava começando a se cansar de Sara,e talvez encontrasse uma outra distração. O problema é que Sara não era apenas uma amante,era sua cúmplice, sabia demais e ela não queria ter que se livrar da outra.

Depois de aprontar-se decidiu ir até a empresa de seu irmão e oferecer-lhe o ombro para chorar. Ele deveria estar inconsolável e os homens amavam buscar conforto na cama.

Manuela riu com esse pensamento, pôs o seu tubinho preto,batom roxo nos lábios e um scarpin também preto de salto agulha nos pés.
Estava vestida para matar.

Seguiu tranquila dirigindo seu carro e subiu o elevador até o 18º andar,onde se situava o escritório de Olavo,provocando olhares em todos aqueles executivos que babavam por suas coxas grossas.

Seguiu desfilando até a porta da sala de Olavo e quase caiu para trás ao ver Rita sentada confortavelmente em sua cadeira. Como ela podia estar ali se Roger tinha garantido que a tinha matado.

-Rita!- ela disse o nome da outra como se para ter certeza se que era mesmo ela ali.

-Olá,Manuela! Devo anunciar que você está aqui para falar com o Doutor Olavo?

-Não!- ela não conseguia esconder a surpresa e voltou praticamente correndo para o elevador.- estava tomada pela ira

Roger lhe devia algumas eexplicações.

ManuelaOnde histórias criam vida. Descubra agora