Capítulo: 41

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Acordei assustada ao ouvir um barulho de carro próximo ao cativeiro. Ricardo ainda dormia, o mesmo reclamou a noite toda de dor em sua perna que mostrava um certo inchaço. Minha barriga reclama eu não tinha comido nada até agora.

A porta é aberta com força dando passagem a dois homens fortemente armados e uma mulher que deveria ser a tal Leona. Ela se aproximou em passos lentos o olhar que ela lançou me fez recuar sobre a cadeira.

Leona era alta corpo bem definido, quem a visse na rua nunca diria que aquela mulher era uma traficante perigosa. Ela parou me olhando dos pés a cabeça, leva uma das mãos atrás das costas tirando sua arma, para meu desespero.

- Então é você a famosa Beatriz. Não posso dizer que é um prazer te conhecer! Já que pretendo te matar.  - seu sorriso maldoso nos lábios ela andava ao meu redor.

- O que eu fiz a você? Porque esse ódio todo de mim?  - o medo já tomava conta do meu corpo. Leona aponta arma para minha cabeça.

- Digamos que você conquistou o que era meu. O imbecil do Ricardo não quis ficar comigo. Depois que contei sobre a gravidez ele assumiria o filho, mas queria voltar para você! Senti tanto ódio quando ele me falou isso... Que amava você!! Nem depois de me declarar ele cedeu. Foi por isso que comecei a mandar meus homens te perseguir. Já que ele não me queria, também não teria você.  - Leona pressiona a arma em minha cabeça.

Eu não estava acreditando no que ela me falava, nem sob tortura eu voltaria para o Ricardo, mas pelo ódio que pairava em seus olhos eu já imaginava meu destino, ela não me deixaria sair daqui viva e pelo estado do Ricardo não sairia vivo também.

Ela chegou perto de Ricardo que ainda se encontrava deitado, ele estava quieto demais ela também percebeu isso. A mulher se abaixa colocando uma de suas mãos no pescoço verificando se o homem ainda estava vivo.

- Jorjão, pega um pouco de água para dar a esse traste ou é capaz dele morrer aqui mesmo, e alguns anti-bióticos porque acho que ele esta com infecção, rápido! - fala Leona levantando.

A mulher chega perto de mim desferindo um tapa em meu rosto seguindo de um murro em minha barriga me fazendo se contorcer de dor. Ela agarra meu cabelo levantando meu rosto, rindo maldosamente ao ver algumas lágrimas que já desciam.

- Ta chorando porque? Essa dor que você está sentindo foi a mesma que senti quando seu ex-marido me abandonou grávida! Ele desprezou meu amor por culpa sua!!!  - via nitidamente o ódio em seu olhar.

Levo mais um soco na barriga, e outro no rosto, sentindo o gosto de sangue em minha boca. Ela pucha meu cabelo me jogando no chão, minha cabeça bate no banco onde Ricardo havia sentado. Ainda caida ela desferiu chutes em várias partes do meu corpo. Eu não conseguia gritar, ador era tão forte que não tinha mais forças, eu estava fraca, o último chute acertou meu rosto me fazendo apagar completamente.

~*~

- Guimarães pelo amor de Deus, da pode ir um pouco mais rápido? Eu estou indo salvar a vida da minha futura esposa né passear não!  - eu estava muito nervosa, não sabia o que fizeram com minha ruiva. Estou torcendo para que ela esteja bem.

- Calma Mirian! Não adianta eu correr, temos que chegar primeiramente vivos para salvar sua mulher, paciência morena.  - rebate Guimarães me olhando pelo retrovisor.

- Verdade Mirian. Você sabe que nessas horas temos que ter bastante paciência ou não conseguimos pensar direito, igual a você agora...  - rebate João preocupado com o estado da amiga.

- Desculpa galera. Acho que pela primeira vez eu estou nervosa... -  coloco as duas mãos no rosto.

- Normal morena, mas vai dar tudo certo, já estamos chegando.  - fala Guimarães.

Por volta das 20:00 chegamos até o cativeiro. O carro foi estacionado em um local afastado todos nós descemos colocamos a touca preta para não cermos reconhecidos.

Foram formados 3 grupos de 4 integrantes, um desses grupos era composto por mim, Diana, Mateus e João. O grupo dos homens de Guimarães foi pelo lado esquerdo, outro pelo direito, e o nosso pelos fundos para impedir a fuga, já que não sabíamos a quantidade de pessoas que se encontrava na residência.

Após sercarmos a casa, notamos que apenas uma das luzes estava acessa e três carros estavam á frente da residência. Estava tudo em silêncio, fui informada por Guimarães que havia pelo menos dez homens na casa, dois ele já havia capiturado, pois os mesmo faziam a escolta na frente da casa.

Mateus com uma facilidade incrível conseguiu abrir a porta dos fundos. Entrei em passos lentos com arma apontada, todos elas possuíam silenciadores para evitar o barulho, a casa não era tão pequena como aparentava. Sigo pelo corredor que dava acesso a sala, com Diana logo atrás, encosto na parede fazendo sinal para Diana e João seguirem á frente, eu e Mateus fazíamos a cobertura atrás.

Logo quando adentramos a sala um homem armado sai de um dos cômodos, tenta atirar ao nos ver, mas leva um tiro no peito dado por Mateus.

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