Twitter: (@Loryy_Torres)
As semanas se passaram. Minha família estranhou o meu comportamento. Vivia no meu quarto, lendo livros que tinha pego na casa do meu pai. Não conseguia mais olhar na cara da minha mãe ou da minha avó, pois eu sentia vergonha. O fato de eu ir sempre me encontrar com Draco virou constante e elas pararam de achar que havia algo mais. Na verdade, eu estava escondendo tudo delas. As aulas que eu tinha com o meu pai eram de evoluir os meus ''poderes'' e controlá-los. Tudo isso era escondido delas, e isso me afetava. Eu não gostava de mentir para ninguém, sempre me considerei e tentei ser uma pessoa transparente.
Harold se provou de grande ajuda também, me ensinou truques de Poções, junto a Snape — que, para a minha surpresa, também era um Comensal da Morte. Bem que eu sabia que ele era suspeito. O mais surpreendente foi o fato de Nathaniel ser meu irmão. Nós não tínhamos nada semelhante, só o óbvio. Ele é uma das únicas pessoas que ainda eu posso confiar, mesmo sabendo que ele sabia de tudo e não me contou. Deve ser algum laço bobo entre irmãos.
Ele também está me ajudando muito. Nathaniel é extremamente inteligente e esperto. Ele tem aquele tipo de inteligência que fica clara quando ele dá conselhos ou com o modo que ele toma decisões. Em certos casos, nós somos opostos, ele toma muito cuidado quando toma uma decisão, levando sério o lado racional; já eu, sou muito impulsiva e ajo de acordo com o que estou sentindo. É por isso que às vezes entro em muitas enrascadas.
Mas ninguém no quesito esperteza ganha do meu pai. Ele, desde sempre, ajudava o seu Lorde, desde que havia mandado aquela carta para a minha mãe. Apenas os Comensais da Morte chamam Voldemort de Lorde das Trevas, e o fato de ele ser um seguidor ficou claro na carta. Louis era e é esperto. Forjou a própria morte, fazendo com que ele fosse um herói, que lutou bravamente contra Voldemort. E conseguiu ainda fazer as pessoas o lembrarem pela sua diplomacia e extraordinária capacidade de jogar Quadribol.
Apesar de tudo, meu tio também estava nesse meio de seguidores do Voldemort. Isso foi o que me deixou assustada. O meu tio era, para mim, a personificação da pessoa justa e que não seguiria caminhos errados. Mas eu estava errada. Por que todos os homens da minha família são seguidores do Voldemort? Nem sei o que minha avó pensaria se o filho preferido fosse o que ela mais abominava. Será que ela sabia sobre o meu avô também? Acho que se ela soubesse, ela já teria morrido de desgosto. Apesar de eu achar que ela jogaria os valores fora por Harold, ela não chegaria a esse ponto.
Nathaniel e eu, movidos pela curiosidade, líamos cada livro que ficava na sala, onde eu tinha conversado pela a primeira vez com o meu pai oficialmente. Aprendemos truques de como se portar quando estiver frente a frente a animais perigosos, e até truques da magia das trevas; ensinados, é claro, pelo meu querido pai. Louis era a mais rica fonte de conhecimentos em Arte da Trevas que já vira, pensando até que ele e Snape deveriam ser parceiros nessa coisa de aprender magia das trevas.
Draco ainda permanece inconsolável sobre a prisão de seu pai. Depois daquele dia da nossa entrada para o ''grupinho'' de Voldemort, ele foi requisitado a uma difícil missão: matar Dumbledore. Essa missão era meio que impossível, então eu prometi que ajudaria. Voldemort tinha requisitado essa missão para punir Draco pela prisão de seu pai, isso estava claro. Mas como ele podia ser tão desumano mandando ele fazer isso? Não estou duvidando da capacidade do Draco, mas nem mesmo Voldemort, um dos maiores bruxos, conseguiu derrotar Dumbledore. Como Draco faria isso?
Ele se esforçava muito para segurar o próprio mundo. Ele estava sem esperanças, então eu dava sempre forças para ele. Nate e ele se tornaram muito amigos. Eles eram um pouco parecidos, apesar de meu irmão parecer mais o tipo de pessoa que vive a vida levemente e não é de todo sério. Ao contrário de Draco. Draco sempre carregava a máscara de garoto forte e durão, mas então tudo desmoronou para ele. Isso é bem frustrante para um garoto cheio de orgulho perante o seu sobrenome.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)
FanfictionDurante quatro anos, ela passou longe da sua tão amada Inglaterra. De longe, o seu lugar favorito. Nunca gostou da França, nem o sotaque dos franceses. Ela sentia falta da sua mãe e da sua avó, mas não do seu avô. Harold foi quem matriculou ela em B...