An Unusual Morning

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Acordei me sentindo exausta. Olhei para a janela do quarto que tinha acordado. Já estava noitinha, e a única coisa que iluminava o céu sem estrelas era a lua. Não devo ter dormido sequer duas horas direito, sentia-me mais exausta que antes.

Me lembrei dos gritos, dos duelos e dos jorros de luzes de várias cores que iluminavam os corredores do grande castelo de Hogwarts. Lembrei de quando vi Gina, Hermione e Luna me procurando pelo castelo, com medo de eu ter saído ferida. Estava sob a Capa, eu e Pansy. Vi minha mãe duelando, e sorri orgulhosa. Do que ela tinha de bela, ela tinha de engenhosa. Não sabia os tantos feitiços que os Comensais sabiam, mas sabia como sair de armadilhas deles.

Andávamos bem ao lado de Draco, e Nathaniel seguia na frente com nosso pai. Draco parecia não querer estar ali, não querer estar fazendo aquilo, mas seguia em frente com o aperto de seu pai nos ombros, indicando para ele continuar a andar e não questionar. Nate andava com queixo levantado, vestindo a sua máscara de garoto arrogante da Sonserina. Ele segurava a sua varinha entre os dedos, um hábito que adquirira. Ele não segurava a varinha como todos, e sim do seu próprio jeito. Aprendera por si próprio, quando mais novo, a utilizar a varinha e criou o seu próprio jeito de segurá-la. Meu irmão poderia ter sido da Corvinal.

Snape revelou ser o Príncipe Mestiço a Harry, que antes tentara usar um dos feitiços criados pelo professor contra Snape. Foi uma tolice. Snape é um gênio mal-entendido, e aposto que Harry sequer pensara que o livro com anotações e truques de Poções era de seu antigo professor.

Levantei-me da cama. Em uma cadeira estavam dobradas algumas roupas. Peguei-as com cuidado, como se fossem preciosas. As roupas que eu usava estavam um pouco rasgadas e fiz uma nota mental de agradecer a seja quem tenha trago roupas para mim. Vesti a blusa de manga e a calça jeans, ambas pretas. Olhei ao redor do quarto que eu acordara. Eu estava na sede dos Comensais da Morte.

Fiz uma trança rápida nos meus cabelos, alguns fios ficando soltos. Não calcei as minhas botas que estavam sujas, ficando descalça mesmo. Segurei a minha varinha na minha mão boa, a esquerda. Qualquer coisa, eu estaria preparada.

Girando a maçaneta, e me locomovendo para fora do quarto, senti um cheiro vindo do final do corredor. Sendo uma pessoa curiosa, caminhei a passos leves e silenciosos até onde o cheiro me guiava. Escutei o som de três vozes, e pedi a Merlin para não ser o pessoal seboso que eu odiava. Nem todos Comensais eram ruins, mas tinha uns que me davam nojo.

Respirei aliviada quando percebi que meus três amigos estavam na cozinha, e não alguém sem ser eles.

—Quanto tempo eu dormi? —perguntei, procurando um relógio no cômodo que me indicasse quantas horas eram. Falhando na tentativa, voltei o meu olhar a eles. Os três me olhavam em um misto de preocupação, confusão e alívio. Continuei os encarando, esperando uma resposta.

Finalmente, meu irmão decidira se pronunciar:

—Dois dias —falou, dando de ombros. Meu queixo caiu. Como eu poderia ter dormido isso tudo e ainda sim estar exausta?

—Ficamos preocupados —Draco disse e meu coração ficou apertado. Não gostava de deixar as pessoas preocupadas comigo.

—Deixei roupas novas para você na manhã de ontem —Pansy afirmou, enquanto tirava algo do forno. —Pensei que elas iriam começar a ficar empoeiradas.

Se fosse outro momento, eu até riria da piada dela. Porém, o máximo que eu consegui fazer foi agradecê-la por ter se preocupado comigo. Dizendo que não foi nada, serviu biscoitos recém assados para a gente.

—Isso está muito bom —Nathaniel se esgueirou para roubar mais outro biscoito. —Quer se casar comigo, Pansy? —perguntou em tom de piada, mas vi Pansy ficando vermelha e um brilho surgindo em seus olhos.

Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora