Elena P.O.V
Depois da parada para o Natal, as aulas voltaram ao normal. Consegui fugir dos radares do meu pai e do Nate, e acabei ficando com os Davies. O Natal por lá fora até calmo; eu, minha avó e minha mãe nos divertimos muitos, graças a Merlin. Foi bom esquecer todas as responsabilidades da escola e com o meu pai naquele dia.
Recebi bastante roupas vindo da parte das duas. Elas sempre sabiam como me conquistar, mesmo que sendo através de vestidos belíssimos. Elas duas sabiam da minha constante ausência psicológica e mental ali, mesmo que eu estivesse presente fisicamente. Era como se nossos laços tivessem cada vez menos estreitos e quase a ponto de acabarem. Eu realmente as amava, mas sentia como se eu não pertencesse àquela família. Nem mesmo aos Henckmann.
Acabei passando n'A Toca, para visitar os Weasley, Hermione, Harry e Luna. Dei presentes as minhas amigas e recebi delas também. Entre uma conversa e outra, consegui ouvir que Harry descobriu sobre o Voto Perpétuo, coisa que foi muito imprudente do Malfoy de não ter precaução de ver se alguém estava escutando sua conversa com Snape.
Na Toca, encontrei os gêmeos também. Eles pareciam estar bem de vida por causa da loja e tudo mais. Sempre admirei os dois, nunca os vi para baixo, e sempre tentavam trazer as pessoas para cima. Mas ver o Fred me doeu um pouco. O ver bem, rindo e brincando como sempre, me doeu. Eu olhei para mim própria, uma garota desajustada e vazia. Me doeu, porque, no final das contas, eu não tinha ficado com ele ou com o Malfoy.
Queria poder ter levado Pansy comigo, mas ninguém a aceitaria ela ali. Talvez devesse ser por causa da reputação que a família de Pansy carregava, igual a dos Malfoy. Era até um pouco incomodante essa rixa existente entre as famílias no mundo bruxo.
Mas eu não podia pensar nisso. Não podia deixar que um, ou dois garotos me tirassem do foco das coisas. Porém, era meio inevitável. Uma vez ao mês, pelo menos, eu recebia alguma carta vinda do Fred. E eu frequentemente via o Malfoy pelos corredores, então poderia ser um pouco difícil.
Malfoy anda estranho. Sei de sua missão e tudo mais, e ele parece ficar mais estranho e melancólico a cada dia. Não é para menos, também. Voldemort tinha posto um peso em suas costas, mesmo sabendo que Draco poderia acabar falhando. É a condição humana mais normal, pensar que é capaz de realizar algo perfeitamente, mas isso acabar cegando as pessoas de realizar a coisa de modo perfeito. Então era por isso que eu estava disposta a ajuda-lo, mesmo ele podendo descobrir que eu tinha jogado o feitiço da memória nele.
Era o final das aulas de Aparatação daquela semana, e eu não podia estar mais aliviada. Era de certo modo cansativo, apesar de eu conseguir realizar uma aparatação realmente boa. Esgueirei até a cozinha do castelo, aonde fui bem recebida e ainda me deram bolinhos! Saí da cozinha os comendo enquanto ajeitava o peso da mochila em um ombro.
Entrei no salão comunal da minha casa, após responder a uma pergunta que todo aluno da Corvinal tinha que responder antes de ter caminho livre para o salão. Deixei minha mochila no meu dormitório, sobre a minha cama. Ninguém estava no quarto, deveriam estar pelo o castelo. Tirei minha capa, pois incrivelmente, eu estava sentindo calor.
Olhei-me no espelho. Pelo menos eu não estava tão ruim assim. Com os cabelos soltos e pela a minha cara, eu tinha até um pouco aspecto de selvagem. Afrouxei um pouco a gravata do uniforme e abri uns botões do suéter. Pronto! Estava bem melhor. Peguei meu cachecol com as cores da minha casa, azul e bronze.
Comecei a cantarolar uma música que certa vez eu vira uma rodinha de lufanos cantando. Alguns deles eram bem animados, e felizes também. Os sonserinos sempre carregavam um sorriso de orgulho no rosto pelas suas realizações, se podia ver isso também com os grifinórios. Nós, os corvinos, sempre carregávamos algum livro quando íamos a algum lugar. Também costumamos conversar avidamente sobre um assunto que saibamos ou entramos em alguma discussão porque simplesmente gostamos de debater.
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Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)
FanfictionDurante quatro anos, ela passou longe da sua tão amada Inglaterra. De longe, o seu lugar favorito. Nunca gostou da França, nem o sotaque dos franceses. Ela sentia falta da sua mãe e da sua avó, mas não do seu avô. Harold foi quem matriculou ela em B...