Nunca pensei que a Corvinal fosse a melhor casa, porque não somos mesmo. Podemos ser detentores de todo o conhecimento, mas nossos narizes são empinados como os dos sonserinos. Somos uma casa única. Não somos barulhentos como os grifinórios e muito menos com os lufanos. Não somos espertos com as cobras, mas somos inteligentes como as águias.
Todavia, eu não pertencia totalmente a Corvinal, pois, bem ou mal, eu tinha algumas qualidades que se encaixavam no perfil da Sonserina. Astúcia, esperteza e determinação como os sonserinos, mas originalidade, inteligência e mente aberta como os corvinos.
Eu ainda imagino se seria diferente se eu fosse da Sonserina. Provavelmente os grifinórios me odiariam e um pouco dos lufanos também. Eu não me importaria, estaria bem mais próxima a Nathaniel e a Pansy. Eles andam bem distante da gente, de mim e de Draco. Eles formam um belo casal, eu acho.
Distraidamente, fiquei contemplando a capa do livro que havia pego na biblioteca. Não me importei muito com o conteúdo, muito menos com o título, e sim com a capa. Fora o que mais havia chamado a minha atenção. Ele tinha o fundo preto e tinha alguns detalhes prateados como vinhas. Ri ao me lembrar da porta que dava ao quarto de Draco, que possuía o mesmo estilo de ornamento — as vinhas. Deve ter sido por isso que esse livro chamou tanta atenção aos meus olhos.
Fui tirada dos meus pensamentos com alguém me abraçando de lado. Senti os braços de Draco me puxando para perto. Envolvi os meus em seu pescoço, com dificuldade por causa do livro que eu insistia em segurar. Ele afundou sua cabeça na curva do meu pescoço, mostrando que ele precisava mais daquele abraço que eu.
Tem ainda o fantasma do medo em seus olhos da vez que um dia estavam nós quatro, Pansy, Draco, eu e Nathaniel na Sala Precisa e abrimos uma caixa que continha, misteriosamente, um bicho papão. O primeiro ao bicho papão partir para o ataque foi Draco, e se transformou em seu próprio medo, o próprio pai dele, Lucius. Fui rápida e me lembrei do feitiço que repelia bichos papões, e com a ajuda de Pansy botamos ele de volta na caixa que antes estava.
Draco não tinha parado de tremer o resto do dia.
—Eles fazem um belo casal, não é? —perguntei para aliviar a tensão. Nate e Pansy estavam rindo enquanto ele a carregava nas costas.
—Eles podem fazer, sim, um belo casal —confirmou. — Porém, nós somos bem melhores que eles.
Não consegui controlar o sorriso.
–Realmente, somos uma dupla dinâmica! —falei me lembrando da vez, uns dias atrás, que conseguimos consertar o Armário Sumidouro na Sala Precisa.
—Não sei o que eu faria sem você. —suspirou enquanto olhava para o céu nublado da Inglaterra com os olhos vazios.
—Draco...—comecei a falar, mas ele me interrompeu.
—Eu te amo, Elena —sussurrou como se fosse um segredo. —Eu...eu não seria nada sem você. —completou com os olhos brilhando das lágrimas que ansiavam sem sair.
—Ah —suspirei ainda sem conseguir tirar o sorriso no rosto. —Você não imagina o quanto eu te amo...o quanto eu sentia sua falta em Beauxbatons.
Soltou uma risada nasalada e entrelaçamos as nossas mãos.
—Bem, você não imaginava que acabaríamos assim, não é?
...
—Eles sabem —acordei, pulando da cama. Só me lembrei de estar conversando com os quatros e acabar apagando.
—Quem sabe o quê? —perguntou Pansy, com as sobrancelhas arqueadas de curiosidade e preocupação.
—Os três —respirei pesadamente. —Eles sabem que o nosso trabalho...na sala precisa foi terminado.
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Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)
FanfictionDurante quatro anos, ela passou longe da sua tão amada Inglaterra. De longe, o seu lugar favorito. Nunca gostou da França, nem o sotaque dos franceses. Ela sentia falta da sua mãe e da sua avó, mas não do seu avô. Harold foi quem matriculou ela em B...