Battle of Hogwarts

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A abóbada encantada do Salão Principal estava escura e salpicada de estrelas, e abaixo viam-se as quatro longas mesas ocupadas por alunos desarrumados, alguns de capas de viagem, outros de robes. Aqui e ali, brilhavam os vultos branco-perolados dos fantasmas da escola. Todos os olhares, dos vivos e dos mortos, fixavam-se na professora McGonagall, que falava de cima de uma plataforma no fundo do salão. Atrás dela, achavam-se, em pé, os demais professores, inclusive o centauro baio, Firenze, e os membros da Ordem da Fênix que tinham vindo lutar.

Elena estava junto aos alunos, e conseguia ver a mãe sem precisar esticar o pescoço, pois era bem alta. Se sentara na mesa da Sonserina, junto a seu irmão e Pansy. Alexandra tinha uma expressão calma, como Nathaniel. A loira se perguntou como os dois conseguiam esboçar calma naquela hora. Estava ansiosa, nervosa, e apertava tão forte a varinha que achava que fosse a quebrar.

—...a evacuação será supervisionada pelo sr. Filch e por Madame Pomfrey. Monitores, quando eu der a ordem, vocês organizarão os alunos de suas Casas e os levarão, enfileirados, ao lugar de retirada.

Muitos alunos pareciam petrificados. Entretanto, enquanto Elena tentava normalizar sua respiração, Ernest Mcmillan se levantou à mesa da Lufa-Lufa e perguntou:

—E se eu quiser ficar e lutar?

Ouviram-se breves aplausos.

Elena sorriu.

—Se você for maior de idade, por ficar. —definiu McGonagall.

—E as nossas coisas? —perguntou uma garota à mesa da Corvinal, que a loira não se lembrava muito bem do seu nome. —Nossos malões, nossas corujas?

—Não temos tempo para recolher pertencer. —respondeu a professora. —O importante é sair daqui são e salvo.

—Onde está o professor Snape? —gritou uma garota de cabelos loiros à mesa da Sonserina.

—Para usar a expressão vulgar, ele se mandou. —esclareceu a professora, e ouviu-se uma grande ovação nas mesas da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal.

Elena viu Harry andar ao longo da mesa da Grifinória em direção ao fundo do salão, provavelmente procurando Rony e Hermione. Quando passou, os rostos se voltaram para ele, e uma onda de murmúrios o acompanhou.

—Já fizemos a proteção ao redor do castelo. —continuava a professora. —, mas é pouco provável que dure muito tempo, a não ser que a reforcemos. Portanto, devo pedir a vocês que andem rápida e calmamente e façam o que seus monitores...

Suas palavras finais, no entanto, foram abafadas por outra voz que ecoou pelo salão. Era aguda, clara e fria: não era possível identificar sua origem; parecia sair das próprias paredes. Tal como o monstro que, no passado, ela comandara, poderia estar ali, em estado de latência, havia séculos.

''Sei que estão se preparando para lutar. ''

Ouviram-se gritos entre os alunos, alguns se abraçaram, aterrorizados, enquanto procuravam ao redor de onde vinha aquele som. Os únicos que pareciam sem serem afetados eram os dois irmãos. Elena tinha trancado o maxilar, querendo tampar os ouvidos, enquanto Nathaniel se mantinha firme e rígido. Pansy, ao seu lado, abraçava os próprios joelhos, acabando de deixar a varinha na mesa para poder fazer isso.

''Seus esforços são inúteis. Não podem lutar comigo. Não quero matar vocês. Tenho grande respeito pelos professores de Hogwarts. Não quero derramar sangue mágico. ''

Fez-se, então, silêncio no salão, o tipo de silêncio que comprime os tímpanos, que parece vasto demais para ser contido entre paredes.

''Entreguem-me Harry Potter'', disse a voz de Voldemort, ''e ninguém sairá ferido. Entreguem-me Harry Potter, e não tocarei na escola. Entreguem-me Harry Potter e serão recompensados. ''

Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora