Good People Must Live

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Depois de muitos duelos, todos ganhos, contra Comensais que a reconheciam e acabava os estuporando, porém, tentando não os matar. Pensava que, se os estuporasse, seria melhor que os matar.

Entrando no lugar onde fora um grande salão, vira algumas pessoas, todas com cabelos flamejantes. Choravam, ao redor de um corpo. O choro da mãe era o mais agoniante para Elena, porque era o que ela mais temia que acontecesse a sra. Weasley: um dos filhos morto. O mundo tinha se partido, se fechado em dor e semiescuridão.

Elena olhou para o corpo. Ele ainda tinha uma sombra de risada no rosto. George tentava acordá-lo, chamando baixinho ''Freddie, Freedie'', mas sem sucesso. O mesmo chegara a gritar, mas o irmão não voltava à vida.

Andou até eles, com o coração batendo forte em sua garganta, pensando que ela poderia ter sérios problemas se não estabilizasse seus batimentos cardíacos. Abriu espaço entre as pessoas ao seu redor e se abaixou para ver a face da pessoa. Não se admirou, contudo, quando vira que era Fred. Fred morto.

Lentamente, muito lentamente, ela se sentou e, ao fazê-lo, se sentiu mais viva e mais cônscia de seu corpo vivente do que jamais tivera. Por que nunca apreciara o milagre que ela era, cérebro, nervos e coração pulsante?

Como na visão que tivera, ela não conseguia gritar porque sua voz apenas não saía. Os olhos dele estavam abertos e cegos. Sentiu os próprios olhos marejados, mas sem derramar uma lágrima, sentindo sua visão ficando borrada. George estava ao seu lado, derramando um rio de lágrimas. Elena nunca o tinha visto tão triste assim. Sentiu o mesmo a abraçar e ela o abraçou também; não sabia, porém, quem estava segurando o mundo de quem e achava, dada as circunstâncias, que ela segurava o dele naquele momento.

Demorou um tempo com a mão na bochecha dele, se perguntando como alguém poderia morrido com tanta paz estampada na face, como se tivesse certeza que o que viesse pela frente era bom. E ele merecia coisas boas, porque ele tinha um coração nobre.

A família ainda chorava, a mãe estando no pior estado. O som do choro de Molly era tão alto e agonizante, que fazia Elena sentir tanta dor como a mulher.

E ela não poderia deixar um filho, um irmão, um melhor amigo, um colega, um contador de piadas, um futuro marido, um futuro pai...ficar apenas morto. Ele merecia estar vivo para ver o quão lindo o futuro seria, porque ele tinha que estar vivo, porque ele, sim, merecia viver.

Então sentiu uma coisa fria contra a sua pele, um lembrete que tinha salvação para tudo, a última chance para tudo. Tocou na pedra que, naquele momento, estava verde, e ela sentiu um frio percorrer seu corpo.

Traga ele de volta. Ele tem que viver. Fred Weasley não pode morrer. As pessoas boas têm que viver, enquanto as más não. Hoje tem que ser um dia de vitória, e não de derrotas.

Sentia uma dor tão alucinante na cabeça, que quase tirara a mão do rosto dele para colocar ao lado da cabeça e por fim conseguir gritar. A cor da sua pele fora sugada por alguns segundos. Imagens mórbidas passaram pela sua cabeça, e mesmo assim, não conseguia soltar um grito, nem articular uma palavra.

Um zumbido invadiu seus ouvidos. Sentiu como se seu sangue estivesse sendo drenado de seu corpo, gota por gota. Os pulmões não funcionaram por um segundo, e seu coração não batera pela mesma quantidade de tempo. Seu cérebro pareceu ter se desligado, as funções vitais e sentidos morrendo em cada oitavo de segundo.

De repente, era como se aquilo não tivesse acontecido. Se inclinou para frente, projetada pelo seu próprio corpo, e sentiu um choque percorrer a ponta dos seus dedos ao encostar em Fred.

Por conta de sua visão periférica, conseguiu notar uma mínima movimentação na mão direita dele, estando a sua esquerda. Pensou que era engano de sua mente, e que tinha ficado louca o suficiente para ter criado tudo na mente dela. Quase derramara uma lágrima, o rosto dela perto do dele.

Radioactive (Draco Malfoy Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora