Daniel

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Pessoal estou viajando e fiquei sem celular, consegui pegar um emprestado hoje, então vou escrever por aqui mesmo. Como já falei antes, geralmente quando escrevo por aqui o capítulo fica menor, porque conforme vai aumentando o tamanho do texto o celular vai travando... É tenso. Mas espero que gostem. Beijinhos!!!
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Acordo de madrugada e vejo ela ao meu lado, com o meu filho no ventre, em um quarto maravilhoso e além disso é incrível pensar que tudo aqui é meu. Ao contrario do que pensei, eu sou sim um homem de sorte.

Aproveito para ficar olhando para ela, admirando, sentindo, tocando e beijando sua barriga e enquanto faço esses carinhos, eu penso na Laurinha e o quanto ela ia amar ter uma família normal. Penso também que a Camilla é tão nova e mesmo assim tão madura, enfrentando tudo isso melhor que muita mulher por aí.

Amanheceu e tento acordá-lá com cuidado, quero vê-lá feliz e não assustada.

— Amor bom dia - beijo seu ombro a mostra.

— Bomm diaaa - ela diz com uma voz dengosa e vindo para um abraço.

— Dormiu bem? - tiro seu cabelo do rosto.

— Dormi melhor do que qualquer pessoa na face dessa terra. - rimos.

— Eu vou sair do quarto e peço para trazerem um café da manhã para você. Enquanto isso eu vou para o hospital conversar a respeito de nós dois para o Dr. Mauro e talvez eles nos ajude a falar com seu pai. Ele é a melhor pessoa para isso, ele é mais velho que seu Pai, tem mais experiência de vida e também devido a todo carinhos que eles sentem um pelo outro, facilite as coisas.

— Boa ideia amor. Espero que dê certo, mas se não der, resolveremos de qualquer forma e tem que ser hoje. Não quero mais fingir que não te conheço.

— Sim, claro. Mas amor se prepare pois não será fácil. Eu te sequestrei e isso será uma informação muito forte para todos.

— Eu sei - ela chora

Tento acalmá-la e logo desco para pedir o café da manha e voar para o hospital. Uma ansiedade perturbadora me atinge, um misto de medo e vontade de resolver tudo. Doutor Mauro sabe do meu passado, sabe de tudo que já fiz, sabe que participei de um sequestro. Mas agora saberá que eu sou o sequestrador da filha de uma pessoa muito importante para ele, e falar isso me deixa com medo de como ele agirá comigo. Talvez se arrependa de ter me dado confiança e autonomia.

— Bom dia Mauro - entro em sua sala e me sento a sua frente.

— Bom dia empresário! - responde com bom humor, bom humor que eu talvez estrague.

— Eu preciso ter uma conversa séria com você. Podemos conversar fora daqui, talvez ir tomar um café em algum lugar?

— Claro! Vamos lá! - ele tira seu torno da cadeira, veste-o e saímos.

Quando chegamos no local eu respiro fundo e começo a contar a ele toda a história. Percebo que conforme eu vou contando sua expressão muda e então ele começa a falar:

— Como você quer que eu diga para o meu melhor amigo que ele autorize sua única filha que ainda é uma menina a namorar o sequestrador que a engravidou em um local qualquer? Como você acha que eu faria isso? Nenhum pai. Me esculte. Nenhum pai aceitaria isso.

— Eu sei. Mas por favor me entenda! Eu a amo mais que tudo. Ela me fez eu chegar até aqui, ela me fez eu querer ser melhor, eu mudei por ela, para ela, para merecê-lá. Entende?

— Daniel eu não quero me meter. Eu adoro você. Sei que você não é o Killer. Mas isso não cabe a mim, não quero me envolver nisso.

— Tudo bem. Eu te entendo! Obrigada da mesma forma!

Saio de lá despedaçado. Já imaginando o que me espera.
Volto para a pousada e já procuro a Milla. Me informo antes com um funcionário e descubro que o Dr. Pedro não estaria por lá, então vou tranquilo para o quarto dela.

Vejo a porta aberta e vou entrando, ela está dormindo em sua cama como um anjo, me deito ao seu lado e a beijo sem acordá-la.

— Quem é você? O que está fazendo na cama da minha filha? - a mulher sai do banheiro gritando, vem para cima de mim e Camilla acorda.

— Mãe! Calma!

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