Milla

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— Eu te amo! - beija calmamente o alto dos meus ombros puxando a alça do vestido um pouco mais para baixo.
— Eu também te amo! Eu sei que você vai pensar que eu sou louca em querer isso. Sei também que você vai me me negar, vai dizer que eu não mereço. Mas, eu quero ser tua, quero que você vá embora e me deixe com a lembrança de que você é único. - ele toca em meu rosto e encosta sua testa em mim, me olhando de perto.
— É o que estou pensando amor? Você realmente quer isso? - seu olhar me incendeia.
— Você não me quer. É isso? - uma lagrima escapa e ele limpa com o polegar.
— Claro que não é isso, eu te quero mais que tudo!!!
E ele me beija desesperadamente. Meu coração acelera ao sentir que seus lábios e suas mãos passeiam pelo meu corpo e ele percebe que em certos momentos eu me envergonho e ele me acalma me elogiando e pedindo para que confie nele. E então depois de tantas sensações e carinhos ele me faz sua e eu não consigo me arrepender. Mesmo ali, naquele trem, com aquele homem, nessa situação... Nada me parece absurdo, tudo foi perfeito.

— Você é maravilhosa! Você não tem ideia do quanto já estou ancioso para voltar. - ele sorri.

— E eu mais ainda! - devolvo o sorriso com graça.

Estou a caminho de casa na garupa da moto do Killer e ao sentir o vento tocando minha pele eu consigo sentir a sensação de liberdade, aquela inquietude que antes me dominava, agora me faz me sentir viva novamente. Me sinto mulher, me sinto segura. E sentindo o seu perfume inebriante, eu tenho certeza que mesmo sendo tão errado, ele é sim o homem certo para mim.

Depois de algum tempo de viagem percebo que estou chegando em casa e eu já consigo sentir dezenas de borboletas voando em meu estomago. Agora eu preciso voltar e explicar tudo o que aconteceu e ao mesmo tempo esconder muita coisa. É engraçado como esse momento era para ser muito feliz e é sim, por uma parte, mas por outra, não. Seria feliz por completo se ele entrasse comigo em casa e continuasse na minha vida.
Nos despedimos na esquina de casa, já anoiteceu e meu bairro é pouco movimentado, mas mesmo assim, optamos por não tirar o capacete para não chamarmos atenção.
— Acabou! É isso! - choro compulsivamente, pois o medo de ele não voltar mais é grande.
— Não sua boba, não é o fim! Ei! Olha pra mim? Eu não vou sumir. Você acredita né? Eu vou voltar para ficar com você! - ele segura em minha mão alisando o dorço dela.
— Por favor volta, não importa como mas volta! Mesmo se tudo der errado, se você perdece todo dinheiro, volta a gente dá um jeito. Tira isso da sua cabeça que eu mereço coisa melhor. Eu mereço estar com você independente de como você esteja. Nós somos melhores juntos!
— Vai amor! Está tarde! Prometo dar um jeito de te dar notícias.

— Até mais!!!

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