Pessoal, lembrando que eu sei que os personagens que são de Cancún obviamente falariam em espanhol, mas apenas por questão de facilitar a temática da história estou deixando que a comunicação seja toda em português. Espero que gostem do capitulo. Boa leitura!!!
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Estou muito preocupada com o que pode estar acontecendo na conversa do Daniel com os meus pai. Tenho medo da intolerância deles e eu sei que isso poderá afetar no meu futuro com ele. Preciso aprender a controlar minha ansiedade, sofro muito com isso, não consigo desfocar dos problemas e agora com a minha gravidez isso me deixa preocupada com a saúde do bebê.
Minha mãe chega de repente com uma cara muita assustada. Pela forma que ela me enrola já percebo que deve ser algo mais complicado.
- Mãe, para de enrolar e me diz logo o que aconteceu? - falo séria.
- Filha toma essa água primeiro. - ela me entrega o copo de água e senta ao meu lado. - Nós estávamos conversando no restaurante e de repente houve um assalto e era o pai e o tio do Daniel. Eles viram que estávamos com ele, então focaram somente na gente. Agora está tudo bem, tudo fora de perigo. Mas o Dr, Mauro e o tio do Daniel foram baleados e estão no hospital recebendo atendimento. - minha mãe fala tudo de uma vez, sem dar detalhes de nada como se precisasse amenizar o acontecido.
Meu pai em seguida chega acompanhado do Michael, que ao saber de tudo que aconteceu, cancelou o seu voo para casa e ficou para ajudar. Meu pai consegue me explicar tudo bem melhor, mas sinto muito medo do que pode acontecer com o Daniel. Todos eles tiveram que prestar depoimento na delegacia, mas só ele continua lá e pelo que me contaram, o delegado já sabe que ele participou dessa quadrilha.
Meu coração aperta e eu não consigo controlar tudo isso estando em casa, esperando de braços cruzados. Deixo todos lá pensando na morte da bezerra, chamo um taxi e vou ao encontro do Dani. Durante o caminho até a delegacia recebo várias ligações da minha mãe preocupada com o meu estado, mau sabe ela que ficaria pior se eu não fizesse isso. Preciso vê-lo, preciso saber o que pode acontecer a ele.
Chego atordoada. Explico ao policial que fica na recepção que sou a namorada do Daniel e ele logo me avisa que eu teria que aguardar. E essa espera foi a pior de todas, os segundos pareciam horas e meu coração já não estava aceitando mais isso. Insisto novamente para ser atendida, o policial entra na sala do delegado e volta me informando que eu poderia entrar.
Quando entro, vejo o Daniel sentado na frente do delegado com uma cara muita cansada e eu não resisto e o abraço ali mesmo.
- Amor o que está acontecendo? Porque você ainda está aqui? Ele não é bandido delegado, ele não é igual a eles! - digo soluçando em prantos e acabo esquecendo que teria que falar com o delegado em espanhol.
- Calma amor! Se acalme! Lembre do nosso bebê, está tudo bem comigo. Estou aqui para resolver minha situação com a justiça e para podermos viver tranquilamente e sem empecilhos. - ele diz abraçando e beija minha testa.
- Vou deixar os dois conversando e sejam rápidos, porque o depoimento ainda continua. - delegado se retira.
- O que você falou para eles? - me afasto para olhá-lo.
- A verdade. Que eu fui criado com esse cara mau caráter, que praticamente me educou para o crime e que eu sei que eu deveria ter lutado mais para sair dessa vida, mas que só depois eu entendi que não queria mais fazer parte disso. Hoje eu vivo honestamente e não sou um perigo para a sociedade.
- Daniel, com isso você pode ser preso. Eu não vou suportar te ver preso, pelo amor de Deus eu não aguento isso.
- Você tem que entender que eu tenho uma dívida, eu fui um bandido e o fato de eu ter mudado não me livra de culpa nenhuma. E já quero que você fique preparada, talvez tenhamos todos que voltar ao Brasil. Eu sou um bandido lá e terei que prestar contas lá. E sua família nunca deu queixa sobre seu sequestro e agora que eles sabem que o sequestradores estão presos, eles provavelmente não tenham mais medo de dar parte disso na polícia.
- Eu não vou deixar eles fazerem isso. Eu não sei qual é o pensamento deles a respeito de você depois de tudo isso, mas tenho certeza que agora eles sabem que você não é um bandido, que você me ama de verdade.
- Eu prometo fazer de tudo para que isso acabe e eu possa garantir sua felicidade. - Ele beija a minha mão e depois me abraça novamente. - Amor eu preciso que você vá nesse endereço aqui. - ele pega uma caneta e um papel na mesa do delegado e anota - Por favor busca a Laurinha lá para mim, inventa alguma coisa e fala que logo eu vou buscá-la. Cuida dela para mim.
- Claro meu amor, eu faço isso sim. Será que ela ficará bem comigo? Prometo fazer tudo para ela gostar de mim.
- Ela vai te adorar- ele sorri.
O delegado chega pedindo minha retirada e eu logo atendo para evitar problemas para o Daniel. Saio sem tirar os olhos dele e mostrar o quanto eu o amo e o espero. Através da porta sendo fechada vejo seus lábios mandando um beijo e eu só consigo pensar o quanto ele é especial. Que mesmo tantos problemas e medo que possa estar sentindo, ele se preocupa com o meu bem estar.
Saio da delegacia passo no endereço que o Dani me passou e busco a menina. Seus olhos são envergonhados e meigo. Talvez paire muita dúvida sobre sua cabecinha. Ela me pergunta várias vezes para onde estamos indo e quando que o seu tio volta, tento explicar da melhor forma possível que sou um amiga dele e quele havia me pedido para ter uma noite de meninas com ela e que ele foi resolver uma coisa muito legal para gente, que em breve voltaria para contar a surpresa. Ela parece se animar com tudo e então eu volto correndo para a pousada para conversar com a minha família. Eles não podem denunciar o meu sequestro, eles não podem. Eu juro que faria uma loucura. Quando chego no meu quarto, vejo todos conversando com uma pessoa que desconheço.
- Filha, como você está? - minha mãe questiona assim que me vê entrando. - E quem é essa menina linda? - se abaixa para mexer no cabelo da Laurinha.
- Eu sou a Laura, amiga dela. A gente já pode começar a brincar? - Ela responde minha mãe e logo olha para mim ansiosa.
- Primeiro eu vou pedir para te levarem na cozinha e você escolher qualquer coisa que quiser comer e depois eu desço para te buscar e brincarmos. Combinado? - ela acena e desce com o Michael.
- Quem é essa menina filha e porque demorou tanto?
- Eu estava conversando com o Daniel. Ele pode ser preso mãe. - choro e ela logo me consola.
- Filha se acalma, você precisar descansar. Olha o seu estado?
- Mãe, pai... por favor não denunciem o Daniel pelo o meu sequestro? Eu imploro. Essa menina é filhinha adotiva dele, ela o ama, não faça isso só por mim, faça por essa criança que só tem ele nesse mundo.
- Camilla, esse aqui é o advogado que vai entrar no nosso caso, Dr. Rômulo Moura. - meu pai o apresenta sem ao menos responder ao meu pedido e já consigo prever o que eles vão fazer.
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Sequestro
RomancePlagio é crime! Os direitos são reservados. Essa obra já foi registrada. Meu nome é Daniel. Eu fui criado para ser bandido, sou filho do pior deles, todo medo que um dia eu senti na vida se transformou em ódio, eu faço parte de todos os crimes, só...