PRÓLOGO

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"Mamãe sempre dizia que a vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o que vai encontrar".

                           Forest Gump.

A vida é uma missão e, assim que nascemos ela já nos mostra que a empreitada não será fácil. As batalhas são muitas e infindáveis. Primeiro, você vai ter que se esforçar para conseguir se alimentar o máximo possível. Vai gastar todo seu fôlego berrando e chorando. Então, vai passar a se dedicar a chamar a maior atenção possível de seus pais para você. Nesse ponto pode-se ir pelo lado da boa educação,fazendo-os admirá-lo, ou da birra. Ambos costumam funcionar. Depois, conseguir aquela boneca, ter muitos amigos e então a atenção daquele rapaz vão se tornando seus objetivos. Entrar naquela faculdade, ter aquele emprego, ter filhos e por aí vai. É, a vida é extenuante e ela está sempre te cobrando. Mas eventualmente ela te retribui com algo fantástico.

Meu nome é Isabel. Nasci em uma família de classe media, sou filha única e tive uma infância, e também a adolescência, blasé. Meus pais se separaram quando eu tinha uns sete anos. Desde então, tive pouco contato com meu pai. Fui uma criança magricela e uma adolescente cheinha.

No final do colegial namorei um garoto. Meu primeiro namorado. Durou dois anos e assim que ele entrou na faculdade, como era de se esperar, nos separamos.

Então me concentrei totalmente em minha formação.Passei no vestibular para arquitetura em uma das melhores faculdades do país, o que deixou meus pais muito orgulhos. Devotei toda minha atenção nos cinco anos de curso. Perdi peso e isso aumentou minha auto estima.

Fiz alguns amigos na faculdade, mas seis meses depois da formatura, ja não tinha contato com nenhum deles. Não me entendam mal, não sou uma pessoa anti social, mas as amizades exigem um alto nível de dedicação e compartilhamento. Valorizo muito minha independência e me incomoda "perder tempo", por assim dizer, ligando para amigos só por ligar, ou combinando encontros para jogar papo fora.

Ta bom! Talvez eu seja uma mala sem alça, mas sempre me relacionei bem com as pessoas e minha incapacidade de mantê-las em minha vida nunca me incomodou muito. Minha mãe sempre diz que amigos de verdade a gente tem que poder contar nos dedos de apenas uma das mãos. Nesse quesito, ao sair da faculdade, já tinha dois dedos tomados: A Paula, que eu conheço desde pequena, e a Carol, minha prima. Sabia que podia contar com as duas sempre que precisasse mesmo que não tivéssemos tanto contato.

Bom, mas isso é outra história.

Algumas pessoas invadem sua vida e tomam um lugar em seu coração sem qualquer permissão. Esta história é sobre duas delas.

* Em breve o livro passará por revisão e reformulação... Não percam.

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