Capítulo 50

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O Final





 – E ai, Bel? O que aconteceu?

– Não vem ao caso, Eduarda.

– Pai, você é um chato mas com essa caretice já respondeu.

Não consegui evitar sorrir. Para João, Duda com 22 anos ainda era uma criança.

– Ai, Joni! Ela já é uma mulher.

– Adoro quando você me chama assim, Bel.

Ele me abraça e me senta em seu colo sobre a poltrona.

– Você não prefere senhor Miccelli?

– Faz tempo que não, Bel.

É. Eu aceitei me casar meio milésimo de segundo depois de ele ter pedido.

Estamos casados há 16 anos, e hoje é um dia importante.

– Onde está seu irmão, Eduarda? – pergunto nervosa. – Assim vamos nos atrasar.

– Já estou aqui, Bel.

Pedro Paulo se tornou um homem tão impressionante quanto o pai. Eles parecem a cópia um do outro.

– Vamos indo! – empurro a família em direção a porta.

– Obrigada por tudo. – diz Duda sussurrando enquanto ficamos para trás e os rapazes entram no carro.

– Você não tem que agradecer.

– Tenho sim. Devo tudo isso a vocês dois que me acolheram. Olha Bel, eu sei que não sou filha de nenhum de vocês mas...

– Nunca mais diga isso, Eduarda! Agora entre no carro – pisco para ela encerrando o assunto.

Estamos de pé, meu pai e eu, sobre o palco do anfiteatro da faculdade de arquitetura. A mesma que o grande Alberto Mendes e eu cursamos, e que agora forma mais uma turma de jovens arquitetos.

O orador chama pelo nome dos novos profissionais, e eu lhes entrego seus diplomas enquanto os cumprimento. Estou muito feliz pela conquista de cada um deles mas um nome em especial, quando chamado, faz meu coração acelerar:

– Eduarda Santos Mendes Miccelli – Sim, ela tem o meu nome.

Duda caminha até mim enquanto seguro o canudo com as mãos trêmulas. Eu sou a professora homenageada de sua turma. Meu pai o patrono.

Ofereço o diploma á ela com os olhos embaçados. Ela me abraça e logo se vira para meu pai.

– Parabéns, minha florzinha.

A resposta dela me derruba.

– Obrigada, vô!

Ela o beija e caminha chacolhando o canudo na direção dos amigos.

As lágrimas escorrem do meu rosto e meu pai me enlaça com seus braços.

– Obrigada, minha querida.

– Pelo que pai? – Digo soluçando.

– Por ter me dado essa família linda. Antes eu só tinha uma filha distante agora eu tenho você perto de mim e dois netos maravilhosos.

Sim, eu tinha mesmo uma família linda. Eu fiz questão de adotar as crianças assim que me casei com João. Eu era a mãe de Eduarda Mendes Santos Miccelli e Pedro Paulo Santos Mendes Micelli.

E é assim. A vida é uma história, e essa é a minha. Dava até um filme, hein?

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Queria agradecer imensamente quem acompanhou até o final e, especialmente hoje, queria dedicar esse capítulo a alguém que me deu muito carinho e incentivo e também faz aniversário hoje: AlliceCOliver7. Que Deus continue abençoando suas palavras e sua família. Você mora no meu coração.

Quero também agradecer as leitoras fiéis jenefernascimentoFernandaNavarro8beeahferreiraah08Beca_2016CrisleneMelloPatriciaFialho1

e outras pessoas que também participaram e me ajudaram muitíssimo: MaiconGuimaraes2,  MariaIsabel187,  BrunaLazari,  projetorememberAgilmarluizfelipelucas360LaninhaDelRey25LionPublicidadLivrosCamilaPang,  EmersonPM , RuyVasconcellosAnnanovais128,  richardnovel,  AninhaRi,  

ummeninosonhador,  LiaCordeirorobertasell735,  eliaspaim13AzamiKubo, entre muitos outros que não estou mais conseguindo marcar ....

Obrigada, obrigada e mais obrigada à todos.

"A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta. Talhar a obra literária sobre as próprias formas do que não basta é ser impotente para substituir a vida."

Fernando Pessoa.

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⏰ Última atualização: Dec 11, 2017 ⏰

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