A coisa errada mais certa

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negócio é o seguinte... eu só ia postar amanhã, mas certas pessoas n me deixaram em paz, me chantagearam, me ameaçaram de greve (isso afeta vcs tbm viu) e eu tive que postar p ver se eu conseguia tirar a minha soneca em paz, mas o próximo vai demorar pq ele n tá escrito então segurem a raba pelo amor de deus. help me

Quando eu estava perto de fazer 17 anos, eu cheguei a conclusão de que estava pronta para perder a virgindade. Era uma boa fase para esse acontecimento tão importante na vida de qualquer garota, e também eu era a única virgem do meu grupo de amigos. Minhas amigas não me pressionavam, mas eu me sentia excluída quando elas começavam a trocar experiências, tanto que nessas horas eu me afastava junto com Ashton. O único problema era encontrar a pessoa certa.

Ainda me lembro da Ana dizendo que sexo não era só a conexão carnal, mas sim da alma, e por isso eu tinha que ser cuidadosa ao escolher o meu primeiro. Lógico que uma criança de 9 anos não ia entender isso, na verdade eu fiquei bem chocada quando me contaram que a cegonha de verdade não existia, e achei nojento quando me falaram que o homem tinha que pôr o pênis dentro da vagina da mulher. Com o passar do tempo, com 13 anos, eu não achava mais nojento ou estranho, mas também a ideia de fazer sexo estava bem longe da minha cabeça, afinal eu tinha dado meu primeiro beijo aos 12. Aos 15 eu não via o sexo somente como uma conexão de almas, mas também como diversão, uma diversão que eu ainda não me sentia pronta para desfrutar.

Na primeira vez em que eu fui à casa do Ashton, quando a gente matou aula para assistir uma maratona de supernatural, eu vi uma caixa com alguns papéis velhos e peguei um que tinha a foto do Charles Chaplin, e bem ao lado da foto tinha algo escrito que eu nunca vou esquecer: Seu corpo nu só deve pertencer à quem se apaixonar pela sua alma nua. E novamente eu me via confusa com esse lance de almas. Eu só tinha 16 anos e já tinha até gostado de alguns caras, mas nenhum deles tinha me impressionado o bastante para tal ato. E foi ali, lendo aquela frase que se parecia tanto com o que Ana me falou há alguns anos, que eu decidi que só me entregaria a alguém que me enxergasse tão bem quanto eu mesma.

Quando conheci Dimitri, eu achava ele apenas gostoso, depois achei ele um chato gostoso, e depois comecei a desenvolver por ele um amor que eu nem sonhava que seria retribuído. Com ele ali, me prensando na parede e dizendo que me ama, eu me sentia desarmada, afinal era recíproco.

Aqueles olhos achocolatados me olhavam com tanto desespero, como se gritassem essas palavras apenas com o olhar, e suplicasse para que eu acreditasse, que eu senti como se fosse ele quem estivesse com a alma nua. As vezes Dimitri me olhava com tanta intensidade que eu tinha certeza que ele enxergava além, e agora eu o olhando do mesmo jeito, principalmente sem as barreiras que ele era acostumado a manter erguidas, eu o enxergava também.

-Eu amo você, Roza... - Ele sussurrou e me beijou intensamente.

Oi? Foi isso mesmo que eu ouvi? Me deixei levar pela doce textura dos seus lábios contra o meu até os nossos pulmões reclamarem por oxigênio.

-Eu jamais aceitaria a proposta de Tasha porque é você que eu amo - Ele disse respirando com dificuldade.

-Mas ela... Ela... - Eu não consegui terminar a frase. Tasha ofereceu para Dimitri a chance de ter filhos, de ter a sua própria família. Como ele negou isso? E ainda com a chance de continuar sendo guardião.

-Nada daquilo teria graça porque Tasha não é a mulher que sai dos meus pensamentos, não é ela quem me atormenta nos meus sonhos, e não é ela que faz todo o meu autocontrole ir pelos ares.

-Você poderia ter tido os seus próprios filhos!


 -Eu sei - Ele soltou o meu pulso direito e passou sua mão na minha bochecha - Mas ela não é você.

Outro Mundo || Vampire AcademyOnde histórias criam vida. Descubra agora