P.O.V Dakota
Estou em apuros, mas preciso dar um jeito de me livrar do Frankie o mais rápido possível.
Já deu pra notar que esse cara é desequilibrado, fanático por mim e perigoso. Sinceramente não sei onde ele será capaz de ir, mas acho que o único jeito de conseguir sair daqui vai ser entrando no jogo dele.
[...]
Quando Frankie voltou ao quartinho, eu que estava no cantinho da sala com a mão sob minha barriga levantei e fui até ele com uma falsa felicidade no rosto.
- Você demorou muito dessa vez, senti saudades. - Coloquei minha mão sobre o peito dele.
- Sério? - Abriu um sorriso.
Acho que estou conseguindo convencê-lo.
- Sim. Sabe Frankie, me lembrei daquele dia no teatro. Quando te olhei, soube imediatamente que nossos destinos estavam ligados.
- Não sabe o quanto esperei para ouvir isso. - Acariciou meu rosto e mesmo sentindo asco dele, me controlei e fingi estar gostando do carinho.
- Imagino, mas agora você ouvirá palavras doces dos meus lábios todos os dias. - Sorri agradecendo mentalmente por ser atriz.
- Minha princesa... - Aproximou-se a fim de beijar meus lábios, mas virei o rosto.
- Sabe querido, estou apertada. Preciso fazer xixi urgente! - Fiz uma careta.
- Faz ali no cantinho, meu amor. - Apontou para o chão sujo daquele lugar.
- Por favor, Frankie. Sou uma mulher adulta e grávida. Preciso no mínimo de higiene. - Coloquei a mão na cintura e ele me mediu de cima a baixo.
- Está bem, venha comigo. - Foi em direção a porta e o acompanhei.
Saímos dali e começamos a andar pela casa que era enorme, com decoração antiga mas não muito arejada, já que todas as janelas estavam fechadas porém, o ar condicionado estava ligado. Subimos algumas escadas até uma porta de madeira e ele a abriu.
- Pronto amor.
- Obrigada. - Sorri e fechei a porta.
Droga! Olhei para os lados mas a única janela que tinha ali era a do banheiro que realmente é muito pequena, não tem como fugir por lá. Dei descarga e saí do banheiro. Meu sequestrador me aguardava de braços cruzados do outro lado do corredor.
- Pronto, vamos voltar para o quartinho.
- Ah não! - Segurei o braço dele.
- Por quê?
- Er... Estou com desejo, por isso!
- Desejo? - Franziu o cenho desconfiado.
- Sim, estou com vontade de comer um delicioso bolo de chocolate! - Exclamei dando um sorriso nervoso. - Que tal irmos pra cozinha fazer essa receita? Vai ser tão romântico cozinharmos juntos, querido. - Soltei o braço dele.
- Ótima ideia, Dak! Minha especialidade é bolo de chocolate! - Entrelaçou sua mão imunda a minha e me guiou até a cozinha daquela casa. - Precisamos pegar os ingredientes!! - Parecia bem animado.
- Sim, tem farinha de trigo? - Fui até um dos armários e o abri.
- Tem sim, se não me engano. - Ele estava mexendo no outro armário pegando utensílios que seriam usados para fazer o bolo, quando achei um potinho de fermento e olhei para trás.
Frankie continuava de costas. Aproveitei para abrir o potinho e jogar fora todo o conteúdo no fundo do armário. Em seguida, cobri com um saco de açucar e me virei para Frank que estava pegando os talheres.
- Poxa, o fermento acabou. - Lamentei indo até ele e mostrando o pote.
- Droga, sem fermento não tem como fazer o bolo!
- Se não fizermos o bolo, meus filhos, quer dizer, nossos filhos nascerão com cara de bolo de chocolate! É isso que quer? - Fiz biquinho.
- Okay, vou sair pra buscar o fermento então mas antes, vou te trancar naquele quartinho e...
- Não! Eu... Queria ir adiantando a cobertura, o que acha?
- Não sei... - Coçou a cabeça parecendo confuso.
- Confia em mim, meu amor. Sei que no início fui rude com você, mas agora tenho certeza que você é o homem certo para mim. - Acariciei o rosto dele.
- Oh meu amor. - Fui pega de surpresa quando me deu um selinho.
Que nojo...
Mas preciso continuar fingindo.
- E então? Posso ir adiantando o bolo? - Sorri.
- Está bem! - Se afastou de mim e pôs a mão no bolso tirando um molho de chaves e sua carteira. - Voltarei logo, querida. - Beijou o topo da minha cabeça e guardou a carteira de volta. Depois foi a porta da cozinha e saiu, mas deu pra ouvir um barulho de chaves então é provável que tenha trancado a porta do lado de fora.
De qualquer forma fui checar e a porta realmente estava trancada. Começei a andar pela casa e tentei abrir as janelas, mas todas estavam cheias de cadeados e correntes. Estou presa aqui e não há como sair porém, ainda tenho uma esperança.
O telefone.
Quando passei pela sala, vi um telefone ali e se ele tiver com linha ativa, posso pedir ajuda a alguém. Corri até a sala e lá estava o telefone. Frankie é meio burro de me deixar sozinha na casa com um telefone, mas já deu pra ver que ele não tem as faculdades mentais em dia, então deve ser por isso.
Peguei o telefone em mãos e vi o quanto elas estão trêmulas pelo nervosismo que estou. Espero que não faça mal aos bebês. Tenho que pedir ajuda e o primeiro número que me vêm a mente é o celular do Jamie.
- Alô?
- Jamie? Jamie é você? - Pergunto baixinho.
- Dakota?! - Me chama surpreso.
- Sim, sou eu! Preciso da sua ajuda!
- Onde você está? Estou te procurando desde ontem! Está bem?! Quem te sequestrou? - Me enche de perguntas.
- Estou! O Frankie me sequestrou e me trouxe pra uma casa mas não sei onde estou, nem se ainda estou na cidade.
- Como conseguiu me ligar?! - Indaga curioso.
- Fingi que estou apaixonada por ele, daí inventei a história de que queria comer um bolo e ele saiu pra comprar fermento.
- Você flertou com esse desgraçado?! - Sinto raiva em sua voz.
- Não é hora pra sentir ciúmes Dornan! - Revirei os olhos. - Estou tentando salvar minha pele e a dos nossos bebês.
- Eu sei! Dakota, voce precisa ligar pra polícia agora, pra eles te localizarem!
- Sim, farei isso. Só quis ligar primeiro pra você saber que estou bem. - Esboçei um sorriso.
- Okay, vou ir pra delegacia agora ta? Dakota, eu te amo. - Se declara repentinamente me fazendo arregalar os olhos mas ao mesmo tempo, sentir uma coisa boa no coração.
- Também te amo, Jamie. - E desliguei.
Respirei fundo e disquei para a emergência.
- Olá, qual sua emergência? - A atendente pergunta.
- Eu fui sequestrada! Me chamo Dakota Johnson e estou sendo mantida refém por um homem que se chama Frankie, eu não sei o sobrenome. Preciso que me tirem daqui, estou grávida e com medo. - Desabafo sentindo lágrimas caírem dos meus olhos.
- Dakota, mantenha a calma. Você sabe onde ele te escondeu?
- Não sei, me parece que... - De repente o telefone fica mudo. - Alô? Alô? - A linha continuava muda senti uma respiração quente em meu pescoço e me virei lentamente já sabendo que o pior estava por vir.
Frankie estava parado olhando pra minha cara. Em suas mãos, estava uma tesoura e o fio do telefone que ele havia acabado de cortar. Filho da mãe!
- Alguma coisa me dizia que não podia confiar em você, meu amor. - Ele sorriu irônico e engoli em seco.
Estou muito ferrada...Votem ❤
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Casamento De Mentirinha
Fiksi PenggemarDakota e Jamie são atores, protagonistas da famosa trilogia de sucesso Cinquenta Tons De Cinza. Preocupados com o futuro dos filmes seguintes, que receberam ameaças de serem cancelados por conta da crise que os estúdios de Hollywood vem enfrentando...