Capítulo 2

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                 Lucas narrando.

Entro em casa e já dou de cara com meu pai, como sempre sério e me olhando com um certo desprezo.

-Oi pai.

-Sente-se Lucas, precisamos conversar.

Me sentei em uma poltrona de frente pra ele.

-O que ouve?

-Vamos fazer uma viagem pros Estados Unidos daqui a dois meses. Dessa vez vamos a negócio, você já está na faculdade e já está estagiando lá na empresa, agora você vai conhecer nossas afiliadas e outros produtores. Você tem três meses para se ajeitar até irmos. Agora pode ir.

Ia saindo quando ele me chamou.

-Ah antes que eu esqueça, ficaremos lá por dois anos, se você se adaptar vamos nos mudar logo.

Quando fui falar algo ele me interrompeu.

-E nada de resmungar, vai e pronto. Você já é um homem Lucas e meu único herdeiro, tem que ser responsável com suas coisas e me obedecer, daqui a alguns anos vai está com a empresa em mãos e não pode ser irresponsável, agora vá. 

Sai dali vermelho de raiva, odeio quando ele aji assim.

Sempre impõe regras sobre mim, sempre me controlando e querendo que eu faça tudo o que ele quer.

Sempre fiz tudo pra orgulhar ele mas não reconhecia e me ignorava.

Não quero viajar novamente, e sei que dessa vez não vou poder levar Bruna. Como vou falar pra ela que vou ficar dois anos fora? Sinto raiva de meu pai agora.

Sei que vou herda a empresa e tudo o que meu pai construiu, e quero isso, mas não quero ele me controlando o tempo todo, me enchendo de regras e querendo que eu faça tudo que ele manda. Não quero ser alguém igual a meu pai, já ele que fazer de mim sua cópia.

Paro o carro em uma bar e desço, acho que vou passar o resto do dia aqui.
   
              Bruna narrando.

Passei o resto do dia assistindo filme e conversando no telefone com Amanda, minha amiga. Discutíamos sobre assuntos aleatórios e até choramos assistindo Como Eu Era Antes De Você e Marley&Eu. Isso tudo por telefone.

Lá pra mais tarde o sono me consumiu por completo e fui dormi.

Estava em um sono tão bom quando escuto uma suada no quintal.

Desci rápido até a cozinha e peguei uma espátula e uma frigideira e voltei pro quarto me escondendo atrás da cortina. Estavam tentando abrir a janela e quando conseguiram eu apontei minhas armas e quando ia dar um frigeirada na pessoa ela começou a rir, e de longe reconheci essa risada.

Lucas.

-Ai que susto Lucas, pensei que fosse um ladrão, um estrupador, um assassino, um espírito.

-E você ia se proteger com uma frigideira e uma espátula?!

Falou se embolando nas palavras e rindo. Hum.

-Você andou bebendo Lucas?

-Não, que eu saiba eu bebi sentando e não andando.

É tá bêbado. Lucas não é de falar besteiras.

Chego perto dele um pouco e é possível sentir o cheiro forte de álcool. Lucas só pode tá brincando comigo.

-Vem seu lixo, vem tomar um banho.

-Não mãe, é de madrugada eu vou ficar gripado.

-Vem logo Lucas.

Puxei ele até o banheiro e com certa dificuldade consegui tirar sua roupa deixando ele apenas de cueca. Não vou mentir que não fiquei olhando seu físico.

Ele resmungou algumas coisas mas isso não me empatou de jogar ele em baixo do chuveiro.

-Fernanda que amiga você é, sua selvagem. Tentando me afogar, grossa.

-Cala a boca Lucas.

Deixei ele ali no banheiro e pedi que me chamasse quando ele tivesse acabado. Peguei uma bermuda sua que estava lá em casa e coloquei no banheiro, o que mais tinha de Lucas aqui era roupa.

Ouvi o chuveiro desligar e após um tempo ele sai do banheiro um pouco tonto mas aparenta está melhor. Lhe dou um copo com água e um remédio.

Deito me acomodando na cama e sinto ele deitar também e me abraçar.

-Obrigada Buh, não sei o que faria sem você bichinho.

Beija minha cabeça.

- Tudo bem, quer conversar?

-Não! Vamos dormi, estou cansado.

Assenti e me enrosquei no corpo de Lucas e assim dormimos.

Já tinha acordado e estava fazendo o café da manhã. Lucas dormia todo esparramado lá na cama. Coloquei a mesa e quando me sentei ouvi passos vindo da escada, Lucas descia com a cara inchada e os cabelos bagunçados, estava fofo.

-Ai..._Resmungou se sentando na minha frente.

-Quer um remédio?

Assentiu e eu levantei lhe entregando um comprimido.

-Vai me dizer agora o porque de encher a cara e ainda pular a minha janela sabendo que tem uma chave extra que fica na sua mão?

- Não quero falar sobre isso Buh.

Revirei os olhos e voltei a tomar meu café.

Acabamos e eu ajeitei as coisas por ali. Hoje o sol estava muito quente, então decidir ir a praia.

-Vamos na praia?

Perguntei me jogando no sofá a lado de Lucas.

-Vamos, estava pensando nisso.

Fui direto pro meu quarto e separei um biquíni azul com umas pintinhas branca. Coloquei a parte de baixo mas não conseguir amarrar a parte de cima então dei dois grito em Lucas que chegou dentro de segundos.

-Amarra pra mim.

Sorrir tentando ser fofa e ele revirou os olhos. Virei de costa pra ele que demorou dois séculos pra fazer um mísero laço.

-Pronto._Ele disse e fui pra frente do espelho.

Lucas ficou encostado na porta encarando meu corpo, fiquei com vergonha e taquei a almofada nele que saiu rindo. Idiota.

Coloquei um short e uma blusinha pegando uma bolsa e colocando protetor, óculos, dinheiro e meu celular. Lucas entrou no quarto novamente e pegou uma bermuda e uma blusa se trocando.

Esperei ele lá em baixo e logo chegou.

Entramos no seu carro e fiquei surpresa por ele está bêbado e ter conseguido dirigir até aqui.

Fiquei olhando a paisagem pela janela até chegarmos na praia.

Sai do carro e já senti aquele vento forte batendo no meu rosto. As ondas se quebravam em perfeita sintonia, tinha alguns crianças brincando ali, casais andando de mãos dadas, pessoas tomando sol e se banhando na água que parecia está ótima.

Estendi uma toalha no chão e tirei minha roupa ficando somente de biquíni.

-Vou dá um mergulho.

Diz Lucas tirando a camisa e mais uma vez eu admiro seu físico forte, seus cabelos continua um pouco bagunçados e seus olhos estavam cerrados devido o sol. Balancei minha cabeça e olhei pro lado, estava reparando muito em Lucas ultimamente.

Chegou uma época, quando tinha meus quartoze pra quinze anos eu comecei a gostar de Lucas. Mas sabia que esse sentimento não era recíproco e apenas uma amizade então tentei esquecer, e acho que consegui.

Grávida Do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora