Capítulo 17

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Lucas narrando.

Cheguei no Brasil pela noite e estava muito cansado. Quando cheguei em casa Lê se assustou, ela sabia que tinha ido segui mais uma das regras de meu pai. Expliquei tudo a ela, falei sobre Bruna, sobre sua gravidez e meu desejo de seguir ao lado dela. Ela me apoio, disse que era pra segui em frente seja lá qual fosse sua resposta, e ficou feliz em saber que ia der avó.

No outro acordei cedo, estava ansioso. Sabia que nesse horário ela tava na escola então esperei. Era mais ou menos duas da tarde quando cheguei a sua casa, bati na porta e esperei por tudo que ela abrisse.

Não demorou muito tempo e ela abriu a porta sorrindo, continuava linda. Seus cabelos castanhos escuros pareciam maiores, ela tinha ganhado mais corpo e estava com belas curvas, seus olhos continuavam com aquele brilho e o seu olhar não tinha mudado, ainda era aquele olhar meigo. Ela desfez o sorriso logo quando me viu, vi seu semblante de supresa mas logo mudou pra raiva e aquele olhar meigo, agora estava sobre mim com muita fúria. Estava merecendo isso da sua parte.

Pedi pra conversar com ela, pela última vez e ela aceitou. Quando entrei desabafei, disso tudo o que pesava e o que queira. E novamente a supresa tomou conta do seu rosto. Ela também desabafou comigo, e ao ouvir suas palavras uma grande angústia me atingiu, estava merecendo esse medo da parte dela, esse desprezo. Vi que ela queira continuar, vi que queria algo a mais comigo, mas estava com medo e muito magoada, sei o quanto Bruna é orgulhosa também.

No final consegui, consegui converse-la que quero está ao seu lado em tudo, está do lado daquele bebê. Passei a mão por sua barriga e senti um volumizinho bem pequeno, mas que me fez sorrir largo, assim como aquelas imagens da ultrassom. Estava disposto a ser pai, a ser um bom pai, eu amo muito Bruna e também aquele bebê que ela espera, meu filho.

Conversamos bastante e gostei de saber que ela aceitou pelo menos ser minha amiga novamente. Discutimos muito sobre o futuro, era bom saber os seus planos, não disse os meus, ela sabia quais eram. No final me despedir dela com um beijo no rosto e outro na barriga. Ela pareceu desconfortável mas depois sorriu fraco.

Mas não vou desistir assim, sei que no final ela vai mudar de idéia.

Bruna narrando.

Estava feliz por saber que ele não odiava esse bebê. Já era um começo. Não, eu não estava arrependida da minha decisão. Espero que mais tarde não mude, quero que seja assim. Ele me prometeu, me prometeu que ia ser um bom pai e está presente na vida do filho.

Minha mãe chega em casa e vem logo me abraçando e beijando minha barriga.

-Como estão meus amores?!

-Bem!_Digo baixo. Ela para coloca a mão no queixo e fica me olhando.
-Vamos, conta. Sei que aconteceu algo, sempre que acontece alguma coisa você fica pensativa e muito tensa. Qual foi o babado?_Se senta no sofá e cruza a pernas.

-O Lucas teve aqui hoje.

-O QUÊ? AQUELE VAGABUNDO? O QUE ELE QUERIA? SE FOI PR...

-Mãe calma, escuta.

-Tá, tá, continue.

-Ele teve aqui hoje e se desculpou._Contei tudo o que aconteceu.-E essa foi a minha decisão, não me arrependo, quero que seja assim. Ele disse que estaria presente na vida do filho, o acompanharia em tudo, mas em viver ao seu lado, construir uma vida com ele eu não estou preparada. Ele me magoou muito e por isso tenho medo, tenho medo de me machucar novamente.

-Olha filha, por um lado você está certa mas por outro, bom, até eu mesma estou confusa. Fiquei com muita raiva dele, muita. Mostrou ser irresponsável, ainda pede pra tirar meu netinho e foi embora pra outro país. Mas agora tudo isso que você me contou, ele enfrentando o pai pelo primeira vez e vindo aqui se declarar pra você e lhe pedi algo, mudei um pouco de idéia. Só faça o que você sente Bruna, se você diz que não quer viver ao seu lado não viva, siga em frente, só não se arrependa depois.

-Mas mãe, eu também me declarei pra ele, sempre quiz construir algo com ele mas agora...depois dele ter feito aquilo e me dito aquelas palavras eu me fechei completamente, fiquei com os sentimentos confuso. Eu fiz o certo?

-Você apenas seguiu seu coração Bruna, não viver ao seu lado, foi isso mesmo?

-Foi._Disse baixinho.

Não tinha certeza. Acho que ele realmente queria outra coisa mas o meu orgulho foi maior. Ah, ficará assim, eu escolhi assim e quero qur fiquei desse jeito.

Mamãe foi tomar banho e fiquei ali no sofá parada, pensando. Logo depois subi também, estava com sono.

Tomei um banho vestir uma camisola e deitei na cama ainda pensando em tudo.

Não mudaria minha escolha, será essa e pronto. Vou arrumar meus sentimentos, não quero mais isso, essa confusão.

Quando menos percebo estou dormindo.

Acordei no outro dia e me arrumei pra aula. Tomo meu café e logo sigo meu caminho até a escola, hoje é sexta graças a Deus e daqui dois meses as aulas acabam.

Chego na escola falando com algumas pessoas, parece que ultimamente elas me notaram mais. Sento junto de Amanda que come uma coxinha.

-Coxinha a essa hora?_Pergunto me sentando e ela sorrir.

-Acho que estou grávida._Arregalo os olhos, como assim?-De vermes!

-Ah, sua doida, pensei que foi verdade.

Nem deu pra conversarmos direito e logo Gertrudes entra na sala pra aplicar sua disciplina. Diminuíram o tempo da aula, foi de meia em meia hora. Logo nos liberaram. Antes de sair fui na cantina da escola e comprei um risole comendo por lá mesmo.

-Ai sua gorda, vamos logo, quero descolar o rango da tia Luci!

-Tá espera.

Terminei de comer e saímos da escola. De longe vi uma cabeleira loira muito familiar, era a Pricila, parecia impaciente. Estava com os braços cruzados e batendo o pé com nervosismo. Passei direto por ela mas senti puxarem meu braço com força e me empurrarem no muro da escola fazendo com que batesse a cabeça.


Grávida Do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora