Capítulo 11

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Bruna narrando.

Faltei aula hoje novamente. Não estava com cabeça pra estudar. Amanda me mandou uma mesangem pela manhã e perguntou se queria que ela fosse junto, disse que não precisava.

Termino de me arrumar e pego minha bolsa. Usava um vestido florido soltinho e confortável, nos pés uma melissa e meu cabelos estavam soltos. Hoje amanheci mais enjoada que o normal, além de está muito pálida, só consegui tomar um copo de suco.

Chamo um táxi e todo o caminho até sua casa foi pensado em como da essa notícia a ele, estou levando junto a mim o teste. Estava nervosa, já sentia minhas mãos tremendo ao saber que iria encarar o pai de meu filho, que nem sabe de sua existência. Mamãe me encorajou bastante junto de Amanda, tinha que ser forte e o enfrentar, mesmo se ele reagir direferente.

Pago o taxista e paro em frente aquele enorme prédio luxuoso, entro e vou direto pro elevador. Estou com frio na barriga, já sentia o suor brotar em minha testa e a ponto do meu nariz arder, indicando que queria chorar.

O elevador para e procuro pelo número 310°, quando acho respiro fundo e bato na porta. Não demorou muito e abrem a porta, Lê me olha como se estivesse vendo um fantasma.

-Oi, está perdida moça?_Ela diz com ironia e sorriu fraco.

-Deixe de drama Lê. Estava com saudades._Ela me abraça forte.

-Pensei que tinha esquecido de mim. Nunca mais veio aqui depois do que aconteceu._Diz mas logo coloca a mão na boca.-Desculpe.

-Tudo bem, Lucas está ai?

-Tá sim, lá no quarto dele resolvendo alguma coisa. Pode ir.

Abraço ela novamente e subo as escadas, a porta de seu quarto está entreaberta mas bato antes de entrar. Quando ele me vê parece surpreso.

-Bruna, o que faz aqui?_Ele gagueja, não entendi seu nervosismo, quem é pra está nervosa aqui sou eu.

Já sinto meus olhos inundados pelas lágrimas que ameaçavam cair. Me aproximo dele e sento ao seu lado na cama. Abro a boca pra falar começo a chorar, as lágrimas descem rápido molhando todo o meu rosto. Um pequeno desespero bateu em mim, nem eu mesma entendia.

-Ei Bruna, se acalma. O que foi? Por que está chorando assim?_Ele se aproxima de mim e toca meu rosto. -Espera que vou pegar um copo de água pra você.

Sai do quarto e me deixa ali chorando na cama. Ele demora muito pra voltar com a água, ouvi uma suadinha vindo de um papel em cima da mesa, ele balançava devido o vendo forte que adentrava o quarto. Movida pela curiosidade levantei e peguei aquele papel, minha vista estava turva devido o choro, limpo algumas lágrimas que ainda descia e só então consegui ler aquele papel em minhas mãos.

-Aqui. Desculpa a demora, toma._Entra no quarto e para ao me ver lendo aquela passagem.

-Porque não me contou que ia viajar?_Aquela passagem era pros Estados Unidos e no remetente dizia que era hoje a data da viagem. Isso explica a enorme mala no canto do quarto.

Ele ficou calado. Olhava em meus olhos e olhava pra passagem.

-Eu...eu ia te falar Bruna._Falo baixo e gaguejando.

-Não você não ia!_Disparo e ele arregala os olhos.-Você não ia me contar.

Vejo ele suspirar, passa a mão pelos cabelos e se senta na cama pedindo que sentasse também.

-Bruna, depois falamos disso, quero saber o que você veio fazer aqui?!_Ele fala rígido, nunca o vi assim.

Engulo meu choro e encho meus pulmões de ar, e só então falo.

-Eu tô grávida Lucas._Olho em seus olhos.

-Ma...mas, você tomou a pílula, não tomou?

-Tomei, mas não funcionou, agora estou grávida._Entrego a ele o exame. Ele lê rapidamente e me olha.-Não vai falar nada?_Fungo e tento controlar meus soluços.

-Bruna, você, você não pode ter esse filho!

-E porque não?

-Eu não posso ser pai, não agora. Nos não podemos ter esse bebê Bruna. Você tem que tirar.

Ao ouvir isso sou tomada pela raiva. Como ele pode dizer isso?!

-VOCÊ não pode ter esse filho, eu posso e vou ter ele! Não quero te ver nunca mas em minha frente! _Grito e saio dali, Lê está na sala e me pergunta o que tinha acontecido mas não respondi e sai dali vermelha de raiva.

Ao chegar no elevador choro, choro muito. Ainda não acreditava em suas palavras, como ele foi capaz de dizer aquilo, pedi pra que tirasse meu filho, que também é filho dele. Estou com muita raiva. E ainda escondeu de mim que iria viajar.

Passo pela recepção ainda chorando e quando chego lá fora puxam meu braço com força, olho nos olhos da pessoa e vejo que é ele. Puxo meu braço de suas mãos e o encaro com raiva.

-Bruna, não vai embora assim. Me escuta, você não pode ter essa criança, você só tem dezessete anos!

-Não ligo pra minha idade Lucas, eu vou ter essa criança e pronto. Você querendo ou não!_Gritava chamando a atenção de algumas pessoas ali. Ele suspira nervoso e depois me olha.

-Eu estou indo embora Bruna, não vou puder criar esse bebê, tira ele. Você é muito nova e..._Não esperei ele terminar de falar e dei um tapa forte em seu rosto. E mais uma vez não acreditava em suas palavras, ele estava sendo grosso e infantil ao pensa isso.

-Eu não vou tirar meu filho!_Grito.-Eu não vou tirar ele Lucas, não vou. Quando ia me contar que ia embora? Só quando chegasse lá? Eu não vim aqui te pedir pra assumir esse filho, só queria que soubesse de sua existência. Eu não queria engravidar Lucas, não agora, mas não tenho coragem de fazer mal algum a essa vida que crescer aqui dentro, fomos irresponsáveis em ficarmos bêbedos e transarmo sem proteção, e agora olha só, eu estou grávida. Você não está sendo homem suficiente pra assumir isso mas eu...estou sendo mulher o suficiente pra assumir meu erro e assumir esse filho, o meu filho. Pode ir Lucas, vai embora, só, esquece que eu existo. Eu te odeio.

Cuspo as palavras olhando em seus olhos e saio dali o deixando parado ainda com a mão no rosto.

Grávida Do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora