Grávida Do Meu Melhor Amigo

Capítulo 8

Bruna narrando.

-Ai meu Deus que frango maldito!

-Pra mim isso ai não foi o frango não.

Estava no banheiro da escola com Amanda, senti o enjôo novamente. Já era a terceira vez que vinha no banheiro vomitar e nessa Amanda veio comigo. Desde a hora que acordei estou assim, não consegui nem tomar café e Lucas ficou me forçando comer algo, mas não descia.

-Se não foi aquele frango o que foi então?_Ela me lança um olhar com as sobrancelhas erguidas.-Não estou com cabeça pra entender esses seus olhares Amanda.

-Grávida._Ao ouvir isso parei e comecei a rir sem humor.

-Você é louca Amanda, não viaja.

-Há quanto tempo você não vê um desses?_Ela tirou do bolso de seu moletom um absorvente.

Parei e pensei um pouco, mas continuei calada.

-Bruna é sério! Quando você transou com o Lucas estavam bêbedos e não se protegeram, você disse que tomou a pílula mas sabe que ela não é 100% confiável não é? Agora depois de quase dois meses você me aparece tonta, mais do que é, com enjôos e me desculpe mas, você engordou um pouquinho. Vou perguntar de novo, há quanto tempo não vê um desses?

-Dois meses._Digo baixinho e ainda assimilando suas palavras.

-Então Bruna, tudo isso indica que você tá grávida! Não mestrua a dois meses, ou você tem algum problema ou está grávida, a segunda opção está certa.

Continua calada. É claro que não estou grávida, eu tomei o remédio e esse atraso na minha menstruação é normal, ela sempre foi desregulada.

-Quando sairmos da escola vamos comprar um teste e você vai fazer.

-Não vou fazer nada, minha menstruação sempre atrasou assim Amanda. É normal._Ela respirou fundo e me encarou.

-Você vai fazer e pronto! Agora vamos voltar pra sala._Reviro os olhos e antes de sair coloco um chiclete na boca.

As duas últimas aula pareceram uma eternidade. Ainda estava muito enjoada e com muita fome, mas do que adianta comer e colocar tudo pra fora depois?!

Arrumo meu material pra ir embora e sinto alguém me puxa e me arrastar correndor a fora.

-Vamos logo antes que a farmácia feche.

-Amanda eu não vou fazer teste nenhum, eu já disse que não estou grávida!

-Me explique todos esses sintomas que você está sentindo fofa.

-Ah. Eu te odeio.

-È recíproco esse sentimento. Boa tarde, quanto custa um teste de gravidez...não, três testes de gravidez...

Amanda termina de comprar os testes e chama um táxi pra irmos até minha casa, desnecessário, minha casa é a dois quarteirões daqui.

Entramos em casa e ela já sobe indo pro meu quarto.

-Toma, faz xixi nos três teste._Me entrega a sacola e me empurra pra dentro do banheiro.

Fiz tudo o que dizia naquele teste resmungando. Amanda é louca em pensar que estou grávida. Depois de mais ou menos dez minutos apareceu dois traços em cada teste, não entendi o que quis dizer e fui ler na caixa o que dois traços significa.

"-Um traço para negativo e dois traço para positivo."

Comecei a ficar trêmula ao segurar um daqueles teste. Devo ter feito errado isso.

Amanda bate na porta e abro já segurando os três teste e entrego pra ela ainda trêmula.

-Não acredito nisso. AAAAAAAAH, EU VOU SER TITIA EBAAAAAA...espera, isso é bom ou é ruim?_Ela me encara. Devo está sem expressão alguma. Não acreditava naquilo.

-Não Amanda, não é bom. Devo ter feito errado.

-Você fez tudo que pedia aqui?_Assenti.-Então, não está errado. Você está grávida, acho que...parabéns!

-Não. Eu não posso estar grávida, impossível.

-Olha, do mesmo jeito que a pílula do dia seguinte não é confiável, teste de gravidez de farmácia também não. Vamos agora em uma clínica aqui perto e fazemos um exame de sangue. É mais seguro.

Concordo e continuo parada ali, com a respiração desregulada e com o coração batendo rápido.

-Vamos, vamos fazer amanhã esse teste._Disse baixo e gaguejando.

-Tudo bem, podemos faltar aula amanhã e ir._Ela me abraça.-Fica bem tá? Tenho que ir agora. Tchau.

Ela vai embora e sento na cama ainda olhando aqueles testes. Depois de fazer o exame de sangue amanhã, eu sei que vai dá negativo, vou ao ginecologista ou algo do tipo ver esse atraso.

Tomo um banho pra me relaxar e desço as escadas depois de colocar uma roupa qualquer. Vou a cozinha, estou morrendo de fome. Não achei nada naquela casa então pedi comida por telefone, não demorou muito e entregaram meu pedido. Pago o menino e sento no sofá. Fiquei tão feliz quando vi que estava na última garfada, tomei um copo enorme de suco e me fiz por satisfeita.

Devia ser umas quatro da tarde, e estava com um sono horrível. Relaxei e fechei minhas pálpebras pronta pra dormi, mas tocaram a campainha freneticamente.

-Já vai._Me levanto e vou arrastando até a porta.-Ah, veio atrapalhar meu sono foi?_Pergunto a Lucas que se encontra a minha frente sorrindo.

-Oi pra você também. Está melhor?_Pergunta fechando a porta e me jogo no sofá assentindo de olhos fechados. Estava com muito sono.-Então toma...vi na rua e lembrei de você.

Abro os olhos e vejo em sua mão um croissant com chocolate. Não pensei duas vezes e peguei de sua mão mas, quando senti aquele cheiro doce me senti enjoada novamente e devolvi pra ela.

-Vamos no médico?

-Pra quê?

-Bruna, você está recusando comida, não tá bem!

-Ah Lucas, só me deixa dormi por favor. Não tô me sentindo muito bem.

E realmente não estava. Sentia dor na barriga, dor de cabeça, esses enjôos que não me deixavam comer direito e estava me sentindo cansada, com muito sono. Vou pro meu quarto e me jogo na cama me enrolando nas cobertas, senti um perfume delicioso se estalar pelo quarto e deitarem na cama. Senti os braços de Lucas em minha cintura e seu toque me fez arrepiar, ele me puxou um pouco fazendo com que sentisse seu corpo ao meu. Fiquei um tanto desconfortável com seu toque, mas tentei não parecer tão tensa e o abracei também.

Estava quase pegando no sono quando ouvi ele falar bem baixinho e perto do meu ouvido.

-Te amo bichinho.

E logo adormeci.