Capítulo 33

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               Lucas narrando.

Não entendi o porquê de Bruna querer ficar só, mas respeitei. Claro que fiquei preocupado, ela está no último mês e o Ricardo falou que ela não poderia ficar sozinha estante algum, mas sei que tudo estará bem quando voltar.

Ajeito alguns documentos da empresa e dou a minha secretária pedindo que ela envie para meu pai, também precisa da assinatura dele.
Sento na cadeira e tento relaxar mas estou preocupado e com um pressentimento estranho. Alguma coisa está acontecendo e rapidamente meus pensamentos voam até Bruna.

Está tudo bem Lucas, nada demais está acontecendo!

Repito pra mim mesmo e tento pensar em outras coisas. Saio dos meus devaneios com meu telefone tocando, no visor o nome Mãe pisca, foi assim que salvei o número da Lê. Atendo de imediato já sentindo meu coração acelerado.

- Oi Lê!_Digo baixo.

- Lucas? Ai Jesus que bom que atendeu._Fala desesperada.

- O que aconteceu Lê? O que foi?_Levanto e vou até o enorme vidro da minha sala, onde tenho a visão perfeita da cidade.

- É a Bruna meu filho, parece que o Guilherme já quer conhecer vocês!_Ao terminar de dizer isso ouço um grito de dor do outro lado da linha, é a Bruna.

Congelo ali. É isso mesmo? O meu filho está nascendo?

Um grande sorriso surgi em meus lábios, meu Deus, meu filho está nascendo!

- Lucas? Lucas? LUCAS?- Grita Lê.

- Oi! Estou aqui. Calma eu já estou indo.

- Não Lucas, não vai dá tempo, a Bruna tá sentindo muita dor. A Mirele vai nos levar até o hospital e você nos encontra lá!

- Okay! Mas, quem é Mirele?

Por um minuto tudo fica em um completo silêncio.

- Lucas te esperamos no hospital, tchau!_E antes dela desligar eu escuto outro grito da Bruna.

Quem é Mirele? Ah, deve ser alguma vizinha ou amiga da Lê.

Pego as chaves do carro e minha bolsa e saio daquela sala correndo. Encontro Nara, minha secretaria pelo caminho e ela me para.

- Senhor Moore, seu pai já assinou os documentos!_Ignoro o Senhor, já disse que era pra ela parar de me chamar assim.

- Coloca na minha mesa Nara, agora tenho que ir!

- Onde vai assim com tanta pressa?_Pergunta.

- Meu filho está nascendo!_Dito isso saiu dali correndo.

Não estou acreditando, engarrafamento a essa hora do dia? Não posso ficar aqui, não posso deixar Bruna e Guilherme sozinhos lá. Eu prometi a ela que estaria do seu lado quando ele quisesse vir e eu vou comprir com minha palavra. Depois de quinze minutos ali eu acho um atalho e tento chegar o mais rápido que posso lá, eu preciso está ao lado dela.

Conseguir chegar no hospital depois de meia hora, e ignorava os olhares e suspiros da atendente a mim. Odeio mulheres oferecidas.

Emoção, ansiedade, alegria, preocupação, estou sentindo essa mistura de sentimentos nesse momento. Eu vou ser pai daqui algumas horas, meu Deus! O hospital está com um enorme movimento, e pra melhorar tudo, a atendendo demora dez anos pra achar o nome da Bruna. Quando ela finalmente acha me dá um pequeno papel que colo imediatamente em minha blusa e me fala a sala onde ela está. Saio correndo por aqueles corredores extensos e um médico barra minha entrada na sala, mas, consigo ver algo que faz meu corpo acelerar.

                Bruna narrando.

- Eu tenho que ir!_Diz Mirele pegando sua bolsa.

- Não! Você não vai embora, não dessa vez._Lê diz de frente a porta.

Eu já não aguento mais. Isso dói muito, tento respirar fundo e tento também me acalmar, mas é impossível. Grito outra vez chamando a aceitar delas.

- Gente...por favor...eu não estou aguentando mais, me levem logo pro hospital!_Grito exasperada.

- Sabe dirigir?_Lê pergunta a Mirele que confirma de imediato.- Nos leve até o hospital. Agora!_Mirele consente enquanto Lê vem em minha direção e me ajuda a levantar.

A duas me ajudam a entrar no carro. Logo sinto o movimento acelerado do carro e isso só piora a minha dor. Lê segura em minha mão e tenta me acalmar.

Por quê agora filho? Não tínhamos pressa se lembra?

- Lê...cadê o Lucas? Onde ele está?_Peço baixo.

- Ele já está vindo filha, vai nos encontrar no hospital!

Eu assinto, o queria aqui ao meu lado, agora. Eu vou conseguir, tenho que suporta essa dor, é pelo meu filho. Respiro fundo diversas vezes, conto até dez diversas vezes também, faço o possível para não me desesperar.

Sinto outra pontada tão forte que me faz soltar um grito maior do que os anteriores.

- Ela está com 10 centímetros de dilatação, podem preparar a sala!_Diz Ricardo. Ele está aqui agora.- Pronto Bruna, se acalma, respira fundo; ele já está vindo!_Me lança um sorriso confortante, queria retribuir mas aposto que devo está fazendo uma careta.

Trocam minha roupa e me levam até outra sala. Pergunto por Lucas, onde ele está? Onde está o meu amor?

- Ricardo?_O chamo e ele me olha atento.- Cadê o Lucas? Ele já está ai?_Ele nega.

Oh Deus, onde ele está? Nosso filho vai nascer e ele não estará presente? Ele me prometeu, ele prometeu que estaria aqui comigo.

- Oi Bruna, tudo bem?_Pergunta uma enfermeira. Quero mandar ela ir para aquele lugar, mas me controlo.- Olha, vai ficar tudo bem, confia em mim okay?_Ela segura em minha mão e eu concordo.- Estou do seu lado, não vou sair daqui!_Assinto novamente e tento não me concentrar naquela dor absurda.

Sinto o suor brotar em minha testa, meu peito sobe e desce em um ritmo acelerado, sinto uma pequena picada em meu braço e eles colocam o soro em mim.

Respiro fundo e coloco força, eu consigo, eu sou capaz, eu vou conseguir.

Coloco força mais uma vez, Ricardo me incentiva, as enfermeiras, e coloco mais força ainda. Queria Lucas aqui, queria que ele estivesse me incentivando. Olho pra uma pequena janela de vidro e vejo mamãe, Lê e Amanda, sorriu fraco pra elas que estão vibrando lá fora na torcida pro meu filhote chegar.

A médica que segurava a minha mão sai, a chamo de volta e ela não vem, logo sinto pegarem novamente em minha mão e quando olho meus olhos se enchem de lágrimas.

- Amor!_Digo fraco.

- Shii, eu tô aqui, eu prometi que estaria aqui meu amor!_Sorrir.

Me concentro agora em trazer meu filho ao mundo. Coloco o máximo de força que consigo e logo um choro fininho e alto corre por toda a sala. Naquele momento eu me senti forte, me senti mulher, me senti mãe, agora sou a pessoa mais realizada do mundo. Quero ver meu filho, mas precisam o limpar, vesti-lo e o trarão para mim. Olho para Lucas e vejo lágrimas rolando de seus olhos, ele tira a máscara hospitalar e posso ver o enorme sorriso em seu rosto, mesmo cansada e já sem forças eu sorriu também.

Um pequeno embrulho vem até mim e colocam em cima do meu peito. Naquele momento uma grande alegria me invade, choro, mas é um choro de felicidade.

Agora eu posso o admirar e percebo que ele é a cara de Lucas. È tão lindo, tão pequeno, tão frágil. Meu filho, meu anjinho, meu amor. O abraço e beijo sua bochecha sentido uma emoção enorme.

- Oi meu amorzinho, é a mamãe!_Choro. Eu estou tão, tão feliz. Lucas se aproxima de nos e olha atento pra ele.

- Ele é lindo! Obrigado meu amor, obrigado por isso! _Ele beija meus lábios demoradamente.- Eu te amo!

- Eu também te amo!

   

Grávida Do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora