Bruna narrando.
Acordo com uma terrível dor de cabeça. Me levanto e percebo que estou nua, e que não estou em meu quarto.
Olho pro lado e vejo Lucas dormindo.
Não! Não é isso que estou pensando.
-Não, não, não, não, NÃO!!!_Disse alto fazendo Lucas acorda assustado e fazer uma expressão de dor.-Não acredito.
Ele sentou de forma que ficasse um pouco deitado e me olhou sem entender, e só então se deu conta de que estávamos nus.
-Ai meu Deus Lucas, não, eu não estou acreditando.
Ele só fazia me encara, sem nenhuma expressão no rosto.
Não acredito que transei com Lucas. Meu Deus, nunca mais eu bebo.
-Lucas fala alguma coisa, não fica calado!_Gritei.
-Você quer que eu fale o que?
Passei a mão por meus cabelos suspirando e não crendo nisso. E o pior é que eu não me lembrava de nada.
Me levantei rápido e fui no banheiro do seu quarto. Tomei um banho pra ver se a dor de cabeça passava e tentei lembrar de algo mas era impossível, o que a bebida não faz.
Passei a toalha por meu corpo e encarei meu reflexo no espelho, agora estou com vergonha. Nunca pensei que iria transar com meu amigo, ainda mais bêbada.Respirei fundo e sai do banheiro. Lucas ainda estava na mesma posição. Me encarou mas abaixei a cabeça, estava com vergonha. Catei minha roupa que estava pelo chão e voltei pro banheiro me vestindo.
Mas antes de sair dali eu o olhei rápido.
-Sabe pelo menos se usamos proteção?_Ele negou.
-Toma uma pílula._Ele disse baixo. Ainda sem expressão nenhuma.
Sai dali as pressas e quando fui abrir a porta me chamaram.
-Bruna! Que bom te ver.
Sorrir nervosa. Era Lê.
-Oi Lê, também é bom ver você, estava com saudades._Abracei ela.
-Dormiu aqui? Não vi vocês chegarem ontem!
-Ah, é, foi. É que chegamos tarde. Lê desculpa mas agora eu preciso ir.
-Não vai nada, vem tomar café, não vai sair de estômago fazio.
-Na...
Ouvimos passos da escada e era Lucas descendo com a mão na cabeça.
-Olha acordou a flor, vem vamos tomar café. Fiz bolo de chocolate.
Lucas parou na escada e me olhou mas desviei o olhar novamente. Lê me arrastou até a cozinha e puxou uma cadeira pra mim.
-Não estou com fome Lê, é sério.
-Toma pelo menos um suco. Você está estranha, Bruna Moore negando comida.
Ela me entregou um copo enorme de suco e uma fatia de bolo. Fez o mesmo com Lucas, percebi seu olhar sobre mim, mas estava de cabeça baixa.
-O que aconteceu com vocês? Falam mais que tudo e tão assim murchinhos?
-Nada...só...estamos...com dor de cabeça._Lucas respondeu devagar.
-Uhm, encheram a cara ontem em?!_Concordamos.-È melhor se controlarem, podem acabar fazendo alguma besteira.
"Já fizemos"_Pensei.
Coloquei um pedaço de bolo na boca e bebi o suco rápido já levantando.
-Bruna.
Ele me chama. Suspiro aindo de costas pra ele.
-Tchau Lucas.
***
Comprei a pílula e tomei.
Já estava em casa deitada na minha cama, pensando e, tentando lembrar de ontem a noite. Ainda não conseguia acreditar que isso aconteceu, logo com Lucas, meu melhor amigo.
Sempre fui muito próxima dele mas, nunca passei do nível de intimidade que temos. E o pior é que estava bêbada e não consigo lembrar de nada. Será que ele também estava bêbado? Ou estava consciente e aproveitou? Não, Lucas não seria capaz de tal coisa.
Escuto batidas na porta do meu quarto, peço pra que entre e vejo minha mãe sorrindo.
-Vamos ao shopping? Assistir um filme, fazer compras, fazer a limpo na praça de alimentação? Em?_Prolongou o "Em" com as mãos cruzadas.
Não pude deixar de sorrir.
-Claro, vamos nos diverti um pouco. Dia das meninas!
-Eeeeee. Vou colocar meu short de puta e já volto.
Saiu do quarto dançado e eu gargalhei. Essa mulher é louca.
Troquei minha calça moletom por um short jeans e soltei meus cabelos. Peguei minha bolsa e sai avistando mamãe já pronta. E não, ela não estava com um short de puta com ela mesma disse, estava de vestido.
Mamãe dirigia tranquilamente até estacionar no shopping, descemos e já fomos entrando em algumas lojas.
Estava distraída. Tentava imaginar o que Lucas pensava sobre o que aconteceu.
Lucas narrando.
Acordei ainda pela madrugada e vi Bruna deitada. Ela dormiu e estava nua.
Estava com muita dor de cabeça e não liguei, voltei a dormi.
Quando acordei novamente foi com Bruna falando alto.
Ela repetia diversas vezes não, e que não estava acreditando. Não entendi muito, ainda estava com muito dor de cabeça e só percebi o que tinha acontecido quando vi ela nua, eu também estava.
Não. É isso mesmo que estou pensando? Nós trasamos?
Fiquei sem reação não vou mentir.
Estava bêbedo, assim como ela ontem mas consegui lembrar de algumas coisas, já estou acostumado a beber.
Ela foi pro banheiro e demorou muito a voltar, pegar suas roupas e voltar pra lá. Suspirei passando a mão pelos cabelos, também não acreditava nisso, mas me lembro de algo.
Me lembro quando nos beijamos e o quanto seu beijo era doce e calmo. Até o momento em que viemos pra cá e aconteceu, não lembro detalhes, mas me lembro de nossos corpos juntos, seus gemidos, seu olhar de desejo.
Esqueci esses pensamentos ao vê-lá sair do banheiro, ela não queria me olhar, parecia envergonhada. Ela saiu do quarto mas antes parou me olhou rápido e perguntou:
-Sabe pelo menos se usamos proteção?_Neguei.
-Toma uma pílula. _ Falei um tanto baixo e ela assentiu saindo.
Suspirei mais uma vez. Nunca pensei que tiraria a virgindade da minha melhor amiga, ainda mais quando estávamos bêbedos e não lembravam de nada, quer dizer, ela.
Não pude deixar de sorrir lembrando, Bruna é simplesmente perfeita.Levantei, coloquei um short e fui ao banheiro fazer minhas higienes. Desci as escadas com a mão na cabeça, ainda estava com dor.
Encontrei Lê com Bruna conversando na sala, ela parecia nervosa e quando me olhou desvio rapidamente.
-Olha acordou a flor, vem vamos tomar café. Fiz bolo de chocolate._Lê diz arrastando Bruna pra cozinha.
Ela nos serviu e num piscar de olhos Bruna já tinha bebido seu suco e mordido um pedaço do seu bolo. Levantou rápido mas quando ia saindo a chamei.
-Tchau Lucas._Foi o que ela disse antes de sair.
Espero que isso que aconteceu entre nós não interfira na nossa amizade.
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Grávida Do Meu Melhor Amigo
Romance"Nunca pensei que uma noite poderia mudar tanto nossas vidas..."