Capítulo 20

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Bruna narrando.

Hoje era terça feria, e estava em casa numa tarde muito tediosa. Não tinha nada pra fazer.

Mamãe está trabalhando, Amanda na casa do Fred, Lucas foi ao antigo escritório do pai aqui e está resolvendo algo por lá. Não fiquei tão solitária pois tinha meu bebê comigo, ficava conversando com minha barriga.

Estava com fome, mas não com fome mesmo, estava com fome de besteira. Coisa que não tinha em casa. Continuo assistindo um filme que não entendi nada, mas estava ficando um pouco interessante agora, vi meu celular vibrando, peguei e era um mensagem da Lê. Estranho, ela sempre me liga, nunca foi de mandar mensagens, diz que não gosta dessas coisas. A mensagem dizia que ela tinha feito uma torta de abacaxi pra mim e ao ler aquilo senti minha boca salivar desejando aquela torta. Respondi ela rápido e fui pro quarto.

Só troquei de blusa e peguei um dinheiro, chamei um táxi e dei um endereço do Lucas. Desejava muito aquela torta, eu e Lê estávamos pensado igual.

Depois de mais ou menos vinte minutos cheguei lá, falei com o porteiro que logo liberou minha entrada e me avisou que o elevador estava passando por uma reforma e só pelas escadas, ótimo.

Olhei aquela enorme escada e suspirei. Daqui que eu chegue no quinto andar. Parei e olhei pra baixo, ainda estava no terceiro degrau, mas já estava cansada.

Continua a me arrastar por ali, já suava e minhas pernas estavam fracas. Quando cheguei no terceiro andar vi uma pessoa parando a minha frente, não vi quem foi mas desviei e continuei meu caminho até ela passar por mim rápido e parar novamente a minha frente. Levantei a cabeça e encarei essa pessoa.

Pricila.

-Oi querida!_Diz sorrindo falsamente.

- Pricila? O que está fazendo aqui?_Gaguejo.

-Vim dá um fim em você e nessa coisa!_Diz com um olhar sério.

Congelo ali, pela primeira vez estou com medo dela.

-O que pensa em fazer? Olha Pricila eu nunca fiz nada com você, nunca impliquei contigo. Porque tem essa raiva toda de mim?_Digo e ela rir irônico.

-Penso em muitas coisas Bruninha. Mas é claro que você fez, você tomou o Lusquinha de mim, ele preferia você do que eu, ele me abandonou pra ficar com você agora você está grávida dele e tomando um lugar que é meu. Eu sempre te odiei Bruna, percebia como o Lucas olhava pra você, o jeito dele de te tratar, ele nunca olhou pra mim desse jeito, ele nunca me tratou desse jeito. Agora eu vou dá um fim em vocês e finalmente o Lucas será meu, você e essa praga são um fardo em nossas vidas!_Ela sorrir diabolicamente e fico trêmula.-Adeus Bruninha!

E antes que eu pudesse fazer alguma coisa ela me empurrou com força e só senti a pancada dos degraus em minhas costas. Naquele momento só queria proteger meu filho enquanto caia escada a baixo. Cai no último degrau do andar e bati forte minha cabeça contra a parede, senti o gosto de ferro em minha boca, minhas mãos estavam sobre minha barriga e sentia a parte baixa dela uma dor insuportável. Fico com medo de ter acontecido algo grave com meu filho, oh Deus que nada tenha acontecido. Vi Pricila chega ao meu lado com um sorrizinho de vitória no rosto. Estava sem forças pra fazer algo contra ela.

-Agora sim, mas ainda não terminei. Esse mostrinho já foi, agora falta sua mamãe._Ela tirou da bolsa uma faça pequena. Meu Deus.

-Pri...Pricila, pa...ra com isso...eu já disse que o Lucas é todo seu, me deixa em paz!_Digo fraco, estava sem forças e já sentia minhas vistas escurecendo e meus sentidos indo embora.

-Eu sei que o Lucas é meu, mas ele não será todo meu com você ainda aqui. Vou agilizar isso!

Ela pegou aquela faca e trouxe pra perto do meu pescoço, não sentia mais meu corpo, minha consciência foi me deixando as pouco antes que ela fizesse algo. Mas, consegui ouvir uma voz familiar me gritar, era Lucas, ele gritou meu nome, mas não pude reagir, minha consciência já tinha me deixado.

             Lucas narrando.

Fui chamado no antigo escritório do meu pai pra resolver algo. Lá estava tudo desorganizado, tantos funcionários competentes por lá e acontece algo assim. Várias papeladas sem assinar, currículos pra ler, fixas pra preencher, enfim. Chamei alguns funcionários e fizemos tudo isso, perto do finalzinho da tarde estava tudo pronto.

Peguei o carro e fui pra casa, precisava de um banho e descasar, mas queira ver a Bruna. Estava tão feliz, ela estava grávida de um menino. Claro que ainda penso em ela mudar sua opinião. Ela está ficando tão linda, ainda mais agora que sua barriga está crescendo. Estou ansioso com tudo isso, ser pai agora não estava em meus planos, mas vejo a experiência e nossa, é maravilhosa, mais do que nunca quero criar esse filho.

Estaciono o carro do lado de fora mesmo e entro no prédio, Lúcio, o porteiro, me avisa que o elevador está quebrado e só pelas escadas. Subo as escadas e escuto uns gemidos, mas de dor, logo no segundo andar vejo uma cena que me faz parar ali. Pricila apontava uma faca pra Bruna que estava no chão se contorcendo de dor. Grito seu nome e vejo Pricila se assustar e jogar a faca longe.

-Lucas?_Gagueja meu nome.

-O que você Pricila?_Grito e vou correndo até a Bruna. Ela estava desacordada e pálida.

Só então vejo em seu shorts uma mancha de sangue e me desespero, ela não pode perder o bebê

Grávida Do Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora