Um paciente difícil

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#NOTA: Hey meus amores, espero que gostem do capítulo, votem e comentem a opinião de vcs. Eu quero muito saber ;)
Vou deixa-los com o capítulo, boa leitura! Bjoss e até o próximo...

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Capítulo 3:


POV Dean


  –Onde está meu neto? -Pergunta papai entrando em casa com uma enorme bolsa de viagens. Fecho a porta atras de mim. Papai estava trabalhando em um caso sozinho e só havia conseguido chegar agora.
  –Ele está descansando no quarto. -Respondo com um suspiro. Havia passado a noite em claro com Ty que não era um paciente nada fácil. Havia feito um show para não tomar a vacina, e sua febre havia aumentado durante a noite, só havia conseguido dormir pouco antes do sol nascer.
  –E como ele está?
  –Está melhor do que estava de madrugada...nesse momento está dormindo um pouco.
  –Quem não parece nada bem é você filho, por acaso passou a noite em claro foi? -Papai concerteza estava preocupado.
  –Eu não quis deixar -lo sozinho durante a noite...
  –Bom, eu acho que não ajudaria muito se você também ficasse doente filho...você precisa dormir, e comer...e descansar.
   Sorriu um pouco, parece que papai não mudou nada. Decido não discutir, porque John Winchester era realmente um homem teimoso.
  –E o seu irmão?
  –Está preparando o almoço la na cozinha.
   Papai foi cumprimentar Sam, e logo subimos para ver Ty. Grande foi a minha surpresa ao ver que Tyler não estava no quarto.
  –Você não disse que ele estava dormindo?
  –Ele estava, a vinte minutos atrás quando eu saí daqui... Ty!
   Saí do quarto o chamando pelo caminho e revisando os cômodos da casa.
  –Ty...!?
   Nada. Nenhuma resposta.
  –Tyler! -Papai me ajuda a procura-lo, entra em um dos quartos e logo faz um gesto com uma das mãos para que eu me aproximasse -Encontrei ele.
   Corro para dentro do quarto e observo que  papai está observando algo pela janela, em seguida me dou conta de que esse algo é o meu filho fugitivo. Ty está sentado no capô do impala enquanto acaricia um cervo. Em Lebanon, principalmente onde se localiza a nossa casa, que é um pouco afastada da cidade e tem um bosque atrás, há muitos animais como cervos e pássaros.
  –Droga, ele está pegando friagem...está muito frio lá fora! -Me apresso em sair em busca do meu filho. Eu não acredito que ele está lá fora, está muito frio e ele não pode sair assim, ou seu caso pode piorar! Será que Tyler não se dá conta disso?
   Não paro no caminho e saio direto rumo a porta principal. Papai me segue de perto, abro a porta e sigo rapidamente até onde o carro está estacionado. Pelo menos ele teve o senso de se agasalhar. Não tanto como o devido, mais pelo menos colocou um tênis e uma jaqueta. Embora essa jaqueta não o proteja de nada. O pego pelo braço, chamando sua atenção. O servo corre para longe ao nos ver se aproximar tanto.
  –Entre em casa agora! -Indago lhe mirando diretamente nos olhos. Ty parece surpreso ao me ver ali.
  –Dean...
  –Eu não vou repetir, entre.
  –Mais eu só estava... -Não estou com a mínima paciência para lidar com mais um show, assim que decido cortar isso logo pela raiz. Lhe seguro pelo braço e lhe viro um pouco, lhe proporcionando duas palmadas um pouco fortes. Ty solta um gemido baixo.
  –Ai! -Odeio ter que fazer isso com ele, ainda mais quando o mesmo está doente. Mais não posso deixar que Tyler brinque assim com a sua saúde... E esse pensamento vai ter que me dar forças para continuar com isso.
   Tyler é bem pálido, mais sua face está levemente corada, por conta do frio. Ele me encara durante alguns segundos e posso ver como seus olhos ficam lacrimejantes.
  –Agora Tyler.
   Ele não diz nada mais obedece e acaba entrando em casa com passos rápidos. Suspiro.
  –Hey...tenha mais paciência com ele filho... -Murmura papai colocando a mão em meu ombro. Ele diz isso, porque não viu quanta paciência eu tive até agora, eu tolerei respostas grosseiras, birras infantis, brigas para tomar vacinas.
  –Já tive muita paciência, e olhe só no que deu.
   Entro em casa apressadamente e noto que Tyler está sentado no sofá.
  –O que foi isso Tyler? -Pergunto.
  –Eu...eu só queria tomar um pouco de ar.
  –Não com o clima desse jeito! Seu estado pode piorar se você o fizer! Por acaso você não se importa com a sua saúde em?
  –Não é pra tanto Dean... -Como ele tem coragem de me dizer isso? Para mim já chega.
  –Ok me espere em seu quarto vamos.
   Ele me mira surpreso, provavelmente não esperava essa frase de mim hoje.
  –Mais foi só um pouquinho...
  –Não importa quanto foi...o que importa é que foi...e isso é o grande problema aqui filho.
   Ele se levanta e se aproxima de papai que está ao meu lado. Lhe abraça brevemente.
  –Senti sua falta John. -Sua voz saí baixa e extremamente terna. Ty lhe chama pelo nome, porque segundo ele, papai é muito jovem para ser chamado de “vovô ”. Embora as vezes lhe escape.
  –Eu também senti a sua Ty... -Papai lhe abraça. Tyler se solta e caminha em direção ao seu quarto.
  –Dean não seja duro com ele... -Pede papai, caray meu filho já conseguiu arrumar outro protetor? Esse garoto realmente é irresistível.
  –Não se preocupe, só vou deixar bem claro que o de hoje não pode voltar a se repetir...Tyler precisa saber que sua vida é valiosa demais para arrisca-la assim.
   Subo para o quarto do meu filho, entro e o vejo sentado em sua cama. Ele não está mais usando sua jaqueta e sim uma blusa fina de mangas, a do seu pijama, assim como a calça. Está apenas de meias brancas e não está mais usando o tênis.
   Fecho a porta, mais não a tranco.
   Me sento ao seu lado na cama, e ele abaixa a vista.
  –Sabe porque irei fazer isso? -Pergunto querendo me certificar de que ele entendesse.
  –Sim senhor...
  –E porque seria?
  –Porque eu saí de casa com o clima frio estando gripado... Quando você disse claramente para que eu repousasse.
   As vezes me surpreendo pela forma tão reflexiva que meu filho fica, sendo que momentos atrás ele estava fazendo algo tão irresponsável.
  –Estou vendo que você entendeu bem...venha aqui. -Ele suspira e se levanta, para em seguida se tombar sobre minhas pernas.
   Não importa quantas vezes eu já tenha feito isso, sempre vou me odiar por faze -lo...eu sempre disse que mataria qualquer um que tentasse causar um pingo de dor ao meu filho, e agora eu mesmo estou prestes a fazer isso. Tudo bem que não é a mesma coisa, já que estou fazendo isso porque me preocupo com ele, porque o amo e preciso que Tyler saiba disso, preciso que ele saiba que é valioso demais para mim. E que não posso perde -lo por imprudências como a de hoje, que por sinal não podem voltar a se repetir.
   Sinto seu corpo ficar tenso, e acaricio suas costas para tentar acalma -lo um pouco. Penso em abaixar sua roupa, mais não quero ser demasiado duro com ele estando mal, assim que simplesmente levanto a mão e a deixo cair doze vezes sobre seu traseiro,com um pouco de força.

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   O ajudo a se levantar e ele me encara surpreso, com uma cara de: “É só isso?”
  –O que foi? -Pergunto lhe sorrindo um pouco.
  –Já acabou? -Ele me encara desconfiado.
  –Hey você acha mesmo que eu tenho coração para castiga -lo como você merece  agora?
   Tyler nega com a cabeça e pouco a pouco um sorriso escapa de seus lábios, ele me abraça.
  –Não repita mais o de hoje Tyler... Você não pode brincar assim com a sua saúde.
  –Está doendo um pouco... -Se queixa com a voz baixa e o rosto escondido em meu peito.
  –Eu não usei quase nenhuma força campeão.
  –Você fala isso porque não foi com você. -Diz ele mimoso. Sou obrigado a rodar os olhos, esse meu filho não tem jeito mesmo. Sorrio, o amo tanto por isso. Tyler sempre foi um pouco “cara de pau” mesmo, sempre foi desinibido e pícaro. E esses são apenas alguns de seus encantos, alguns que me cativam por completo. Eu tinha dezesseis anos quando descobri que Robin estava grávida, ela disse que não poderia cuidar do bebê... E como eu era o pai ela pensou que eu pudesse cria -lo, caso contrário o mandaria para que Sony o fizesse. Sony é uma ótima pessoa, mais eu nunca deixaria meu filho crescer em um lar para garotos. Não seria justo com o bebê... Assim que fiz cargo do pequeno assim que ele nasceu. Papai gritou comigo até umas horas por eu ter sido tão irresponsável a esse ponto. Mais com os dias Tyler conseguiu o que quase ninguém havia conseguido. Conseguiu cativa -lo. Ele faz isso com todos que conhece...
   Sinto algo molhado em minha camisa,  delicadamente me separo um pouco dele, para poder mira -lo nos olhos. Percebo que Ty está chorando silenciosamente.
  –Hey pequeno, porque você está chorando? -Pergunto surpreso, eu não fui nem um pouco duro com ele.
  –Porque você ficou bravo comigo...bravo de verdade.
  –Eu não estou mais bravo tudo bem? Não precisa chorar. -Acaricio seu cabelo, encantado pela ternura do meu pequeno. Ele seca os olhos em minha camisa, eu sorrio por isso.
  –Você não está mais mesmo papai? -Pergunta me mirando nos olhos. Tyler se preocupava mais com o fato de eu estar bravo do que do fato de eu castiga -lo...isso sempre me surpreendeu, mais acho que já faz parte de sua personalidade.
  –É impossível ficar bravo com você por muito tempo.
   Ele sorri e se separa de mim, se sentando na cama.
  –Vou trazer seu almoço ok? Você já deve estar com fome.
  –Estou..mais eu posso muito bem comer lá na cozinha.. -Diz ele rodando os olhos.
  –Você fica aqui e eu trago..não quero que se esforce demais.
  –Dean eu não estou morrendo sabia? Eu posso muito bem andar até a cozinha.
  –Isso não e discutível Ty, eu já volto tudo bem?
   Ele cruza os braços com uma expressão contrariada no rosto, mais assente de forma positiva.

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