Conversas de pai e filho

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Olá meus amores. Alguns de vocês já devem ter visto, tenho uma nova spankific no meu perfil. Se chama "Lances da vida". Caso alguém queira ler, é só dar uma olhadinha lá :D
Espero que gostem desse capítulo, avisando que no próximo teremos certo gêmeo em problemas.
Espero que gostem!
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POV Dean

   Já se faz uma semana que Robin e as crianças estão aqui.
   Papai quase me matou quando soube que eu tinha permitido que uma demônio ficasse aqui. Eu expliquei toda a situação, e a contragosto ele aceitou. Mas não demorou para sair daqui. Disse que iria passar alguns dias com o Bobby, que uma caçada ajudaria. Porque ficar no mesmo lugar que um desgraçado de olhos pretos não era para ele.
   Sam teve menos dificuldade para aceitar tudo isso, principalmente por causa das crianças. Selamos os poderes delas, assim como fizemos com Joey, quando o mesmo chegou aqui.
   Joey tem andado mais tranquilo ultimamente, embora ele quase surte com os filhos as vezes. A tristeza que estava o tomando semana passada, parece ter passado. Acho que as crianças fizeram isso... Acabaram por distrair meu filho.
   Tyler por outro lado, segue normalmente, a não ser quando se encontra no mesmo ambiente que a mãe. Meu filho acaba se tornando extremamente mau educado.
   Eu não o julgo por isso, afinal ele tem esse direito. O problema é que isso já está passando dos limites.
   Robin, ela não está dando problemas. A não ser o fato de estar passando muito tempo com Joseph. Eu não gosto disso. Nem um pouco.
  — Nonno! – Alex entra correndo na cozinha, abraçando minhas pernas. O pego no colo, me apeguei muito as crianças, especialmente com Alex. Ele me lembra muito Ty quando pequeno. E isso me encanta! É como voltar no tempo... Alex me chama de Nonno ao invés de vovô. Robin disse que as crianças aprenderam algumas palavras em italiano, graças a Keyzel. Para ser sincero, Nonno soa melhor que avô. Embora tenha o mesmo significado.
  — O que foi pequeno?
  — Papai quer fazer pam pam em eu! – Choraminga ele, pouco antes de Joey entrar na cozinha segurando alguns livros em suas mãos.
  — Alex, eu avisei que não podia mexer nisso! São meus livros do colégio!
  — Dicupa papai... Eu queria desenhar...
  — Eu te dei algumas folhas para isso! – Joey está de fato irritado. Meu filho tem uma facilidade tremenda de se irritar com o filho. Já com Mel não. Joey nunca encostou um dedo na menina. E ela é bem travessa!
  — Mas o livro era maior..
  — Venha, vamos conversar no seu quarto.
  — Filho... Se você quiser eu posso cuidar disso.
  — Mas esse não é o seu dever papai...
  — Joey, vai estudar. Você não tem prova amanhã?
   Ele concorda com a cabeça.
  — Então vai. Não se preocupe com as crianças. Eu fico de olho nelas. Não quero notas vermelhas no seu boletim.
   Joey sorri levemente.
  — Obrigado papai...
  — Não me agradeça. Onde está a Mel?
  — Está desenhando também...
  — Peça para ela descer... Vou colocar um desenho para ver com eles.
   Joey faz uma careta.
  — Ela não vai querer...
  — Joey, manda ela descer. – Falo mais sério. Ele não vai conseguir se concentrar cuidando de crianças. Melissa não desgruda do pai, e eu sei que Joey faz tudo o que ela quer. Ele se encantou pela pequena.
  — Tudo bem... Ah, Tyler saiu. Ele pediu para avisar que não chegará para o almoço.
   Oi? Como assim Tyler saiu? Ele não me pediu permissão para sair...
  — Como assim Joey?
  — Assim o que? Eu só estou passando o recado papai...
  — Para onde ele foi? Porque não falou comigo?
  — Não sei... Eu preciso ir agora, tenho que estudar! – Joey sai sem que eu tenha tempo para replicar. Aposto que ele fez isso para não ter que entregar o irmão. Suspiro, quando Tyler chegar eu converso com ele. Ele não pode sair assim, e sabe perfeitamente disso.
   Encaro Alex que tem os olhinhos brilhantes.
  — E você, porque desobedeceu o seu pai?
  — O livro é melhor nonno...
   Me sento na cadeira e o coloco de pé na minha frente.
  — Seu papai te avisou que não podia Alex. Não repita mais isso, os livros são importante. –Dizendo isso abaixo a calça do seu pijama, vejo que Alex ainda está de fralda.
   Sim, embora meu neto tenha quase quatro anos, ele ainda usa fralda para dormir. Mel já largou segundo Robin, mas Alex ainda não.
  — Seu pai não trocou sua fralda ainda?
  — Eu non fez pipi hoje! – Fala animado. Sorrio e bagunço seus cachinhos.
  — Muito bem bebê. Daqui a pouco não irá mais precisar usar isso para dormir. – Falo tirando a fralda dele. Eu não ia tirar sua roupa, mas Joey o castiga assim. Achei melhor fazer como ele, Alex já está familiarizado com isso.
  — Nonno... Non faz pam pam em eu... –  Choraminga ao perceber minhas intenções.
  — Você desobedeceu Alex. Não pode fazer isso. Se não vai receber pam pam sim mocinho.
   Alex começa a chorar baixinho, o coloco deitado de bruços sobre minhas pernas. Levanto a mão e deixo uma sequência de palmadas caírem sobre seu bumbum desnudo.

SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT

   Paro, cinco palmadas são suficientes para ele entender que não pode mexer nas coisas. Não usei muita força, mas Alex está chorando de forma sentida.
  O levanto e subo sua roupa, o abraço forte.
  — Prontinho bebê... Já passou...
   Alex me abraça escondendo o rostinho em meu peito.
   Não demora mais que dez minutos para ele se acalmar.
  — Dicupa nonno...
  — Tudo bem meu amor... Já passou ok? É só você não fazer mais.
   Alex sorri fraco e concorda com a cabeça.
  — Cadê sua irmã? Já era para ela ter descido...
   Alex abraça meu pescoço. Me levanto e caminho em direção ao quarto de Joey.
   Entro no cômodo e vejo meu filho sentado no chão, escrevendo algo no livro, enquanto Melissa brinca ao seu lado com alguns cubinhos. Reparo que ela não para de falar, atraindo a atenção se Joey a cada cinco segundos.
  — Papi, olha só o que eu fez! – Interrompe ela, pela sétima vez num intervalo de dois minutos.
   Joey suspira e olha, sorri para a menina.
  — Isso Mel, parabéns! – Ele volta a escrever no livro.
  — Joey? – Chamo sério.
  — Papai... Alex está dando problemas?
  — Não, o Alex está bem. Vim buscar o Mel.
  — Ela está bem papai... Pode deixá-la aqui.
  — Joey, já conversamos sobre isso. Vem com o nonno Mel.
  — Non... Eu quer meu papai!
  — Seu papai está estudando agora. Venha, eu vou colocar um desenho para a gente assistir.
  — Papi... A Mel non quer ir... – Choraminga ela, abraçando o pescoço de Joey. Meu filho me encara com um olhar pidão.
  — Deixa ela ficar papai...
  — Eu já disse que não. Depois que você estudar ela volta. Venha Melissa!
   Ela se levanta choramingando. Ela está usando somente uma calcinha rosa de babados e uma camiseta cinza com um ursinho cor de rosa na frente.
   — Papai, ela está chorando! Viu só o que você fez? – Joey se levanta me mirando feio.
  — O que eu fiz?? Joey você não está conseguindo estudar com as crianças aqui. Eu só vou distrai-las até você terminar!
  — Mel não quer ir!
  — Não é questão de querer!
  — Nonno... Papai bravo. –Murmura Alex baixinho, se agarrando mais a mim. Acaricio seu cabelo.
  — Não se preocupe bebê... Vêm Mel.
  — Eu non quer nonno... –Choraminga.
  — Você não precisa ir princesa.
   Joey me encara de forma desafiante. Ele pensa que pode me intimidar com isso?
  — Joseph, a menos que queira ganhar umas boas palmadas na frente dos seus filhos, eu sugiro que pare de birra e o volte a estudar. – Aviso sério. Joey me encara durante alguns segundos, como se estivesse avaliando se eu cumpriria mesmo a ameaça.
— Pai... Ela vai ficar chorando e eu não quero que minha princesa chore... – Reclama Joey, baixinho.
   Coloco Alex no chão:
  — Bebê, leve sua irmã para assistir o filme lá na sala. O nonno já está indo. Mel não vai adiantar chorar pequena. Vai com seu irmão que depois o nonno deixa você escolher os desenhos. – Proponho sorrindo de forma doce para ela.
   Mel sorri ao me ouvir e corre com Alex para fora do quarto, nos deixando sozinhos.
   Me aproximo de Joey e seguro em sua mão.
  — Filho. Nem sempre podemos evitar o choro dos nossos bebês, você não pode fazer tudo o que Melissa quer. Você é o pai aqui, não ela. Mel tem que aceitar o melhor para ela... E você precisa aprender a colocar limites. Como que com Alex você consegue?
  — Mel é diferente .... Eu amo os dois igualmente papai... Mas Mel é mais frágil e precisa mais de mim. E eu não quero fazê-la chorar...
   Eu entendo ele... Não há coisa pior no mundo do que ver seu filho chorar. Ainda mais quando a culpa é sua.
  — São fases necessárias Joey. Você precisa colocar limites ok?
  — Mas é difícil papai... Eu não sei se consigo. –Murmura baixinho.
  — Claro que consegue campeão... Você se importa com eles e isso é o que importa. Por esse mesmo motivo você deve se esforçar para cria-los direito Joey. Igualmente filho. Eu notei que você é muito mais tolerante com sua filha.. Mas Alex também é seu filho Joey. Seja mais paciente com ele... Ele só quer sua atenção.
   Joey me encara durante alguns segundos, e concorda devagar com a cabeça.
   Sorrio e beijo seus cachos.
  — Agora estude, e assim que terminar pode ir ficar com eles ok?
  — Ok... Obrigado papai. – Joey me abraça, acho que ele entendeu a onde eu quero chegar.
  — Não me agradeça filho... Agora estude. Quero uma nota boa no seu boletim.
   Joey sorri e coloca os livros sobre a cama. Suspiro e desço. Encontro as crianças com Robin na sala. Olho as horas. Está ficando tarde e nada de Tyler aparecer. Quem ele pensa que é para sair assim e sem me avisar? Espero que ele tenha tido um bom motivo para sair assim, ou vamos ter uma séria conversa quando ele chegar em casa.

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