Decepções e surpresas

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Hey meus amores aqui está outro capítulo, não poderei postar amanhã então deixarei esse aqui pra vcs.
Espero que gostem, comentem e votem, fico feliz em saber o que estão achando. Sejam sinceros :)

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POV Tyler

   Meu coração está acelerado, parece que vai saltar pela boca. Estamos prestes a entrar em campo, hoje eu preciso dar o melhor de mim, impressionar a todos... principalmente aos mentores. Eles tem o meu futuro em suas mãos.
   O técnico nos reúne, grita um pouco, fazemos o grito de guerra...trocamos algumas palavras e quando vejo já estamos dentro do campo. Vejo tudo passar por mim como se fosse um filme, apenas imagens e o grito dos torcedores. A platéia está lotada, eles gritam e aplaudem. Como eu gosto disso.
   Corro meus olhos pelas pessoas ali presentes, a maioria eu não conheço...vejo tio Cass aplaudindo e gritando... Charlie faz o mesmo com um cartaz escrito meu nome...e...e onde está meu pai?
  –Tyler o que está fazendo? Venha logo! -Grita o técnico. Balanço a cabeça e obedeço, papai deve estar atrasado só isso.
   Mas não era só isso, conforme os minutos vão passando, o jogo começa e de cinco em cinco minutos eu olho para a arquibancada procurando meu pai...e ele não está lá. Porque ele não chegou ainda?
   Perco a bola pela quinta vez consecutiva, e solto um palavrão. Olho para a platéia e nada do meu pai, os mentores estão sérios...eu não posso continuar assim, estou perdendo... não posso perder.
   Recupero a bola e corro pelo campo, preciso dar o melhor de mim, Dean vai aparecer e quando isso acontecer eu preciso estar ganhando.
   Com esse pensamento em mente foco toda minha atenção no jogo. Quando faço isso meus passes melhoram umas mil vezes. Tudo depende da concentração...o mais importante agora é eu me sair bem.
   Conforme os minutos se passam, vou marcando cada vez mais pontos, está fácil...muito mais fácil agora que estou com a cabeça aqui.
   Marco mais um ponto antes do sino tocar anunciando o fim do primeiro tempo. Ouço o público aplaudir e urrar. Sorrio e grito para eles de volta. Volto minha atenção para a arquibancada, mas meu pai não está lá...e nem tio Cass...o que houve? Será que ele não está gostando?
   Fecho os olhos, se papai não chegou até agora, não chega mais. Ele prometeu que viria... me prometeu. Sinto meus olhos lacrimejantes, ele não veio.
  –Tyler, venha beber água rapaz. -O treinador me chama, obedeço no automático -Continue assim tudo bem? Os mentores estão adorando...se você continuar assim com toda certeza vai ser convidado a entrar em Havard ano que vêm.
   Concordo com a cabeça, era para eu estar pulando de alegria ao ouvir isso...mas não estou. Tudo isso era para impressionar meu pai...para deixa-lo orgulhoso...para ele ver que sou bom nisso...ele deveria estar compartilhando essa alegria comigo. E a única que está aqui é a Charlie, ela está gravando tudo. Essa era a função de Dean.
   Voltamos para o jogo, dou uma última olhada para o lugar vago onde era para papai estar. Balanço a cabeça. Ele não vai vir, mais Charlie está comigo. E eu ainda quero ganhar a beca esportiva em Harvard, agora mais do que nunca. Todos querem um aluno de Harvard. Quero começar medicina, e me tornar o melhor médico, salvar mais pessoas do que possa contar.
   Me coloco em posição, Dean não está aqui, mais eu preciso terminar o jogo. Se ele não se importa com isso, eu me importo.
   Ouço o sino tocar e o jogo recomeça. Dou tudo de mim no segundo tempo. Marco ponto atrás de ponto, traço as melhores estratégias e quando percebo o jogo já terminou. Ganhamos.
   O povo aplaude e grita... ouço meu nome em coro. O time se aproxima ao meu redor e me abraça com euforia.
  –Ganhamos... estamos na final! -Eles gritam rindo felizes.
  –Winchester venha aqui! -Chama o treinador.
  –Tyler, vamos comemorar meu amigo! Festa lá em casa hoje. -Grita Freddy contente. Balanço a cabeça afirmativamente e me despeço com um aceno de mão. Vou até o treinador que me abraça.
  –Pelo jeito você vai entrar Tyler!
   Ele me leva até os homens, dois deles são mentores, o outro é o técnico do time da universidade. Eles estão conversando entre si.
   Os três se levantam quando me aproximo. Os cumprimento com um aperto de mão firme.
   Aperto de kung fu, como diz o meu pai...meu pai que não está aqui.
  –Somos de Harvard e adoramos o jogo... você foi incrível Winchester...e é com um enorme prazer que o convidamos a fazer parte da universidade de Harvard... você pode entrar no time de lá e escolher um curso para cursar na universidade usando a beca esportiva.
   Eu entrei. Eu entrei em Harvard!
   Sorrio para eles.
  –Obrigado... vocês não fazem idéia do quanto isso significa para mim.
   Eles me sorriem de forma amigável.
  –Seus pais estão por aqui?
  –Não...eles não puderam vir.
  –Seria bom parabeniza-los por isso...mas podemos deixar isso para outro dia.
   Concordo com a cabeça me controlando ao máximo para parecer que realmente estou contente. Mais a verdade, é que a única coisa que eu quero é sair logo daqui.
  –Esperamos te ver em Harvard ano que  vêm... parabéns.
   O diretor, os professores e o treinador me parabenizaram. Assim como os mentores antes de deixarem o a arquibancada.
   Eu entrei. Fui aceito...eu deveria estar mais feliz. Vou até Charlie que me espera sorrindo. Sem dizer uma palavra a abraço fortemente e estando em seus braços começo a chorar. As lágrimas caem livremente, e eu finalmente desabo.
   Não são precisamente lágrimas de alegria, é um choro de tristeza reprimida. Uma tristeza que senti desde o momento em que notei o lugar reservado ao meu pai vazio. Estou chorando pelo simples fato dele não estar aqui comigo num momento como esse.

POV Dean

   Grande foi a minha surpresa ao ver Sam, papai e Tyler passarem pela porta. O que meu filho está fazendo aqui? Ele deveria estar no jogo... Eu deveria estar no jogo!
   Mas ao olhar atentamente para eles noto com horror que aquele dali não é Tyler... Era idêntico a ele, mas não era ele. O cabelo tinha o mesmo cumprimento, as roupas eram diferentes, além do fato dele estar um pouco sujo. Mas o que fez eu me dar conta que aquele ali na minha frente não era o meu filho foi o olhar. Os olhos grandes e verdes eram os mesmos, mas o olhar era diferente. Nos olhos daquele garoto idêntico ao meu filho haviam fúria e ódio...uma frieza que não existia em Tyler. Sua boca estava amordaçada e havia uma algema apertando suas mãos.
  –Quem é esse? É um metamorfo? Porque trouxeram um metamorfo com a cara do meu filho para cá? E porque raios ele tem a cara do meu filho pra começo de conversa?
  –Calma Dean. -Pede papai.
  –Ele não é um metamorfo. -Completa Sam.
  –Mas também não é o meu filho.
  –Sim Dean, ele é o seu filho. -Continua Sam.
  –Esse daí não é o Tyler Sam, eu tenho certeza.
  –Eu não disse que era o Tyler Dean, eu disse que era seu filho...assim como Tyler.
   Do que ele está falando? Sam sabe que eu tenho apenas um filho, Tyler. Esse daí não é nada meu, é algum monstro que roubou a aparência do meu filho... Não acredito que eles estão acreditando nisso.
   Pela primeira vez desde que o vi reparo nos símbolos gravados em sua algema, espere um pouco, eu conheço essa algema. É parecida com uma que temos aqui, mais a cor é diferente.
  –Droga Sam, é um demônio...! Um demônio possuiu o meu filho? -Indago já no borde do desespero. Sam se apressa em tentar me acalmar. Vejo o demônio rodar os olhos, como se achasse engraçado me ver assim.
  –É um demônio Dean, e também é metade humano...mais não é o Tyler...embora possua seus genes.
  –Do que você está falando? Ele não tem nada do Tyler! -Ao ver a cara de perplexidade que os três me lançam, sou obrigado e reformular minha resposta -A não ser a aparência física.
  –Esse é o Joseph, e ele é o irmão gêmeo de Ty...ele é seu filho Dean.

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