Hey amores, mais um capítulo para vcs, votem e comentem me dizendo o que acharam, quero muito saber se estão gostando :)
Bjoss e abraços meus amores!
_______________________________________POV Dean
Eu nunca me senti tão completo em toda a minha vida. Hoje foi um dia bem intenso, graças a Joey recuperei meu filho novamente. Os gêmeos passaram o resto do dia juntos, e Joey não fez nenhuma tentativa de fugir daqui. Ainda assim, preciso ficar de olho. Tirando o fato de que ainda tenho que conversar com ele... Segundo meu irmão, o garoto está machucado e eu preciso averiguar o quão sério isso é.
Vejo como meus meninos conversam, sentados na cama de Tyler. Ambos ainda não perceberam minha presença. Os dois estão usando roupas de Tyler, o que me faz recordar que preciso levar Joey para fazer compras. O garoto não pode ficar usando as roupas do irmão para sempre.
Ao vê-los assim qualquer um pode se confundir, a única diferença são as marcas na boca de Joey... Falando nas marcas, tive uma ideia para se livrar delas, não me agrada nada ver meu filho assim toda vez que olho para ele.
Toco levemente na porta, que se encontra aberta. Atraio a atenção dos gêmeos quase instantaneamente, ambos me encaram ao mesmo tempo.
–O que estão fazendo? -Pergunto entrando no local.
–Só estamos conversando... -Responde Ty, exibindo um sorriso grandioso.
–Fico feliz que vocês estejam se entendendo tão bem. -Digo com sinceridade.
–Desembucha Dean, o que você quer? -Indaga Joey sem tirar os olhos de mim. Tyler lhe encara com a surpresa estampada no olhar.
–Joey...Segura o tom. -Murmura. Tyler não está acostumado com tanta hostilidade. Meu pequeno é muito bem educado e dificilmente falaria comigo nesse tom. Mas não posso ficar bravo com Joseph, ele esta acostumado com outras regras e para ele eu não passo de um estranho. Tenho que ter muita paciência com ele, embora esse não seja o meu forte.
–Tyler fique fora disso. -Retruca Joey ainda me encarando.
–Não Joey, eu não vou ficar porque estou tentando te poupar de certas coisas!
–Me poupar? -Joey ri -Fala sério Ty, o que seu pai poderia me fazer comparado ao que você viu?
Por incrível que pareça Tyler se cala, achei que ele ia responder com outro comentário inteligente, mais dessa vez apenas se calou. Isso foi estranho. E o que foi que Tyler viu?
–Meninos esqueçam isso... Ty, eu gostaria de falar com o seu irmão a sós...
–É a primeira vez que sou expulso do meu próprio quarto. -Diz ele exagerando na incredulidade. Sei que está brincando. Ty se levanta e sorri para mim.
–Tenha paciência com o irritadinho aí. -Murmura em tom brincalhão. Vejo o travesseiro voar no ar, passando por mim e indo na direção de Tyler que desvia o corpo. Pega o travesseiro e joga de volta no irmão, pouco antes de correr para fora do quarto.
–Não adianta correr, eu te pego assim que Dean me deixar em paz! - Grita Joey sorrindo de forma divertida.
Sorrio, é muito bom ver que eles já criaram certa confiança. Joey não se abre para ninguém, mais parece que Ty conseguiu quebrar essa barreira.
–E então... Sobre o que quer falar?
–Sobre muita coisa... Mal conversamos desde que você chegou. -Respondo me sentando de frente para ele na cama.
–Eu prefiro assim...
–Joey, você gostando ou não eu sou seu pai. E isso não vai mudar. Porque você não me dá uma chance?
–Dean porque você não me esquece? Keyzel vai vir me buscar e eu prefiro que você não se machuque... Tyler precisa de você vivo. Meu pai deve estar furioso depois de tudo o que aconteceu. É só você me deixar em algum lugar longe daqui... Eu prometo que quando ele me encontrar não vou dizer nada sobre você.
–Do que você está falando? Eu nunca te abandonaria. E eu quero que esse tal de Keyzel apareça, quero poder acabar com ele com minhas próprias mãos.
Eu não gosto do monstro que criou meu filho, ele roubou dezesseis anos que eu poderia ter passado com Joey... E dezesseis anos não são dezesseis dias. É muito tempo...
–Você não está sendo racional Dean... -Murmura ele balançando a cabeça.
–Estou sendo mais racional do que nunca. Seu lugar é aqui comigo.
Joey me encara fixamente durante alguns segundos, em seguida abaixa a cabeça enquanto brinca com um fio solto do travesseiro.
–Sabe Dean, eu não quero mais conversar. Se era só isso que você queria então pode ir embora. -Indaga ele voltando a levantar a vista. Pronto, o garoto revoltado estava de volta.
–Você não pode me expulsar daqui, então nem tente. -Provoco.
–Oras Dean, não me tente.
Decidi ignora-lo. É melhor eu ir direto ponto.
–Sam me disse que você está machucado.
–Sam não sabe de nada. -Seu tom é agressivo.
–Pelo contrário Joey, ele sabe de muita coisa... Mais assim como eu, seu tio quer saber quem causou isso.
–Isso não é da sua conta e nem da dele...
–Joseph eu estou tentando ser paciente...Mais você não colabora. Eu me preocupo com você. Agora me mostre as feridas e me diga quem as fez. -Minha voz saiu firme. Pensei que Joey fosse rebater, mas ao invés disso ele roda os olhos antes de suspirar e responder.
–Cara você é muito chato sabia? Não sei como Tyler te aguenta.
Não penso, apenas lhe agarro pelo braço e faço com que o mesmo se levante. Deixo três palmadas caírem sobre seu traseiro, mas confesso que quase não usei força. Serviu apenas como um aviso.
–O que pensa que está fazendo? - Murmura ele surpreso e se livrando do meu agarre.
–Te dando um aviso, continue assim que te dou a versão completa. Agora pare de birra e me mostre esses machucados.
Ele me olha visivelmente emburrado.
–Eu já ia mostrar, não precisava fazer isso...
–Eu acho que precisava sim, já aturei muitas respostas mal educadas vindas de você garoto.
Ele não responde, simplesmente tira a camisa e a joga sobre a cama.
–Feliz agora? -Indaga cruzando os braços.
–Longe disso filho... -Minha voz sai tão baixa que tenho dúvidas se Joey realmente me ouviu. Lentamente caminho até ele sem tirar os olhos das cicatrizes antigas e recentes que cobrem seu torso. É muito pior do que imaginei. Joey tem um corpo sarado, o peitoral robusto... Não sei como deixou que alguém fizesse isso. O que estou pensando... Há grande chances do infeliz que fez isso ser uma criatura e não alguém.
Toco em uma cicatriz média, que atravessa seu umbigo. Ela é diferente das demais..
É fina e parece ser um corte.
–Essa é diferente... -Deixo escapar.
–É sim... Ele acertou uma garrafa de vodka em mim, eu estava sem camisa, ela quebrou e acabou cortando a pele. Pensei que a marca sumiria mas não sumiu.
–Quem fez isso? -Indago indignado enquanto sinto a raiva subir. Quem fez isso com o meu filho vai se arrepender!
–Dean... Eu não quero falar sobre isso. - Responde ele caminhando até a cama e pegando sua camisa. Vejo que suas costas estão tão marcadas como o peitoral...Talvez até mais.
–Te torturaram??
–O que? Não Dean... Eu acho que não.
–Como assim você acha que não? Te maltratam e você não sabe dizer se foi tortura ou não? Isso está óbvio Joseph.
Sei que sooei irritado e alterado, mas não consegui me controlar. Estou muito nervoso, se me tirarem do sério vou acabar quebrando um hoje. Não me conformo com isso...Que tipo de monstro faria isso com uma criança? Joey é rebelde e impulsivo, mas é um bom garoto, disso eu não tenho dúvidas. Como alguém é capaz de causar tanto dano a uma pessoa?
Ele parece se assustar um pouco ao me ver assim. Veste a camisa e se senta na cama.
–Ele me bateu porque eu fui um idiota. Foi um castigo...
Joey abaixa a cabeça e seu tom é quase inaudível. Me obrigo a manter a calma. Meu filho não tem culpa do que fizeram com ele.
Me sento ao seu lado e respiro fundo antes de falar:
–Filho... Isso que fizeram com você não foi um castigo... Te golpearam com o que? -Meu tom de voz saí contido, não quero ser brusco com ele, Joey não fez nada de errado. Preciso assumir meu papel de pai e apoia-lo.
–Com um cinto... Um cinto grosso e feito de couro. -Responde sem levantar a vista para me encarar. Ele parece tão frágil agora... Tão vulnerável. Pela primeira vez sinto falta do Joey irônico... Mais percebo que ele é apenas uma casca.. uma forma de se proteger que Joey arrumou para si.
–Joey, eu já castiguei Tyler com um cinto de couro...E te garanto que nunca deixei um hematoma sequer nele. Pelo menos não em uma surra. Pode perguntar a ele se quiser... Passaram do limite com você filho, e eu vou matar o desgraçado que fez isso.
–Não... Você não vai. Dean, ele não fez por mal... Foi a fivela do cinto que causou as piores feridas... Não foi culpa dele.
–Não foi culpa dele? Joey te machucaram muito e pelo jeito o monstro que fez isso teve perfeita consciência disso.
–Agora não importa mais. É o jeito que ele me castiga. E você não tem o direito de julgar ninguém.
–Como não? Eu sou o seu pai! -Indago me levantando irritado. Por que ele age assim? Parece que o velho Joey voltou.
–Grande merda Dean... Você tem o direito de agir assim com Tyler, porque você o criou. Mas não funciona do mesmo jeito comigo. Por acaso você acha que eu gosto de receber uma surra quase diariamente? Eu não gosto...Eu odeio. Mais não sou eu quem decide meu castigo e muito menos você.
Me surpreendo, quase diariamente? Cada vez tenho mais medo de saber com que tipo de gente meu filho viveu por tanto tempo...
–Joey...
–Dean eu não quero mais conversar... Você já viu o que queria ver.
–Você não vai mesmo me contar quem foi?
–Foi a mesma pessoa que me amordaçou. Outro dia conversamos sobre isso Dean...Agora não, eu preciso de um tempo ok? -Ele está nervoso, seus olhos estão lacrimejantes e eu não vou obriga-lo a me dizer... Não nesse estado.
–Essa conversa ainda não acabou Joey... Mas pode ir se quiser, você precisa se acalmar.
–Eu não sou o único. -Murmura saindo do quarto, me deixando sozinho.
Me sento na cama, sem saber o que fazer. Acabo de descobrir que meu filho recém descoberto foi maltratado... Provavelmente por muito tempo. E o pior de tudo é que ele não me diz quem foi o culpado disso. Embora ligando os pontos tenho quase certeza do responsável por tudo isso. De acordo com Joey, essa pessoa tinha o direito de castiga-lo... Ele só pode estar falando do vampiro que o criou. Mais por outro lado, os vampiros vivem em grupo...Ou seja o grupo é como uma grande família. Qualquer um poderia ter feito.
Joey parecia tão indefeso falando sobre o tema... Eu deveria te-lo abraçado e mostrado que estou aqui agora. Me levanto, vou dar um tempo para ele e mais tarde vou verificar como ele está. Enquanto isso preciso contar a Sam o que descobri... Preciso me desabafar para alguém, e como eu sempre digo, Sammy faz um ótimo papel de piscólogo.
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Construindo uma família
FanficOnde Dean Winchester tem um filho de dezesseis anos, um adolescente que ama se meter em encrenca. Veremos Dean assumir seu papel como pai, seja para amar e proteger, como também para disciplinar seu pequeno encrenqueiro. Uma história recheada de sur...