POV: Tyler
Passei os últimos dias de repouso embora em minha opinião fosse totalmente desnecessário. Eu já me sentia melhor, agora estou totalmente curado segundo o doutor Matt. Só assim mesmo pra papai relaxar um pouco.
Acabei de falar com Freddy, um dos meus melhores amigos de infância. Vamos nos encontrar no centro da cidade dentro de vinte minutos. Acho melhor eu ir comunicar isso ao meu pai... Tomo um banho rápido, visto uma calça jeans escura, camisa branca e uma jaqueta de couro por cima. Calço meu all star e abro meu armário. Pego minha mochila preta que está jogada num canto. Pego meu celular antes de sair do quarto com a mochila nas costas.
–Dean! -Chamo saindo do meu quarto. Não faço ideia de onde ele pode estar.
–Dean não está!-Ouço um grito de resposta vindo do quarto do meu tio.
Entro sem bater e o vejo arrumando sua cama.
–Tio, onde meu pai está? -Pergunto curioso.
–Saiu com seu avô...Foram atrás de algumas armas que precisamos.
–Humm...Acho que você pode me ajudar então.
–Claro...Do que precisa?
–Que me leve até o centro... Freddy vai me encontrar lá em menos de vinte minutos.
–E porque ele não vem aqui?
Essa é uma boa pergunta...Os pais de Freddy são amigos da família, meu pai e meu tio destruiriam um fantasma de sua casa a anos atrás. Desde então somos amigos, Freddy é o único que sabe sobre quem minha família realmente é. Por tanto tem passe livre para o bunker.
–Queremos nos divertir um pouco... Só isso.
–O que vocês estão tramando Ty? -Pergunta desconfiado, abro a boca para responde-lo mais ele me interrompe antes.
–Quer saber? Eu não quero saber...Quanto menos eu souber, melhor. -Sorri ele pegando sua jaqueta -Vamos.
Sorrio animado, é bom saber que posso contar com meu tio. E ele tem razão, quanto menos ele souber melhor.
–Espere... Você não prefere ir sozinho? Eu posso emprestar o carro. -Diz dando de ombros.
–Papai não vai gostar de saber que estou sozinho e com o seu carro. -Provoco, ele sorri e me joga a chave.
–Eu cuido do seu pai...Se divirta e não chegue muito tarde, sabe como ele fica quando você chega tarde.
–Tudo bem..Valeu mesmo tio Sammy. -Lhe dou um abraço rápido pouco antes de deixar o bunker.
Entro no carro, jogo a mochila no banco e ligo o som no último. Droga, que música é essa? Não acredito que o tio escuta Vicent Vince... Tiro o CD e coloco outro, um do ACDC...Ainda bem que tive a brilhante idéia de deixar alguns CDs aqui.
Piso no acelerador, o carro do meu tio não corre muito, é mais bonito do que potente.
Tirei minha carteira de motorista a dois meses atrás...Mais já sei dirigir a quase três anos. Papai me ensinou caso um dia surgisse uma emergência.
Chego no centro cinco minutos adiantado, mais meu amigo já está ali. Ele é moreno tem cabelo castanho e encaracolado. Seus olhos são verdes e o seu físico é parecido com o meu. Visto que Frederick joga junto comigo no time do colégio. Deixei o carro estacionando perto daqui. Agora só temos que botar mãos à obra.
–Hey man, como você tá? -Pergunta ele vindo me cumprimentar.
–Bem melhor... Já me curei completamente.
–Então está pronto para a nova missão?
–Eu nasci pronto Freddy...Conseguiu se certificar de que não há ninguém na propriedade?
–Claro...O idiota do Suliver viajou ontem... Só voltará daqui a dois dias.
Sinto uma onda de exitação percorrer meu corpo, é sempre emocionante fazer isso.
–Já fizeram o pagamento? -Pergunto caminhando ao seu lado em direção a casa de Suliver.
–Já sim...Cinquenta dólares...Metade para cada um.
Freddy e eu temos um trabalho nas horas vagas...O problema é que é um trabalho ilegal. Nós ajudamos algumas pessoas e punimos outros.
Como no caso de Suliver. O imbecil é o advogado mais renomeado da cidade, ele tem uma casa belíssima, o carro do ano e muito dinheiro em sua conta bancária. Ontem Freddy estava no supermercado com a mãe quando viu Suliver gritar com uma menina na frente de todos, Freddy disse que ele foi muito grosseiro. Tudo porque a garotinha havia esbarrado nele sem querer. Segundo Freddy ela começou a chorar atraindo a atenção de todos. Resultou que essa menina é a irmã caçula de um colega de classe nosso, o cara pagou cinquenta dólares para que Freddy e eu possamos dar uma lição no advogado.
E é exatamente isso que iremos fazer hoje. E o cara merece, quem ele pensa que é para gritar sem motivo com uma menininha de seis anos?
–... Fiquei sabendo que os mentores de Harvard virão acompanhar o jogo desse mês.
–Eu sei...O treinador disse que devemos nos esforçar muito. -Respondo, observando a casa de Suliver. É um pouco isolada do resto da cidade, localizada em um bairro tranquilo.
–Você tem chances de impressiona-los...Pode até ganhar uma beca ano que vem. -Diz ele sorrindo enquanto tira um laptop da mochila. Começa a digitar rapidamente.
–Pronto, acabei de mandar uma mensagem para Blaine...E segundo ele, temos dez minutos livre antes dele invadir o sistema de segurança e congelar as imagens da câmera.
Blaine é o nosso melhor amigo, ao contrário de Freddy e eu, Blaine não joga futebol e muito menos prática algum esporte. Pelo contrário, ele é o típico nerd de óculos grandes e estatura média. Ele é o garoto da nossa idade mais inteligente que já vi. O conheço a quase cinco anos. E ele é extremamente confiável.
–E o que vamos fazer enquanto esperamos? -Questiono.
–Que tal me falar de como vai contar da beca ao tio Dean? -Responde ele com outra pergunta. Suspiro.
–Eu nem tenho essa beca ainda Freddy... Não vou me preocupar antes do tempo. E tenho certeza que ele ficará feliz por mim, caso eu consiga essa beca.
–Ele vai ficar feliz por você, mais o que ele dirá quando percebe que Harvard fica um “pouco” longe daqui?
Antes que eu pudesse responder, seu notebook apita. Ele sorri e volta a guarda-lo em sua mochila.
–Blaine é o melhor...Conseguiu em menos de cinco minutos algo que tinha previsão para dez.
Entramos na casa como se fosse a coisa mais normal do mundo, como se aquela fosse realmente nossa casa e não uma que estamos invadindo ilegalmente. Abro a porta usando um cartão de crédito, o que não foi difícil. Blaine conseguiu desativar o sistema de alarme.
Tiramos nossos materiais da mochila, esses materiais não são nada mais e nada menos do que diversas latas de spray. As paredes das salas são enormes e de um branco impecável. Elas serão um ótimo cenário para nossa mais nova obra de arte.
–Vamos começar? -Pergunto sorrindo, enquanto balanço uma lata de spray.
–É por isso que estamos aqui. -Diz ele com um sorriso cúmplice nos lábios.
Corremos em direção a uma das paredes da sala e não demoramos para começar o trabalho...Isso aqui vai ficar uma maravilha.
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Construindo uma família
Hayran KurguOnde Dean Winchester tem um filho de dezesseis anos, um adolescente que ama se meter em encrenca. Veremos Dean assumir seu papel como pai, seja para amar e proteger, como também para disciplinar seu pequeno encrenqueiro. Uma história recheada de sur...