Meu presente de páscoa para vcs amores, dois capítulos em um dia :D_______________________________________
POV Joey
Entro no banheiro um pouco tonto, e o fato de Dean ter me empurrado nada gentilmente para dentro do cômodo não ajudou muito. O fato dele entrar no banheiro junto comigo não me surpreendeu, e muito menos me incomodou.
— Tira a roupa Joey.
Obedeço sem dizer uma palavra, primeiro tiro a camisa e em seguida a calça. Já estou prestes a tirar a boxers quando ele chama minha atenção.
— Não precisar tirar a boxers se não quiser.
Levanto a cabeça lhe mirando diretamente nos olhos. Isso sim me surpreendeu, ele está querendo me dar privacidade? E porque Dean se importa com isso? Eu acabei de lhe desobedecer deliberadamente, se eu tivesse feito isso com Keyzel, com certeza ele já teria rasgado minha roupa e arrancado meu coro na vara. Sem se importar uma merda com a minha privacidade.
Eu realmente não me importo, dou de ombros e tiro a boxers também. Eu não sinto vergonha dele.
Dean parece surpreso com minha reação.
— Você é mais parecido com Tyler do que eu imaginei. -Diz ele -Seu irmão também não tem vergonha de quase nada.
— Eu tenho vergonha, mas não de você. É diferente. -Digo enquanto Dean liga o chuveiro e me coloca debaixo a água fria. Auu está gelada!
— Tem que ser tão gelada assim? -Pergunto, eu não costumo reclamar, passei minha vida toda tomando banho em água fria, mas agora realmente me incomodou. Talvez eu já tenha me acostumado com a água quente desse lugar. Ou talvez eu só tenha sido pego desprevenido.
— Tem sim, pense nisso na próxima vez que quiser beber! Caramba filho, mais de sete cervejas! -Indaga ele, e novamente sinto o tom irritado em sua voz. Só peço mentalmente que ele não decida soltar outra daquelas malditas palmadas em minha bunda! Aposto que molhado deve doer mil vezes mais. E isso sim fez eu me sentir estranho. Me deu a sensação de que tenho dez anos a menos do que os que realmente tenho. E me deu um pouco de vergonha também...
— Consegue tomar banho sozinho?
— Dean eu já disse que não estou bebado! É tão difícil assim entender? -Indago irritado. Por que ele acha que eu me embebedei? Nem foram tantas cervejas assim! Obviamente eu posso tomar um banho sozinho...
O problema é que meu tom de voz saiu mais alto e um pouquinho mais insolente do que eu gostaria. E Dean deve ter pensado a mesma coisa, porque me proporciona outra palmada.SWAT
— Aii! -Reclamo levando minhas mãos instantaneamente até minha bunda. Como eu havia imaginado, realmente dói muito mais assim. Me viro rapidamente, deixando meu traseiro bem longe de sua mão.
— Não foi isso que eu te perguntei Joey.
— Eu consigo tomar banho sem problema nenhum. -Resmungo irritado.
— Ótimo, tome um banho e me encontre lá na cozinha.
Assinto positivamente, mas porque na cozinha? Pensei que ele fosse me castigar... Que tipo de castigo acontece numa cozinha? Ai meu Deus, estou começando a ficar com medo do tipo de castigo que vou receber.POV Dean.
Nove garrafas de cerveja, ele tomou nove garrafas de cervejas! E o que mais surpreendente é que Joey realmente não parece bêbado. Como um garoto de dezesseis anos pode beber tanto e não sentir os efeitos do álcool?
Não vou tocar nessas garrafas, quero que ele conte quantas bebeu e tenha noção de como suas ações foram sérias.
Enquanto espero Joey descer, preparo um café forte e amargo para ele, tenho certeza que irá ajudar com o álcool.
Quase vinte minutos depois ele aparece, está usando uma calça de tecido mole cinza, e uma blusa branca de mangas no mesmo tecido. Reconheço ambas as peças de roupas como sendo a de dois dos pijamas que comprei a ele. Mais um ponto que os gêmeos parecem ter em comum, os dois adoram usar pijamas em casa. Segundo eles é muito mais confortável.
Joey para na porta da cozinha, seu cabelo está úmido e os olhos verdes fixos no chão. É tão estranho vê-lo com essa atitude, geralmente Joey é desafiante.
Pego uma xícara e coloco café até a metade.
— Pode sentar Joey, a cadeira não morde. -Digo esperando uma resposta irônica de sua parte, mas tudo que ele faz é se sentar á mesa.
Coloco a xícara preta a sua frente.
— Beba isso, vai te ajudar em relação as cervejas.
— Mas eu não gosto de café Dean. -Se queixa baixinho.
— Mas vai beber. O café ajuda a tirar o efeito do álcool do seu organismo assim como o banho gelado. -Explico em um tom mais suave.
— Mas Dean...
— Joseph!
Joey me encara com um olhar de dar dó, mas graças a Ty aprendi a me imunizar desse olhar de cão abandonado. Suspira e finalmente pega a xícara. Bebe um gole, fazendo uma careta.
— Eu tenho mesmo que fazer isso? Faz parte do castigo não é? -Pergunta com a voz chorosa. É a primeira vez que o vejo assim. Sorriu levemente por sua pergunta.
— Não faz parte de castigo nenhum filho, é só para te ajudar.
Ele não responde. Fecha os olhos e bebe tudo de uma vez. Ao contrário do irmão, que teria bebido aos poucos reclamando a cada gole.
— Pronto.
Bagunço seu cabelo carinhosamente.
— Como está se sentindo?
— Normal...
— Filho, quero que conte quantas garrafas tem ali.
Joey se levanta com um suspiro, encara as garrafas e segundos depois se vira para mim.
— Nove garrafas senhor. -Responde me surpreendendo. Senhor? Joey acabou de me chamar de senhor? Esse garoto muda completamente quando está em problemas.
— Você bebeu nove garrafas sozinho Joey, quando eu disse claramente para ficar bem longe delas. Agora suba para o seu quarto e me espere lá, vou te mostrar o que acontece quando me desobedecem.
— E... Eu não preciso.. não preciso... - Joey abaixa a cabeça, parece estar com dificuldades para terminar a frase.
— Não precisa o que filho? Papai está ouvindo... -Tenho perfeita noção que acabo de falar com Joey como se o mesmo fosse bem mais novo. Mas esse detalhe não me importa. E a Joey muito menos, porque o garoto simplesmente me ignorou e se dispôs a me responder:
— Eu não preciso ir buscar a vara?
— Que vara filho? Não tem vara nenhuma!
— Então você não vai me dar uma surra de vara? -Pergunta me encarando com surpresa estampada no olhar.
— Claro que não campeão... Hoje você terá que se entender com isso aqui. -Respondo lhe mostrando minha mão.
— Sem cinto? -Pergunta desconfiado.
— Sem cinto Joey... -Anuncio, e posso jurar que ele relaxou o corpo. Se não fosse a primeira surra que darei em Joey, com certeza teria usado o cinto, já que o mesmo serve exatamente para assuntos mais sérios. Mas não quero ser demasiado duro com ele na primeira vez. Então deixarei que minha mão faça o trabalho, mas será um trabalho bem feito!
— Melhor eu ir logo antes que você mude de ideia. -Murmura saindo da cozinha o mais rápido que pode. Respiro fundo, Joey sempre me faz pensar bastante. Eu nunca o castigaria com uma vara... Me lembro de uma única vez que usei uma vara com Tyler. Não foi planejado, eu simplesmente perdi a paciência. Não estava pensando muito aquele dia. Estávamos fazendo um churrasco em uma casa, perto de uma cachoeira. Era um dos “esconderijos” do Bobby. Tyler não sabia nadar, e até hoje não sabe. Eu tentei ensina-lo quando era menor e não deu muito certo. Então aproveitei a oportunidade e tentei novamente na cachoeira, já que eu acredito que seja algo extremamente necessário. Ele fez um show. Gritou que não iria entrar na água, fez bico e até chegou a chorar. Nessa época Ty tinha acabado de completar quinze anos.
Resumindo, ele discutiu feio comigo. Eu me irritei, já que só queria ajuda-lo. Então disse que se ele não queria aprender a nadar, estava proibido de entrar naquela cachoeira pelo resto do tempo que passaríamos ali.
Claro que Tyler não me obedeceu. Eu mal virei as costas e ele já estava dentro da água, tentando passar de uma pedra para outra.
Acabou que acabei pegando uma vara que estava no chão, a primeira coisa que vi. Mandei ele sair da água, coisa que ele hesitou ao me ver com o objetivo na mão. Mas sua hesitação não durou muito. Quando ele finalmente saiu da água, lasquei três varadas em suas coxas. Tyler não derramou uma lágrimas se quer, mais seu corpo todo reagiu a dor. Ele mordeu os lábios para não gritar. Tyler ficou o dia todo sem falar comigo, foi uma das poucas vezes que ficou realmente bravo comigo por causa de um castigo. Ele consegue ser bem orgulhoso e cabeça dura quando quer. Confesso que eu fui fazer as pazes daquela vez, já que havia me arrependido de te-lo golpeado com aquilo. Não ficou marca nenhuma, os vergões saíram poucas horas depois.
O fato é que eu nunca usaria uma vara para castigar os gêmeos. Caminho até o quarto de Joey. A porta está aberta e ele está de pé perto da cama, está de braços cruzados, e levanta a cabeça me olhando de forma nervosa quando entro.
— Você demorou.
— Por acaso você está ansioso para apanhar? Essa é nova em. -Provoco, e ele roda os olhos.
— Não estou ansioso para apanhar, é só que... Quanto mais rápido você começar, mais rápido termina e me deixa em paz. -Responde soltando um suspiro.
— Muito bem... -Me sento em sua cama, e faço um gesto com a mão direita para que ele se aproxime.
— Porque está sentado? Pensei que fossemos começar! -Indaga batendo o pé no chão.
— E vamos...Acho melhor te explicar meu método... Bom, toda vez que você se comportar mal eu irei te castigar. Dependendo da gravidade pode variar muito, desde ficar em seu quarto sem poder sair, até receber umas boas palmadas. Ou cintadas quando o assunto é realmente sério. Hoje serão apenas as palmadas, mais quero que saiba que estou fazendo isso só porque é a sua primeira vez. Faça algo como isso novamente e o cinto entra em cena campeão.
Joey escuta tudo atentamente, quando termino de falar ele balança a cabeça em sinal positivo, como se tivesse captado a mensagem.
— Agora vem a dúvida, como faremos isso? É bem simples, vou fazer com você do mesmo modo que faço com o se irmão. Você vai abaixar sua roupa, incluindo a boxers... -Antes que eu pudesse terminar ele já está abaixando a roupa -E em seguida se tombara de bruços sobre minhas pernas. Quando você estiver assim, começarei com as palmadas.
— O que? No seu colo? Você não pode estar falando sério Dean... Eu tenho quase dezessete anos!
— Isso não é discutível Joey. Você apenas obedece.
— Não Dean, isso é vergonhoso demais até pra mim! -Diz ele negando com a cabeça. - Eu pensei que você fosse me bater de pé mesmo, não assim! -Retruca indignado enquanto volta a subir sua roupa.
— Primeiro, a surra será das grandes e segundo, de pé eu poderia machuca-lo. E isso é a última coisa que quero que aconteça. Por mais que você não acredite em mim.
É estranho explicar algo assim para o seu filho. É pior ainda quando esse seu filho é um adolescente de dezesseis anos que te conhece a menos de um mês.
— Dean, eu não vou fazer isso... Não pode ser na cama? Ou em qualquer outro lugar?
— Joey se eu tiver que repetir, vai ser pior para você filho.
Ele solta um grunhido baixo, antes de voltar a abaixar a roupa e se tombar de bruços sobre minhas pernas.
— Filho, você sabe porque está recebendo esse castigo não é?
— Sim senhor... Eu bebi quando não deveria ter bebido.
— Exato. Você me desobedeceu com todas as letras. Pense nisso antes de repetir algo como fez hoje.
Dizendo isso levanto a mão e a deixo cair com força moderada sobre suas nádegas pálidas.SWAT
Joey se move levemente.
SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
— Você não pode beber sendo menor de idade Joseph, eu simplesmente não aceito isso.
— Aii, mas... Mas eu eu já estou acostumado Dean! -Choraminga ele, é bem visível que está se segurando para conter o choro. E não é pra menos, seu traseiro já está bem rosado, com certeza está doendo bastante. Não estou sendo precisamente suave.SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT Aiii SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT ta doendo muito Dean! SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
— Auu!
— Só porque você bebia antes não significa que vai poder beber aqui também. A partir de hoje, acabou as bebidas alcoólicas para você garoto. E coitado de você se me desobedecer novamente.SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
— Quando eu falo algo, é para ser levado a sério. Sem desobediências Joey.
SWAT SWAT AiiiSWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT SWAT
Paro ao ver como sua pele está vermelha, deve realmente estar doendo. Foi difícil para mim fazer isso, a única coisa que eu queria fazer, era mimar meus gêmeos até enjoar. Eles merecem apenas coisas boas. Mas não posso deixa-los fazer o que quiserem. Quero cria-los para que sejam bons homens, e se para isso eu tenha que agir assim, então que seja. Mesmo que me doa profundamente castiga-los.
— Você entendeu o que eu quis dizer, ou terei que continuar?
— Eu entendi senhor... -Sussurra com a voz quebrada -Já acabou?
— Sim campeão, já acabou. -Respondo acariciando seus cachos loiros.
Joey se levanta rapidamente, subindo a roupa no processo. Vejo como ele faz uma careta ao sentir o tecido encostar na pele.
Me surpreendo ao ver que ele não está chorando. Eu não peguei leve com ele, Ty em seu lugar estaria chorando a um bom tempo já.
Joey parece um pouco desorientado, suas bochechas estão bem coradas, o cabelo está desgrenhado e a expressão parece uma mistura de sentimentos. Não consigo decifra-los. Vejo como ele se afasta alguns passos sem tirar os olhos de mim.
— Filho, venha aqui. -Chamo suavemente. Quero consola-lo, mostrar que está tudo bem. Que ele não está sozinho.
Joey nega com a cabeça desconfiado, enquanto esfrega as nádegas com a mão esquerda. Isso o faz parecer mais novo.
— Você disse que... Que já tinha acabado.
— E já acabou...Eu só quero te dar um abraço, pode ser? -Pergunto com cuidado.
— E porque você faria isso? Você acabou de me dar uma surra porque eu te desobedeci. Porque me abraçaria? -Pergunta confuso.
— Porque agora é hora de te consolar campeão. Venha, eu não vou te castigar mais. Confie em mim filho.
Observo como ele me encara fixamente, como se estivesse pensando em minhas palavras. Pedi para que ele confiasse em mim... Será que Joseph me dará uma chance?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Construindo uma família
FanficOnde Dean Winchester tem um filho de dezesseis anos, um adolescente que ama se meter em encrenca. Veremos Dean assumir seu papel como pai, seja para amar e proteger, como também para disciplinar seu pequeno encrenqueiro. Uma história recheada de sur...