Ligados Por Uma Noite

Capítulo 7

    Uma semana depois e Brooke, Nathaniel e Heloise já eram melhores amigos inseparáveis. Ela descobrira coisas muito em comum com o casal, que continuavam mais apaixonados que o dia anterior.

Sentados os três no terraço do prédio, onde certa vez Brooke encontrou a entrada após seguir o faxineiro, eles entraram em um assunto aleatório.

  — Por que faculdade de publicidade Helô? — pergunta Brooke.

Pela ousadia e intimidade do trio, agora eles se chamavam por apelidos. Helô, Broo e Ed. Heloise resolvera chamar Nathaniel a partir do dia que se conheceram de Ed, pela incrível semelhança física com o cantor britânico tão querido. E ele gostara bastante.

  — Meu antigo professor de inglês apontou um dos meus trabalhos de artigos de publicidade como o melhor da turma. — começa Heloise. — Então me chamou para uma conversa e me pediu para fazer uma campanha qualquer, sobre qualquer tipo de produto. Quando terminei e apresentei, ele ficou muito impressionado e disse que era para eu entrar na faculdade San Geiger. — em seguida acrescentou. — Inclusive me orientou bastante para conseguir a bolsa.

  — Você é bolsista? — Ed pergunta.

Heloise acena. O terraço era banhado por uma leve camada do sol, enquanto Heloise se sentara de pernas cruzadas, Broo e Ed meio que deitaram um sobre o outro. Heloise já havia se acostumado com aquelas demonstrações de afeto entre eles.

Antes, seus antigos amigos se pegavam sem nenhum tipo de romantismo. E sempre ficou de escanteio por não ser tão ousada e sem vergonha, por isso com o tempo fora deixada de lado por eles. E se ver sem nenhum pretendente.

Isso até conhecer um garoto chamado Teddy Firth, que tinha acabado de se mudar para a casa ao lado da sua naquela época.

Teddy era um amor. Sorriso fácil, cabelo do tipo Justin Bieber no começo da carreira e alto, bem mais alto do que ela podia se lembrar. Esse fato foi entre final de ensino fundamental para o início do ensino médio.

Quando se conheceram, Heloise se apaixonou primeiro e não demorou muita coisa até ele demonstrar o mesmo por ela. Então numa noite de verão, Teddy e Heloise estavam conversando sobre algo qualquer sentados no meio-fio da rua, eram entorno de uma hora da madrugada, e entre risos o clima foi mudando. Eles não eram mais tão crianças assim, sabiam o que os adolescentes movidos a hormônios gostavam de fazer, estamos falando de beijos apenas, e Teddy sabia que Heloise nunca havia beijado ninguém.

Após mais um dos climas sem fim, Teddy se inclinou sobre Heloise e a beijou. Fora um beijo meio borrachudo, já que ela não tinha prática alguma, mas foi bom para ambos. Pelo menos foi o que Heloise achara. E depois disso eles até ficaram outras vezes, mas ela esperava mais dele, um pedido de namoro talvez. Só que nunca veio.

E quando ela finalmente achou que Teddy estava decidido a pedi-la para namorarem, ele queria na verdade dar a notícia de que iria embora da cidade.

Heloise nem o escutara, e saira chorando para o quarto sem querer saber de ninguém. A primeira vez que ela quebrara o coração, até a noite do príncipe desconhecido, porque ao menos com Teddy ela teve a oportunidade de se despedir, mas o príncipe desconhecido foi outra história. Mesmo querendo esquecê-lo, quando fechava os olhos conseguia se lembrar dos lábios dele sobre os dela, na varanda do Palácio dos Duques, com aquela sensação de estarem beijando estrelas.

Beijo de estrelas. Ele dissera naquela noite. Heloise sorri.

  — No que está pensando? — Broo pergunta após notar a amiga aérea.

  — Eu? Nada. — responde Heloise. — Só... estou feliz, talvez. — mente. E continha verdade. Talvez não estivesse exatamente feliz, mas não estava triste de fato.