Capítulo 11

377 30 0
                                    

   Colin se posiciona em frente aos três caras sobre Heloise.

  — Dá o fora daqui! — diz o homem que estava agarrado a cintura dela.

Colin sorri.

  — Eu não posso fazer isso. — ele comenta lentamente. — Então é melhor soltar ela.

O carrapato em Heloise afrouxa o aperto e a empurra em direção ao carro. Ela bate a cabeça na lataria e geme com a dor que surge na lateral do seu crânio. Colin cerra os punhos até ficarem brancos. Então ele lança um olhar fuminante para eles após ver Heloise ali no chão, gemendo com dor na cabeça.

  — Hoje estou a fim de encarar uma briga. — diz o único que falou até agora entre aqueles três.

  — Vem sozinho. — solta Colin.

Então o homem ri.

  — Com muito prazer. — comenta e investe para cima de Colin. Ele leva seu punho no ar em direção ao rosto de Colin, mas seu soco passa direto.

Colin esquivara e agarrara o braço do sujeito, então o torce para trás conseguindo dar uma joelhada na perna do cara, fazendo-o ajoelhar. Os outros dois ficaram parados decidindo se iam para cima ou não. Um deles tenta se aproximar mas, Colin aperta mais o braço do babaca que agarrara Heloise.

  — Ahhhhhh... — geme ele enquanto seu braço é espremido.

  — Se aproximarem eu quebro o braço desse imbecil. — ameaça Colin. Os comparsas do homem ajoelhado e tendo um dos braços retorcido, se entreolham engolindo em seco. — O que vão fazer agora?

Impressionantemente eles correm. Heloise olha aquilo tudo boquiaberta sentada no chão, encolhida e com uma dor cruciante na cabeça. Colin solta uma gargalhada seca e voraz, o que deixa Heloise até assustada.

  — Pelo visto você não é o único covarde por aqui. — comenta ele se dirigindo ao único que sobrara ali.

O homem ainda tinha o braço retorcido por Colin no meio das costas. Por um momento Heloise pensara que ele poderia quebrar o braço daquele cara, e estava próximo a isso se ela não tivesse chamado a atenção dele com um gemido discreto ao tocar o lado direito do crânio.

  — Cara já pode me soltar! — berra de dor o sujeito.

  — Posso? — Colin se pergunta. — Sim, posso. Mas... — então com um puxão desconcertante pela gola da camisa do agressor de Heloise, Colin o faz ficar em pé. — Antes você terá que pedir desculpas a minha amiga.

Ele é posicionado diante de Heloise, que a este ponto já tentara se levantar procurando suporte no automóvel.

  — Diga. — Colin fala com dentes serrados.

  — Colin... — murmura Heloise.

  — Diga. — repete.

E o homem continua calado. Colin fica mais zangado. Irreconhecível. Não era nem perto aquele garoto que estava dentro daquele bar a menos de vinte minutos atrás com Heloise.

  — Diga, caramba! — agora Colin berra e o cara engole em seco.

  — Desculpe. — balbucia.

  — Ora vamos! Você pode ser melhor que isso. — comenta Colin debochado. Heloise assume um olhar mais assustado ainda. — Ou acha que o que ia fazer com ela era o melhor? — o homem lança um olhar de receio para ele. — Faça melhor.

  — Desculpe p-pelo que fiz... hãh... eu fui um... um...

   — Um tremendo merda. — completa Colin.

Ligados Por Uma Noite Onde histórias criam vida. Descubra agora