39 - Its Only Physical

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POV Lauren Jauregui

Acordei com Camila ainda em meus braços. Respirei fundo e senti ela se aconchegar mais em meus braços. Deus, como eu sentia falta daquele contato... Como eu sentia falta dela...

Fiquei alguns minutos apenas apreciando aquela sensação gostosa de tê-la nos meus braços. Ela esta deitada abraçada ao meu corpo, com o rosto escondido no meu pescoço. Vi ela começar a se mexer e meu coração disparou. Quando abracei-a na noite anterior, não tinha pensado no quê aconteceria depois.

Ouvi Camila suspirar em meu pescoço, e senti os pelos do meu corpo inteiro se arrepiarem. Ela foi desencostando seu rosto do meu pescoço e roçando por toda a extensão da minha bochecha, se afastando lentamente, até ficar com os seus olhos nos meus. Aquela carinha de sono, aqueles olhos castanhos... Como essa garota consegue fazer isso comigo?!

Depois de alguns segundos, sem falarmos absolutamente nada, nossas testas já estavam coladas. Camila foi se aproximando enquanto fechava os olhos. Quando me permiti fechar os olhos e quase podia sentir o gosto de Camila, ouvimos um barulho estranho do lado de fora da cabana. Abrimos os olhos imediatamente, assustadas. Era um carro.

— Dinah — falamos em uníssono.

Camila saiu correndo para a porta, e eu corri atrás. Assim que ela abriu a porta, vimos o carro de Dinah indo embora derrapando na estrada de terra. Camila começou a gritar por Dinah, e quando foi correr atrás do carro, tropeçou em algo e caiu.

Não pude controlar a gargalhada. Dinah era um gênio! Deixou uma cesta cheia de comida e algumas outras coisas em um lugar estratégico na frente da porta para que Camila tropeçasse e não conseguisse chegar até o carro.

— Ela se superou dessa vez — eu disse em meio aos risos, enquanto cruzava os braços, encostando-me na porta.

— Ela é um gênio maligno. — Camila bufou.

Levantei uma das sobrancelhas.

— Você fez um pacto com o diabo, queria o quê? — perguntei tentando contar o sorriso ao vê-la bravinha.

Ela se levantou e veio em minha direção. Assim que parou na minha frente, permaneceu encarando-me. Eu podia sentir seu halito quente contra o meu rosto e quase sucumbi ao desejo de tê-la de uma vez. Estávamos tão próximas.

Senti a tensão correr por todos os músculos do meu corpo, e pelo jeito Camila percebera isso.

— Valeu cada minuto — ela disse e sorriu de lado. — Você anda tão tensa, Lolo. — Ela deslizou os dedos pelo meu pescoço e eu tive de me esforçar para não estremecer com o contato. — Posso fazer uma massagem — continuou. — Sabe?! Igual àquela que me fez uma vez. — Com a atenção toda presa aos lábios dela, senti meus olhos se arregalarem à menção daquela massagem. Camila riu e se afastou, pegando a cesta de comidas e entrando na cabana.

Respirei fundo e levei minhas mãos até minhas têmporas, apertando-as. Aquela garota estava conseguindo me tirar do sério.

Vi que ela havia deixado a cesta de comida no balcão da cozinha e partiu para o quarto dela. Fui até o balcão e peguei uma bolacha recheada que tinha ali, abrindo-a e comendo umas três em menos de quinze segundos. Eu não tinha percebido o quanto eu estava faminta até que terminei de comer o pacote inteiro sozinha.

Andei até o meu quarto e decidi tomar um banho. Camila ainda estava trancada no seu próprio quarto e eu não quis interromper o que quer que fosse que ela estivesse fazendo, então passei reto pela porta do quarto dela.

Tomei um banho na banheira que tinha no banheiro do meu quarto. Não costumava demorar em banhos, em casa porque não podia abusar da conta de energia e de água, e no dormitório porque tínhamos um certo limite de tempo para tomarmos banho, mas, pareceu que eu fiquei deitada naquela banheira por horas.

All or NothingOnde histórias criam vida. Descubra agora