18 - Esqueça

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POV Lauren Jauregui

Assim que os lábios de Camila tocaram os meus, eu praticamente fui à loucura. Que beijo perfeito era aquele? Tentei me controlar, tentei mesmo, e olha que eu até consegui por um bom tempo, mas a partir do momento em que ela encostou na parede e permitiu que o meu corpo colasse no dela, meu autocontrole foi embora em dois segundos. Minhas mãos, que estavam em sua cintura, fizeram um caminho automático até sua bunda e ali, a apertaram. Tenho que admitir que foi difícil conter o gemido que chegou ao notar Camz me puxar para mais perto. Paramos para respirar e foi nesse momento que a porta se abriu e as luzes se acenderam.

Afastei-me de seu corpo imediatamente, já procurando na minha cabeça por uma desculpa convincente para o fato de eu estar ali, mas quando virei a cabeça para a pessoa que abrira a porta, encarei apenas Larry.

— O que vocês estão fazendo aqui? — ele perguntou e eu senti Camila estremecer ao meu lado. O medo estava claramente visível em seus olhos castanhos e seu rosto estava vermelho como um pimentão.

— É... Nós... Eu... Ela... — Camz gaguejou, e eu me segurei para não rir. Era fofura demais em um ser só.

— Se explique! — Larry disse, um pouco mais alto.

— É que... — Camila começou, mas logo se enrolou de novo. — Nós estávamos... é que...

— Ok, Larry, já pode parar — eu falei, achando aquele teatrinho mais que o suficiente.

Ele continuou com uma carranca por mais alguns segundos, e então sorriu. Larry era o zelador do prédio e eu o conhecia desde que eu entrara na faculdade. Nas épocas de prova eu me escondia nos laboratórios pra estudar e ele sempre me acobertava.

— Você não tem jeito, Jauregui — ele comentou, balançando a cabeça. Eu sorri. Camila ao meu lado tinha uma expressão confusa no rosto. — Agora vão embora, o segurança chega em dez minutos.

— Dez minutos? — perguntei, pegando o meu celular. — Puts, Camila! Já são quase dez horas da noite!

— Meu Deus! Eu tenho que ir — ela disse, pegando sua bolsa em uma das mesas. — Foi... um prazer te conhecer... Larry.

— O prazer foi todo de vocês, pelo jeito — Larry disse risonho, e então saiu pela porta do laboratório.

Camila veio até mim e me deu um selinho demorado. Foi apenas um selinho, mas ele arrepiou todos os pelos da minha nuca. Então, ela segurou a minha mão direita e sorriu. Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios também.

— Me leva até o carro — ela disse, apertando minha mão com um pouco mais de força e começando a andar na minha frente. Antes que ela saísse, entretanto, a puxei encostando-a novamente na parede, dando assim mais um selinho demorado.

Caminhamos até o estacionamento em silêncio. Nada precisava ser dito. Sua mão ainda estava agarrada a minha, me puxando para o local onde ela estacionou. Assim que chegamos próximo do seu carro, Camila começou a se aproximar novamente seu rosto do meu, e quando fechei meus olhos ouvi um grito:

— CAMILA! — Ela era linda, mas estava começando a odiá-la.

— Ariana? — Camila perguntou soltando minha mão rapidamente. — O que... o que você está fazendo aqui? — ela perguntou levantando uma sobrancelha.

— Eu fui ao seu apartamento, e Normani disse que você estava na faculdade. Precisava conversar com você. Mas vejo que está ocupada — falou enquanto me fuzilava com o olhar.

— Na verdade, tem razão, estou ocupada! — ela disse em tom bravo, e tanto eu quanto a magricela encaramos ela com os olhos arregalados. — Eu... eu... — Camila gaguejou. Sua coragem momentânea havia ido embora.

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