Como prometi, voltei [Newtina]

5 [Encontro]

"Hoje, as seis e meia."

Tina passou o sábado com essa frase na cabeça.

— Acorde. — disse Queenie, dando um bocejo.

A morena esfregou os olhos e repetiu o ato da irmã, espreguiçando-se.

— Vamos, levante. — apressou a loira.

— Por quê?

— Temos de procurar um vestido para você.

Tina olhou, descrente, para a mais nova. Virou de costas e voltou a se cobrir, pronta para retomar o sono.

— Eu posso aplicar um feitiço de transfiguração. — resmungou ela.

Queenie puxou as cobertas da cama, fazendo Tina fuzila-la com os olhos. A loira embolou a coberta e jogou-a na outra cama presente no quarto.

— Não! Você vai comigo procurar um vestido. — disse num tom mais imperativo e apontando com o indicador. — Faça isso pela sua irmãzinha. Nunca mais fomos comprar roupas juntas.

— Isso não pode esperar para depois do almoço? — Tina preferia muito mais voltar a dormir.

— Não deixe para mais tarde o que pode fazer agora, não é mesmo? Vamos lá.

Um suspiro exasperado escapou da morena. A expressão enfadada da Goldstein mais velha era o completo oposto da animação da outra. Minutos depois Tina aceitou a derrota e foi para a mesa tomar o café. Bolinhos voaram pela cozinha até pousarem numa travessa.

Newt saiu da maleta e acompanhou elas na refeição.

Ele pareceu um pouco surpreso quando elas não foram para o quarto ou para sala ao terminarem. A resposta logo foi dada por Queenie.

— Vamos dar um passeio... coisas de mulher.

Tina apenas concordou um pouco irritada e seguiu para fora junto com a irmã.

As duas ficaram de frente ao que parecia um restaurante falido e abandonado, numa rua deserta e igualmente vazia. Talvez um ano antes ela fosse mais movimentada, mas com a lei seca dos no-maj muitos bares daquele bairro fecharam.

Elas abriram as portas e caminharam por entre mesas de madeira empoeiradas até chegarem a uma entradaa que parecia dar na cozinha. Queenie pegou a varinha e sussurrou, a porta se abriu revelando uma grande loja, cheia de extensos cabideiros com roupas, manequins, fitas e pedaços de tecidos que vez ou outra voavam pelo lugar. Tina leu a placa que flutuava perto do caixa: Kellerman modas: o melhor do vestuário para o melhor do bruxo.

Ela se lembrou de quando esteve ali com a irmã. Meses depois de terem se formado em Ilvermorny, ela e Queenie marcaram de se encontrar com os antigos colegas e antes disso, Queenie saiu a procura de um vestido, a morena apenas a acompanhou.

Uma mulher ruiva abriu um sorriso receptivo.

— Sejam bem vindas. O que pr... — a mulher olhou mais atentamente para elas. —Espera... Porpentina e Queenie? Quanto tempo!

Queenie sorriu também, reconheceu Valerie Hall. Fora das mesma casa de Queenie, sendo assim, ambas conversavam diariamente.

A loira comentou um pouco sobre os tempos de escola, perguntou como ela havia parado na loja da senhora Kellerman e em seguida perguntou onde estariam os vestidos de festa.

Elas passaram por algumas mulheres que faziam reparos nos vestidos das clientes enquanto a senhora Kellerman, bem ao lado, tentava acalmar uma mulher que não havia gostado das modificações feitas na roupa.