11 [França]

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Quando Newt ouviu aquele nome, o rosto de Grindelwald apareceu como um flash. "Morreremos só um pouquinho”; o sorriso gélido acompanhou a voz calma e indiferente.

— Ele fugiu da prisão e houve um ataque a um evento no-maj ontem em Paris. — ela comunicou. — Teve alguns incidentes envolvendo alguns bruxos e no-majs, mas nada que o ministério de cada país não pudesse dar conta, é evidente que algo dessa magnitude foi Grindelwald que planejou. Ainda não saiu nada porque os jornais estavam esperando uma declaração do presidente.

Queenie inspirou fundo e secou uma lágrima que descia pela face. Isso fez Newt ficar ainda mais apreensivo.

— Tem mais uma coisa. O ministério francês pediu a ajuda de outros para a investigação, inclusive do MACUSA. Tivemos uma reunião hoje e separaram um grupo de aurores para ir até a Europa. — Tina fez uma pausa e olhou para Queenie. — Vou partir no dia primeiro de maio.

Os ombros do magizoologista murcharam, suas sobrancelhas se franziram e os olhos receberam uma camada de alarde.

— Você só tem mais três dias e então vai para França? — havia um pouco de descrença na voz dele.

Tina assentiu em confirmação.

Ele revisou as semanas que esteve com Tina, haviam perdido um tempo considerável com uma briga que ele considerou tola, e de um instante para o outro ela estaria na França.

— Eu vou preparar um chocolate quente. — a voz de Queenie saiu num murmúrio.

A morena pegou as mãos da irmã e elas sustentaram o olhar. "Vai ficar tudo bem" prometeu Tina em pensamento, a loira assentiu com a cabeça em resposta.

Logo a auror e o magizoologista ficaram a sós. Tina se sentou num banco de madeira e indicou que Newt sentasse também; dividiu o banco com ele, ficando com um dos braços colados no da auror por conta do pouco espaço.

— Queenie disse que você estava pensando em voltar para Londres. — Tina olhava para o chão enquanto seus pés faziam desenhos invisíveis na madeira gasta e sem verniz.

— Estou a mais de um mês aqui aqui, já abusei de mais da hospitalidade de vocês.

Ela o encarou e ficou feliz ao constatar que após alguns segundos ele não desviou os olhos dos dela.

— Você não pode ir embora, não agora. — ela apertou o antebraço do magizoologista. — Fique com Queenie, não posso ir tranquila sabendo que ela vai estar sem ninguém aqui.

A ideia de se separar da irmã perturbava Tina. Ela havia prometido para si mesma que nunca a abandonaria, ainda havia uma parte dela que pensava como uma adolescente tentando proteger uma garotinha de qualquer mal.

— Prometa que não vai deixar Queenie sozinha nesse apartamento. — pediu ela. — Por favor, prometa.

O magizoologista engoliu seco com tal pedido. Abriu a boca e depois tornou a fecha-la.

Aquela mulher que não dava o braço a torcer para nada, era orgulhosa, mas também tinha um coração bom e um senso de justiça implacável, que era motivo da enorme confusão na mente dele estava agora o encarando com um olhar suplicante. Newt viu por um momento como ela estava realmente, através das fissuras da armadura invisível que ela foi obrigada a adquirir.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora