8 [Leta]

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— Ande logo. — disse Queenie.

A morena estava revirando o guarda roupa enquanto a irmã terminava o café . Tina bufou e jogou uma mecha de cabelo para trás.

— Eu não estou achando minha saia, aquela verde. — confessou Tina. — Você viu ela?

— Está no cabide, este aqui da lareira.

Um grunhido de irritação chegou aos ouvidos da loira.

— Por que ela está ai? — Tina disparou em direção a sala. — Eu não lav... Newt.

O magizoologista tinha acabado o café e levantou para ir até a janela. A morena, com toda aquela pressa, foi de encontro com ele.

Ela olhou para Queenie e gesticulou com a cabeça, “Custava avisar?” ela pensou, tendo certeza que ela leria sua mente. Queenie apenas deu de ombros.

— Bom dia. — Newt arrumou o sobretudo azul-pavão.

— Bom dia, Newt. — ela pegou a saia e retornou para o quarto.

Tina voltou, dessa vez vestida com a saia verde escura e uma de suas tantas blusas brancas. Pegou um pedaço de bolo e tomou rapidamente a xícara de café.

—Terminou? — Queenie esperava em frente a lareira com um pequeno vaso de cerâmica.

Tina revirou os olhos, apanhou o casaco cinza e ficou ao lado da irmã.

Um pouco de pó de flu foi despejado na mão de cada um. As irmãs olharam para Newt, ele de um passo a frente e jogou todo o pó que tinha em mãos na lareira, logo as chamas ficaram verdes. Newt ficou envolto pelas labaredas e disse em alto e bom som:

— Hogsmeade. — depois fechou bem os olhos e a boca.

O mesmo foi imitado pelas Goldstein.

Eles tentaram limpar ao máximo as cinzas das vestes e dos cabelos, seguiram pela rua que ficavam cada vez mais larga, cheia de letreiros e vitrines coloridas.

— É esse aqui. — Newt apontou para o bar. — O três vassouras.

— Duvido que tenha uma cerveja tão boa assim. — disse a morena.

O magizoologista sorriu e entrou no pub. Diferente de Nova York, na Escócia já beirava as duas horas da tarde, havia um considerável movimento e, assim como Newt lembrava, parecia nunca ficar vazio.

A atmosfera era acolhedora, preenchida por risos, sons de copos e também quente, fazendo as duas irmãs tirarem os casacos. As mesas redondas estavam espalhadas por todo o local, havia um balcão, grossas estruturas de madeira sustentavam o teto e um segundo andar acima deles.

Newt parou por alguns instantes observando o local e sorrindo para as paredes. O sorriso nostálgico vacilou e ele deixou a maleta de couro cair quando seu olhar pousou em uma mulher, um mulher que ele conhecia bem, ou achava que conhecia.

Ela usava um vestido bege que contrastava com a pele morena e os cachos escuros, seus olhos castanhos possuíam a sagacidade de que ele se lembrava. Leta Lestrange estava sentada numa mesa acompanhada com mais uma mulher e um homem.

A repentina mudança de comportamento não foi percebida por Tina, ela estava no balcão pedindo as cervejas amanteigadas, apenas Queenie notou a expressão assombrada do magizoologista.

— Oh, não! — Foi impossível para Queenie não soltar um exclamação ao ver quem ele encarava.

“Newt” chamou a loira “Newton Scamander”. Ele, porém, não ouvia, uma série de lembranças ocupavam sua mente, impedindo de prestar atenção ao seu redor.

Como prometi, voltei [Newtina]Onde histórias criam vida. Descubra agora