O sino tocou indicando a entrada de alguém na padaria.
— Desculpe, mas estamos fechados. — disse o homem de costas para a porta enquanto limpava algumas bandejas.
Jacob se virou e ficou um tanto surpreso ao ver a figura familiar de sobretudo azul.
— Não estou aqui pelos pães. — disse Newt. — Está muito ocupado?
Jacob negou com a cabeça e deixou as bandejas de lado. Rapidamente procurou as chaves e fechou a padaria.
—Vamos. — disse ele, dando tapinhas nas costas do magizoologista. — Conheço um bom bar.
Eles chegaram no bar que Jacob havia falado, ele comentou brevemente que mesmo com a lei seca era só questão de achar o lugar certo para conseguir uma boa bebida. Deu um “olá” animado para um homem que trabalhava ali e se dirigiu para o balcão.
— Vai querer o quê?
— Qualquer coisa. — respondeu Newt, sentando num dos bancos altos e desconfortáveis do bar.
— Dois whiskys! — disse ele dando uma batida no balcão. — Você disse que era britânico, já tinha percebido pelo seu sotaque. O quê te fez vir a América?
"Estive aqui dois anos atrás para trazer um pássaro trovão, mas aí um monte de animais fugiram, conheci você, ajudei a prender um bruxo das trevas que se julga superior aos trouxas e depois você perdeu toda a memória sobre magia. Foi mal não ter te contado antes. Ah, esqueci de falar que eu era o sujeito que te deu a maleta cheia de ovos."
— Pesquisa. — os dois copos foram colocados no balcão e Newt resistiu a tentação de contar a verdade.
— Ah, é? Sobre o quê?
— Serpentes. — foi a primeira coisa que veio a mente dele, já que tinha a picada bem recente de uma em suas costas. — Estou ajudando a formar um soro para determinados tipos.
— Isso é bom. Conheci um cara que foi picado por uma cobra. — ele fez uma carreta rápida. — ele morreu.
— Eu sinto muito.
Jacob fez um gesto de desdém.
— Só morava na mesma rua que eu, nem me lembro do nome dele. — ele tomou um gole da bebida. — E você, não leve a mal, mas me procurou para quê?
— Não tenho muitos conhecidos na cidade, precisava conversar e você me pareceu uma boa pessoa. Acho que é o mais próximo de amigo que tenho por aqui.
O magizoologista deu o primeiro gole na bebida, todo aquele tempo ele estava ocupado demais batendo aa pontas dos dedos no balcão de madeira.
— Nova York não é um lugar muito acolhedor. — Jacob deu uma risada. — Mas é muito bonita, não?
— É, é sim.
Um instante de silêncio se instalou entre os dois, Newt nem ao menos levantou o olhar do próprio copo.
— Tem uma garota no meio ou alguma enrascada séria. – Jacob disse abruptamente.
— O quê? — Newt arqueou as sobrancelhas ao olhar rapidamente para o padeiro.
— Qual o nome dela? — indagou Jacob, tendo certeza que era o primeiro palpite.
Newt balançou a cabeça e olhou o próprio copo, de novo.
— Você me chamou aqui para conversar, mas não quer me falar nada. — apontou Jacob. — Assim fica difícil.
O britânico soltou um suspiro e tomou mais um gole
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Como prometi, voltei [Newtina]
FanfictionO coração da auror palpitava. Um ano e três meses. Foi esse o tempo que Tina não tivera contato com Newt, exceto pelas cartas que trocavam. E agora o magizoologista estava a sua frente segurando sua maleta e o próprio livro recém publicado. Ele havi...